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Os dias se passaram.

Depois daquela nossa conversa, você disse que no dia 1 de dezembro você escolheria.

Entre eu e ela.

Eu não sei porque, mas já sabia que você não me escolheria, estava escrito na sua cara.

Mas sabe de uma coisa? Eu resolvi aproveitar cada momento até lá.

Acho que era dia 29 de novembro.

Você me chamou pra te acompanhar na torcida do jogo do seu amigo, que por um acaso é namorado da minha amiga.

Eu aceitei ir, óbvio.

O jogo seria a tarde, nos encontraríamos na escola e iriamos até o lugar a pé.

Conversamos muito, como bons amigos fazem.

Nos encontramos com o casal e fomos até a quadra.

O barulho de vuvuzela e a gritaria estava me deixando surda, mas tudo bem. Você estava ali comigo.

Depois de muito tempo o jogo acabou. O resultado já era óbvio: o time do seu amigo ganhou.

Fomos tomar sorvete para comemorar.

Aquela sorveteira era realmente muito boa.

Não sei se você se lembra, mas eu peguei tanto sorvete que já nem aguentava mais comer.

Nossos amigos acabaram indo embora um tempo depois, restando só nós dois.

Saímos da sorveteria e começamos a caminhar em direção à escola. Já estava trade e eu tinha que ir embora.

Lembro que começou a garoar, você se lembra?

Lembro também que em um certo momento, enquanto andávamos pela rua, você me segurou pelo braço e me beijou.

Eu nunca havia beijado em baixo da chuva Sage.

Pode ter sido coisa da minha cabeça, mas para mim nos éramos o casal perfeito.

Acho que eu estava errada, pois agora eu adiciono mais um motivo a minha humilde lista:

9. O beijo mais românico que eu já dei foi com você.

Com amor, Callie   [CONCLUÍDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora