Capítulo 112

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DESCULPEM A DEMORA MAS EU TIVE DE ARRUMAR AS COISAS PARA A ESCOLA EW

eu espero que a vossa tenha corrido bem aw

[Katherine]

Nós temos de impedir o Niall.

Depois do que a Jessie me contou, nós temos mesmo de impedir o Niall. Eu não sei no que ele está a pensar realmente. Será que ele sabe que o rapaz com quem vai lutar, é mesmo rapaz que anda a sair com a Jessie? Deus, isto é uma coincidência demasiado grande para mim, eu não consigo nem sequer pensar direito agora.

A noite na minha antiga cama é passada da pior forma possível. Entre enjoos, idas à cozinha para comer tudo o que possa encontrar, entre a minha enorme preocupação, eu sinto que vou explodir a qualquer momento. Isto devia ser mais fácil. Aliás, isto nem devia estar a acontecer agora.

Exactamente, às 4:59am, o meu telemóvel começa a tocar. Noutras circunstâncias, eu iria reclamar imenso, mas visto que eu mal consigo dormir, o meu corpo apenas rebola na cama para poder agarrar no objecto irritante.

Antes de atender, eu sinto a minha respiração parar na minha garganta quando eu vejo o nome dele escrito no ecrã. Coloco rapidamente o telemóvel no meu ouvido.

“Kate?” Niall diz do outro lado, a sua respiração é pesada e ruidosa.

Eu engulo antes de responder, “Passa-se alguma coisa para me estares a ligar a esta hora?”

“Não,” Ele suspira e eu sinto-me a ficar ligeiramente confusa. “Quero dizer, mais ou menos… Eu queria apenas saber se estavas bem.”

“Eu pensava que estavas chateado.” Aponto. Bom, na verdade, eu também estou chateada. Magoada, e, principalmente, desiludida.

“Eu…” Ele começa mas pára-se a si mesmo, suspirando pesadamente. “Isto pode soar ridículo, mas eu tive um pesadelo terrível contigo e só queria saber se estavas mesmo bem.”

Eu demoro algum tempo até responder, “Sim.” Murmuro no tom mais baixo que consigo, mas também que ele consiga ouvir-me.

“Okay.” Ele suspira de novo e eu decido não dizer mais nada até que ele pergunte algo mais. “Hum… Estás em casa da tua mãe?”

“Estou.” Aconchego a cabeça na almofada e pergunto-me mentalmente o porquê de ele não poder estar aqui. Mesmo chateada, eu acho que também consigo sentir saudades.

“Contaste-lhe?” O seu tom de voz é mais baixo agora, meio que hesitante.

Respiro, “Contei. Ela reagiu bem, acho eu…”

“Ainda bem.” É a única coisa que ele diz.

“É…”

Nós ficamos em silêncio, apenas a ouvir as respirações um do outro através da linha do telefone. A minha consciência parece dividida em várias partes, como ficar em casa e deixar o orgulho vencer, ficando chateada para todo o sempre com o Niall; desligar o telemóvel na sua cara depois de gritar o quão idiota ele é; impedi-lo de lutar com o pseudo-namorado da sua irmã. Porém, eu não quero estar perto dele agora. Parte de mim não quer e são demasiadas coisas ao mesmo tempo.

“Tens mais alguma coisa para dizer?” Eu pergunto, a minha voz a transbordar frieza por causa dos ciúmes ao recordar o facto de que ele ainda pensa na Jane.

“Eu estou a tentar fazer as coisas da melhor maneira, okay? Facilita também.” Ele bufa e eu meio que rio sem humor algum.

“Tudo bem, tu vais ter direito a ver esta criança quando ela nascer, porque também é tua. Mas eu não quero estar perto de ti, não depois do que tu me disseste.” Estalo. Talvez eu esteja a levar as coisas um pouco longe demais, mas eu estou seriamente mais zangada do que devia realmente estar.

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