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O N E

Boneca
substantivo feminino.
 1. representação tridimensional de um corpo humano feminino, infantil ou adulto, feita de pano, porcelana, borracha e etc.

ㅡ Palácio Cor de Rosa? Não tinham um nome melhor para colocar não? ㅡ Cochicho, vendo a placa em que entregava o nome do local em que eu iria morar a partir de agora. Sinceramente, eu não gostava dessa idéia de mudança e de se adaptar a lugares novos.

Eu odiava, guardem essa palavra, eu ODIAVA o fato de ter que se acostumar com colégios novos, com as praças que variam ㅡ dependendo do lugar ㅡ. É tão difícil sair de um canto no qual você já está acostumado e ir para outro no qual você não tem a menor afinidade.

ㅡ Espera, aquilo é um cara se exercitando em cima do telhado? Céus, aquele homem deve ser um bêbado solteiro que com certeza coloca sertanejo para o apartamento todo escutar às O8H da manhã. Não é de se esperar que ele seja normal, não é Yoon? Yoon?

Saio do carro, batendo a porta do automóvel após tal ato. Eu consegui escutar minha mãe me xingando por isso, porém, não importa tanto assim. Ela falava muita coisa sem antes saber das coisas, e isso era irritante. Subo as quatro escadas que tinham para ter acesso às portas da casa, e, eu ficaria bastante surpreso se tivesse tudo arrumado invés de caixas.

ㅡ Isso aqui é o fim do mundo! Fala sério, eu quero voltar para Daegu. ㅡ praguejo claramente irritado, batendo os pés e cruzando os braços fazendo como uma típica criança mimada. ㅡ

ㅡ Acostume-se, Yoongi, não temos mais nada para fazer lá. Aqui será legal. Agora, vá brincar lá fora vá! ㅡ Meu pai diz.. me expulsando da própria casa? Ah, qual foi.

Bufo irritado, saindo de casa novamente parando perto de plantas e flores. Eu nem pisei direito na madeira daquele local e já sou expulso? Não, não! Eu mereço reconhecimento. Eu sou o único filho deles, eles deveriam ter um pouco de compaixão e tempo comigo.

Suspiro audível, decidindo pegar um galho de uma das plantas ㅡ mais conhecida como a varinha mágica de rapdomante ㅡ para usar como instrumento de auxílio para andar. Andando pela estradinha deserta, eu  consigo escutar barulhos de pedras caindo e sendo jogadas, ouvindo também um grunhido alto, mais parecendo algum corpo gemendo de dor. Me assusto e, por conta da adrenalina, saio correndo até chegar perto de um tipo de buraco coberto de lama. Olho para trás, ainda assustado, afim de ver onde estaria o cara que poderia ter me assustado. Eu tenho o auge da vergonha, e esse meu auge acabou de transbordar quando vi que eu me assustei com um felino. Com a pORR----

— Você quase me matou de susto, seu magricelo! Eu só estou a procurar o velho poço. Conhece? Caladão, huh? Bem, Varinha mágica de rabdomante, mostre me o poço!

De repente, escuto uma buzina de motocicleta e uma pessoa sai na direção dela. Céus, hoje eu retirei o dia para morrer.

— Fique longe de mim! — Grito, utilizando a varinha como arma de defesa, mas, sendo derrubado assim que a pessoa misteriosa agarra-a

Ele usa uma máscara, porém não deu para ver detalhes. Ele retira e pega a minha varinha. Safado, pilantra, cachorro e muito lindo.

— Me deixe adivinhar, você é de um lugar árduo e estéril, huh? Como o Gwanju ou Daegu? — Questionou, analisando a varinha. — Eu já tinha ouvido falar dessas varinhas para achar água, mas não faz sentido. É só um galho comum.

— É uma varinha de rabdomante! — Eu o chuto. — E eu não gosto de ser seguido, nem por otários e nem por seus gatos.

— Ele não é meu gato, ele é arisco e selvagem, sabia? Eu o alimento todas as noites e as vezes ele fica na minha janela.

Olho o babaca e depois o gato, ew. Como ele consegue ficar com essa coisa? Digo, o gato deve sofrer na mão dele.

— Argh! — Pega a varinha. — Se eu sou mesmo um caçador de água, onde está o poço secreto?

— Se pisar mais forte, vai cair dentro dele.

Pulo, saindo de cima do tal poço. Caramba, essa varinha funciona mesmo! Ah, eu tenho mesmo que parar de ser um idiota.

— Está vendo? Dizem que ele é tão fundo que, se cair dentro dele e olhar para cima, consegue ver as estrelas em plena luz do dia.

— Tá  — respondo-o, de um jeito seco.

— Meio estranho ele ter deixado você vir para cá. Meu avô é dono do Palácio Cor-de-rosa. E geralmente não aluga para famílias com crianças.

— Como assim? — Dessa vez, eu pergunto. Eu não queria receber uma resposta feia, como um 'Vai tomar no teu cu, some.', e sim uma resposta como 'Ah, sei lá. Meu avô está ficando velho e louco.'

— Vamos mudar de assunto, eu sou o V — Estende a mão.

— V? — Pergunto, o cumprimentando. Assim que ele me solta, olho minhas mãos cobertas de lama, fazendo uma cara de nojo, e as limpo em meu casaco.

— Diminutivo de Vitorioso. Eu escolhi esse apelido. E qual seria o seu estigma?

— Meu nome não é nenhum estigma, é Min Yoongi. — Faço birra com o menino, enquanto bato os pés no chão.

— Miniongi de quê?

Mentira que ele errou meu nome, me fala que ele NÃO errou meu nome. Me chamasse de Suga, que é mais fácil.

— É Yoongi. Min Yoongi. — Digo meu nome mais uma vez, eu vou dar na cara dele se ele errar meu nome de novo.

— Que estranho, esse nome pode levar as pessoas a terem expectativas comuns sobre a pessoa.

Piso na lama, mostrando minha raiva interna. Ou, quase isso. Eu parecia um ratinho irritado, para ser verdadeiro.

"Taehyung!", escuto alguém gritando ao longe. E então, vejo a oportunidade de zoar com seu nome também.

— Acho que alguém está te chamando, Taevyung.

— Taehyung, não Taevyung. Bom, foi legal conhecer um místico de outro lugar.

Ah, qual foi. Ele nem falou um "a" quando eu falei seu nome errado e ainda me corrigiu! Passo a bater a "varinha" na palma da minha mão, mostrando minha superioridade.

— Aliás, eu usaria luvas na próxima vez. — Ele disse, subindo na moto.

— Por quê?

— Porque essa sua varinha de rabdomante, é um sumagre venenoso.

Grito, jogando o galho para longe. E então, dei língua para o garoto vendo-o ir embora. Babaca.

ㅡ Espero que morra no meio do caminho também!

mia

yoongi e o mundo secreto | btsOnde histórias criam vida. Descubra agora