O Poder do Amor

Capítulo Seis

   Eu trouxe o Júnior para o apartamento depois de muito insistir ficamos no meu quarto, conversando até tarde ele me contou sobre a namorada Amanda falou dos seis meses que ficou na Europa, tocou no  motivo de ter saído de casa mais o despistei e consegui tirar o assunto da sua cabeça, dormimos juntos fazia anos que não dormíamos na mesma cama e foi muito bom e reconfortante ter meu irmão comigo. Acordei sorrindo sentindo o abraço do meu irmão sai da cama sem o acordar coloquei um camisetão branco em cima do meu baby Doll preto, estava morrendo de fome fui até a cozinha o apartamento estáva silêncio, os rapazes deviam estar dormindo ainda. Hoje o dia seria cheio de entrevistas então logo, logo eles acordariam coloquei Danone com granola e piquei uma banana dentro de caneca me sentei em cima do balcão e comecei a comer.
- Alice tenha modos - Ninho disse entrando na cozinha sorri enquando mastigava - Olha como está vestida o seu chefe e o amigo estão aqui não é? Como pode se vestir assim? - ele estava com a calça social sem camisa.
- Nossa tinha me esquecido do quanto era ciumento - ri ele se aproximou de mim o abracei com as pernas - Estava com saudade até dos seus ciúmes bobos.
- Alice não são bobos - encostamos nossas testas dando beijinhos de esquimó - Bom dia, agora - ele me levantou do balcão escutamos um limpar de garganta olhamos na mesma direção e Pietro nos olhava sério e Marcelo sorria ambos já estavam arrumados, Ninho me colocou no chão - Vá já colocar uma roupa descente - ele tirou a caneca da minha mão - Sabe Alice as vezes você é sem noção.
- Você que vê coisas aonde não existe - dei de ombros revirando os olhos - Bom dia rapazes.
- Vai logo Alice - Ninho me mandou.
- Mandão - disse rindo indo - A esqueci de apresentá-los.
- E de nós informar que traria alguém para dormir aqui também - Pietro estava mal humorado.
- Alice pelo amor de Deus você não falou pra eles que eu dormiria com você?
- Eu esqueci Júnior - disse colocando a mão na cintura - Nos ficamos conversando até tarde esqueci de mandar uma mensagem para o Pietro falando de você - revirei os olhos - Não achei que teria problema.
- E não tem Ali - Marcelo disse mais pela cara do Pietro ele não compartilhava dessa mesma opinião.
- Me desculpem o transtorno - Ninho disse segurando no meu braço - Vamos nos trocar Alice você tem trabalho e eu também.
Fomos para o quarto escuto um pequeno sermão do meu irmão, prendi meu cabelo em um coque deixei a franja solta fiz uma maquiagem leve com um glos rosinha e me vesti.

  Eu e Ninho saímos juntos ele se despediu de todos falando que me veria no almoço ou sairíamos para jantar, concordei pegando minha caneca para terminar de comer. Passei o dia radiante fazia tempos que não me sentia assim, ter meu irmão perto de mim era tão bom, falei pra ele que não daria para nós almoçarmos juntos então marcamos de jantar ele iria me pegar as nove da noite em frente ao apartamento. Nós passamos a manhã e o início da tarde entrevistando pessoas hoje o BarÉ era fechado então tínhamos que contratar as pessoas hoje  mais a maioria das meninas eram pessoa sem uma pingo de responsabilidade ou sem um currículo desente,Pietro estava com um mal humor do cão o que não estava facilitando nada, suspirei.
- Rapazes vamos dar uma pausa comer alguma coisa e depois voltamos  isso não está dando em nada.
- Verdade Pietro, Alice tem razão vamos almoçar que já é duas da tarde e depois voltamos.
- Se vocês querem ir comer vão - ele disse grosso - Vou entrevistar o próximo para o cargo de gerente - eu e Marcelo nos olhamos suspirei.
- Vou chamar o próximo então - fui chamar e dei de cara com o moço do aeroporto ele me entregou seu currículo sorrindo Fernando era o nome dele dei uma olhada rápida em seu currículo que era muito bom por sinal. Pietro e Marcelo fizeram a entrevista e pela primeira vez no dia vi Pietro sorrir, Fernando estava contrato e começaria amanhã mesmo suspirei feliz pelo menos um problema estava resolvido. Fomos almoçar o restante da tarde foi mais tranquilo contratamos três meninas todas com vinte anos e mais um barmen, no final do dia estava acabada chegamos no apartamento me joguei no sofá cansada.
                            ...
- Ali - Marcelo me chamou abri os olhos me espreguiçando tinha cochilado no sofá - Seu celular estava tocando a um tempo.
- Ah obrigada Marcelo - disse bocejando peguei o celular e dei um pulo já era oito da noite disquei o número do Júnior indo para o quarto - Oi Ninho desculpa eu peguei no sono, vou começar a me arrumar agora prometo que estarei pronta às nove.
- Acho bom - ele disse rindo - Falei com nosso pai hoje.
- Posso até imaginar o que ele te falou - disse revirando os olhos - Vou tomar banho Ninho te amo até daqui a pouco - desliguei tirando a roupa e fui tomar um maravilhoso bando sai do chuveiro me enrolei na toalha coloquei outra na cabeça e fui escolher o que vestir.

