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A maioria das pessoas se lembra quando tiveram o coração partido pela primeira vez. Normalmente, acontecia entre a adolescência, quando tinham sua primeira paixão. Muitos se envergonham ao relembrar os momentos em que ficavam envergonhados ao lado do paquera, os pensamentos e situações novas que eram descobertas pouco a pouco. Hoseok não era diferente, mas quando teve seu coração partido pelo seu primeiro paquera, foi na verdade, o quarto.

Desde pequeno, Hoseok gostava de colecionar coisas. Qualquer objeto que aparecesse à sua frente servia para o início de uma nova coleção. Pedras, figurinhas, carrinhos – ele chegava a brigar com seus amigos do maternal para não tocarem em seus exemplares preciosos –, até embalagem de doces não escapavam. Motivos que deixavam seu pai com raiva, diferente da mãe, que chegava às vezes a ajudar Hoseok à procurar por mais objetos colecionáveis.

A mãe de Hoseok era muito diferente do pai. O pai era sério, trabalhador e quase nunca falava. Quando acontecia, era para acabar uma briga ou explicar alguma dúvida infantil de Hoseok, e reclamar. A mãe, ao contrário, era animada, fazia as atividades com entusiasmo, e apesar de dona de casa dedicada, era uma completa atrapalhada.

Basicamente, a mãe de Hoseok era o raio de sol dos dias da família. E quando olhava para a mãe, dentro de sua cabecinha de criança, Hoseok dizia "eu quero ser minha mãe quando crescer".

Com o tempo, Hoseok já tinha uma quantidade razoável de botões, embalagens e carrinhos. Ia para a escola feliz da vida, envolvido nos braços do sol, que aquecia seu coração com carícias e palavras doces.

Até que, um dia, sua mãe não apareceu para o levar à escola.

Hoseok faltou na aula. Ficou dentro do quarto brincando com seus carrinhos. O pai tinha aparecido pouquíssimas vezes, a maioria, apenas trazendo comigo ao garoto. Quando se cansou, Hoseok saiu do quarto, e viu metade da família reunida na sala, não entendendo nada.

Sua tia veio o abraçar. Seus tios disfarçaram o choro. Seu pai, fora de órbita, vagueando entre um mundo paralelo ao outro, muito mais sinistro que antes. Então, carinhosamente, sua tia segurou os bracinhos de Hoseok, dizendo:

— Hoseok, a mamãe não está mais aqui.

Demorou um pouco para Hoseok concluir que jamais veria seu raio de sol, e que sua coleção nunca estaria completa. Jogou todos os objetos no lixo e doou os carrinhos ao envelhecer, decidindo que a morte da mãe foi seu verdadeiro primeiro coração partido.

cupido dos corações partidos [⭐] hoseok!btsOnde histórias criam vida. Descubra agora