O Príncipe e a Raposa

233 32 73
                                    

Boa leitura!

  

   
 
●•●•●
Park Jimin
●•●•●

 
  

 
 
Era para ser apenas mais um dia normal, caro leitor. Mas parecia que o mundo estava conspirando para que eu me encontrasse com aquela menina. Eu lhe era um completo estranho, não havia nada que nos ligasse, mas eu senti que nossos destinos foram traçados quando nos vimos pela primeira vez.

Vocês devem estar pensando: mas de quem você está falando, Jimin? Bem, o nome dela é Nae Mi, Do Nae Mi. A garota mais inacreditável, fofa, doce e inteligente que você vai conhecer.

Tudo começou quando eu me sentei em um banco afastado na escola. Eu estava em um horário vago, então iria aproveitar para ler um pouco. O livro da vez era O Pequeno Príncipe, e eu estava o achando encantador. Simplesmente incrível, leitor! Há tantos questionamentos, tantas reflexões... Tantas coisas aparentemente pequenas mas que nos geram pensamentos tão grandes...

Eu estava na parte onde o Principezinho se encontrava com a Raposa. Ela o chamara, mas ele não a viu debaixo da macieira.

Foi quando senti que alguém se sentou do meu lado. Apesar da minha surpresa, não havia nada de estranho, era só uma menina sentada na outra ponta do mesmo banco que eu. Bem, isso até ela vir puxar assunto comigo.

— Olá, meu nome é Do Nae Mi. Você gosta desse livro? — ela disse, tão apressadamente que quase não entendi.

— O que?

— O livro. Você gosta dele?

— G-gosto. — respondi tentando não parecer estranho. — Quem é você?

— Nae Mi. — falou com um pouco de cansaço na voz. — Você é bem distraído, eu já tinha falado meu nome.

— Desculpa.

— Não tem problema. — a garota sorriu, de uma forma bem contagiante. Era fofo ver as bochechas gordinhas e como seus olhinhos por trás dos óculos redondos pareciam brilhar. — Se você gosta do Pequeno Príncipe eu posso gostar de você.

— Mas você não me conhece.

— Não ainda. Mas teremos tempo pra isso. — direcionou seu olhar para o seu relógio de pulso. Acabei fazendo o mesmo e percebi que eram uma e quinze. — Vejo você amanhã, caro desconhecido.

Então ela sorriu novamente e saiu, indo em direção às salas de aula. Eu ainda estava todo abestalhado por causa da nossa conversa. Se é que podemos chamar assim, não é?

Fiquei ali tentando entender o que tinha acontecido. Sabe, não é todo dia que uma pessoa aleatória vem falar comigo sobre qualquer coisa, e menos ainda sobre meus hábitos de leitura. E além disso, ela falava como se me conhecesse a anos, sendo que eu nunca havia a visto na vida, e o contrário também. O Principezinho chegou a conclusão de que as pessoas grandes são estranhas, e eu, de que as pessoas pequenas são intrigantes. Muito intrigantes.

Nosso primeiro diálogo durou apenas um minuto. E foi o minuto mais estranho da minha vida.

 
 
●•●•●

  

  
No dia seguinte eu me sentei no mesmo lugar. Abri novamente meu livro, e comecei de onde havia parado. Dessa vez, a Raposa e o Principezinho já se encontravam em um diálogo, ela o explicava sobre o que era cativar. Eis sua explicação:

Uma e Quinze - Park Jimin Onde histórias criam vida. Descubra agora