  Me troquei deixei meu cabelo solto e resolvi ficar sem maquiagem apenas um batom vermelho e estava perfeita, dei tchau para os rapazes que estavam conversando na sala Júnior me pegou as nove em ponto sempre pontual chegamos em um restaurante chique no Leblon L'Etoile um clássico em culinária francesa nos sentamos pedimos e estava um jantar muito agradável conversávamos sobre tudo.
- Nosso pai ficou feliz que estava bem - ele disse sorrindo - E me disse para te fazer ir lá visitá-los.
- Sabia - sorri triste - Sinto falta deles.
- Por que não vai visitá-los Alice? - como falar para meu irmão que tinha medo de encontrar Carlos?
- Eu vou visitá-los - sorri o encarando - Prometo!
- Ok - ele suspirou - A esqueci de te contar eu e o Carlos abrimos um negócio de imobiliária em Campos - perdi o ar enquanto ele falava - Ele me ligou hoje parece que ele e a Manuela terão um filho - ele deu de ombros - Me ligou hoje para falar como andava a imobiliária e me deu a notícia se casaram a cinco meses e a Manuela está grávida de três meses.
- Eu tenho que ir embora - eu praticamente sussurrei não encarei ele apenas levantei sai do restaurante, me faltava o ar era como se estivesse vivendo tudo aquilo de novo, peguei o táxi quando ele parou no apartamento do Marcelo paguei bem mais que o necessário, não tinha como contar o dinheiro agora, assim que entrei no elevador tirei minhas sandálias como ele teve a coragem de se aproximar do meu irmão? Como teve coragem de manter contato com a minha família? E agora eles estavam casados? E ela estava grávida? Fechei a porta do apartamento me escorando nela e chorei sentando no chão abracei minhas próprias pernas e chorei não tinhas forças para aquilo, não tinha forças para nada era por isso que não tinha voltado pra campos,  não queria notícias dos dois e se eu fosse para a casa dos meus pais com certeza os encontraria.
- Alice - Pietro gritou me sacudindo o olhei atordoada desde quando ele estava ali? - O que aconteceu Alice? Aquele idiota te fez alguma coisa? - eu estava escutando o que ele falava mais parecia que minha cabeça não processava a informação - Eu vou MATA-LO!
- Calma Pietro você não sabe o que aconteceu - Marcelo disse o vi com a visão embaçada por causa do choro.
- Olha o estado dela Marcelo acha que não aconteceu nada?
- ALICE - ouvi o berro do meu irmão atrás da porta e a senti tremer quando ele bateu nela com força.
- O que você fez com ela seu desgraçado? - Pietro gritava desse lado tampei os ouvidos com as mãos e fechei os olhos.
- Alice - Marcelo disse baixo tocando no meu ombro o olhei deixando escapar um soluço - Vem cá! - ele me ajudou a levantar.
- Eu sou o irmão dela se não me deixarem entrar eu arrombo essa porta - vi a expressão de surpresa na expressão dos rapazes eles achavam que o Júnior era o que meu? Pietro abriu a porta e um Júnior muito irritado entro - Agora chega Alice foi por causa do Carlos que você foi embora? - eu dei um passo pra trás, eu não ia contar a ninguém. Ninguém precisava saber, ninguém nunca saberia - Não vai me falar? Ok então vou perguntar a ele mesmo.
- Não! - gritei em desespero - Por favor não - eu me tremia todinha.
- Então me conta Alice - ele disse com a voz mais calma - Olha seu estava minha irmã! Está em estado de choque o que foi que ele te fez?
- Não - falei se formando um bolo na minha garganta - Ninguém precisa saber Júnior.
- Alice - ele tentou chegar perto mais me afastei eu estava ficando sem ar - Vou ligar pra ele agora - quando o vi pegando o celular.
- Eles mataram - gritei me tremendo me abracei com uma mão então a outra está na boca encarei o Júnior - Eles mataram.
- Mataram o que Alice eu não tô entendo - encarei os três homens na minha frente - Ali...
- Meu bebê - disse vendo ficar tudo preto aos poucos minhas forças estavam saindo do meu corpo, eu tinha falado.