Reconciliação (minchan)

A briga

Chan e Minho tinham o que muitos chamam de namoro 'ioio', brigavam, ficavam um tempo separados, saiam com outras pessoas e depois voltavam como se nada tivesse acontecido.

Mas seus amigos estavam preocupados com a situação deles, Chan era aberto com seus sentimentos e sempre se debruçava nos amigos com lágrimas o que os fazia ficar preocupados de toda vez vê-lo sofrer daquela maneira, este muitas vezes recorria a festas e bebida para sanar sua dor. Mas Minho lidava diferente, ele se fechava e guardava tudo para si, quem o conhecia sabia que aquilo era uma fachada e ele também estava sofrendo com tantas brigas, muitas vezes esses sentimentos que tanto escondia saia em forma de raiva, o que preocupava ainda mais seus amigos.

A última briga dos dois fora numa festa da universidade, os dois tinham bebido de mais e sem mais nem menos começaram a discutir, ninguém sabia o motivo ou quem começará, quando tudo parecia que iria esquentar ainda mais os amigos o separaram para não usarem de violência.

Quando Chan acordou no outro dia precisou lidar com a dor de cabeça da ressaca mais sua ressaca moral que estava mais forte, teve vergonha da cena que causou mas não se lembrava como esta começou, lembrou que comentou algo com Minho e dois minutos depois estavam brigando. Eles estavam brigando de novo, e de novo, foi assim que prometeu a si mesmo que não se deixaria levar pelo outro, dessa vez iriam terminar de vez.

Minho teve coragem de deixar seu orgulho de lado e procurar o outro apenas uma semana depois, refletiu o que fazer durante toda a semana, mal conseguia prestar atenção na aula, até seus sonhos eram atrapalhados por Chan.

Quando chegou na casa do mais velho encontrou um semblante cansado, olheiras e cabelos desarrumados, até mais pálido que o normal. Chan não sorriu ao vê-lo como das outras vezes.

"Não temos nada para conversar." Ao perceber que não seria convidado a entrar Minho invadiu a casa empurrando o outro para dentro que apenas suspirou.

"Eu também tô cansado, mas eu apenas não consigo funcionar sem você." Tentou se aproximar mas o outro se esgueirava.

"Sem mais promessas vazias. Sem mais eu dar tudo de mim para um relacionamento que não irá para frente, semana que vêm você pode estar estressado ou apenas estar cansado de mim e pronto nós brigamos."

"Você fala de um jeito como se só eu fosse o causador de tudo, nós dois temos culpa se esse relacionamento nunca dá certo."

"Tem razão. Somos simplesmente incompatíveis." Chan respirou fundo após dizer isso e se sentou calado na sala.

"Eu te amo você sabe." Minho pensou que naquele momento ele teria que mostrar sua vulnerabilidade, mais de um ano juntos e sempre conseguira não mostrá-la. Deixou seus olhos se encherem de lágrimas, seus ombros caírem, se deixou ficar triste por mesmo que amasse tanto o outro não conseguirem dar certo.

Ao vê-lo chorar foi instintivo de Chan chegar perto dele e colocá-lo num abraço, no fundo não estava com raiva, apenas triste por mais uma vez algo bobo os afastarem.

Ficaram abraçados por um longo período, sem dizer nada, apenas se consolando com o calor e aromas um do outro. O dilema dos dois era este, ao estarem um no braço do outro não conseguiam conversar, não conseguiam discutir, perdoar parecia o mais certo, continuar abraçados parecia o certo.

A noite terminou na cama do mais velho, com carícias e beijos. Minho tocou delicadamente o rosto do outro recordando o quão machucado este parecia, deu um beijo casto na sua bochecha e este sorriu, enfim um sorriso sincero, terno e o coração de Minho se encheu de alegrias. Chan por outro lado ficou feliz ao não ver mais lágrimas no rosto tão lindo que sempre admirava, e como este o olhava naquele momento o fez sentir que era o certo desistir de conversar e demonstrar os sentimentos com atos.

Nesta noite iriam se reconciliar como nas outras vezes.