Because of you

Capítulo 1

Flashback
Acordo com os gritos vindos lá de baixo a gritar o meu nome. Olho para o despertador, ensonada, e percebo que são 2 da manhã.
Provavelmente são os "amigos" do meu pai - já é mais do que normal entrarem na nossa casa em plena madrugada - mas não é costume chamarem por mim.
- Hailey, ajuda-me!
Desta vez reconheço a voz: é da minha mãe. Porque é que ela me está a chamar?! Que raio! Porque é que estou a ouvir louca a partir? Será que a minha mãe ficou louca? Sempre soube que ela não batia bem, mas sempre pensei que fosse por causa do cancro ou assim... Nunca chegou a este nível de loucura: desatar a partir coisas a meio da noite! Onde é que já se viu?
- Hailey, acorda, por favor! - choramingo a minha mãe, aos berros.
Corro escadas abaixo. E se lhe aconteceu alguma coisa?
Quando chego à cozinha fico paralisada. Pedaços de garrafas que me parecem ser de whiskey estão no chão e este cheiro... ok, definitivamente aquilo são garrafas de whiskey.
Praticamente no meio da cozinha estão dois homens que agarram a minha mãe e tentam levá-la à força para fora de casa. Penso rapidamente no que devo fazer. Lutar contra estes dois homens está fora de questão: mesmo sendo cinturão castanho a karaté, eles são dois e com certeza mais fortes do que eu.
Rapidamente escrevo uma mensagem para o 112, o número de emergência. A mensagem tem a minha morada completa. Ligo para o 112 e deixo o telemóvel na bancada para que do outro lado da linha possam ouvir tudo o que vai acontecer, será que vai acontecer alguma coisa? Não sei. Por via das dúvidas, mais vale prevenir do que remediar. Então tomo uma decisão. Arriscada?! Muito. Vou atacar o homem que parece mais fraco, o da direita. Tendo o efeito surpresa do meu lado, estou em vantagem e, se tiver sorte, o segundo homem assusta-se e larga a minha mãe, dando-lhe oportunidade para fugir.
Torço o braço ao primeiro homem, o da direita, virando-o para mim e, de seguida, dou-lhe uma joelhada nas bolas com toda a força que tenho a esta hora. Ele uiva de dor e dobra-se, permitindo-me, assim, fazer mais alguns golpes, e deixando-o meio atordoado de dor.