– Sammm–
– venham logo–
– O que aconteceu–
– Não sei, vamos levar ele para dentro–Tempo depois
Acordei no quarto, não sei ao certo o que aconteceu, me lembro de estar caminhado na rua e depois disso mais nada.
–Ele acordou– pareceu-me a voz do Meteus
Aos poucos ia recuperando os sentidos, olhei a minha volta e vi os rapazes todos olhando para mim, tento me levantar e não consigo, porquê que não consigo ficar em pé, das outras vezes que isso acontecia era passageiro.
-–Sam, não faça nenhum esforço, o doctor já volta– fala o Bruno
– Doctor??? Já volta??–pergunto
–Sim, o melhor é ficar calmo e deitado– diz Mateus
Vejo todos segurando o choro, não entendo o que está acontecendo, isso foi somente o de costume, não foi??, Para onde foi o Doctor??o quê que ele disse?? Porquê eles estão assim?? Minha mente está repleta de questões, mas todas simplesmente sumiram quando o Doctor entrou com os enfermeiros, nesse momento os rapazes começaram a chorar, o Fred saio do quarto, realmente não estou entendendo o que está acontecendo, os enfermeiros vinham em minha direção.
– Bruno, Bruno, me fala o que está acontecendo–digo segurando firme em seu braço
O Bruno ainda tentou segurar o choro, olhou para mim, segurando fortemente em meu braço, e no mesmo instante os enfermeiros me colocaram em uma cama, saindo do quarto, pude ver o Fred nas escadas, ele nem conseguia olhar para mim, do lado de fora tinha uma carinha de ambulância, quando iam me colocando dentro, os rapazes a senhora do orfanato estavam já no portão era meio que uma despendida, continuava sem sentir meus pés mas em todo caminho eu procurava entender o porquê disso, o que será que tenho, será que é grave??, Porquê os rapazes ficaram assim??.
Mateus
Tudo aconteceu muito rápido, até algumas horas ele estava na escola com a gente, mas agora está em um ambulância, a notícia do doctor abalou todo mundo aqui, só de lembrar da um vazio por dentro.
– Mas, porquê isso com o Sam?– – Não acham que ele já sofreu de mais?- Não acham que nós já o fizemos sofrer de mais?– pergunta Fred visivelmente revoltado e inconsolável
Todos sabiamos que ninguém era culpado, mas as palavras do Fred, fizeram com que nos sentíssemos culpados
– Calma Fred, não podíamos fazer nada para evitar– diz Lucas
– Podíamos sim, talvez se prestássemos mais atenção desde o início, não chegaria a esse ponto– fala Fred
–Não irão mudar nada discutindo, o Sam agora precisa do nosso apoio, mais do que nunca, devemos estar unidos, devemos ser fortes– diz o Bruno entrando no orfanato
– Pessoal o Bruno têm toda razão, não é momento para discussões, o Sam precisa de nós– digo entrando com os rapazes
Sam
Continuava sem entender ao certo o que estava acontecendo, estava em quarto, muitos aparelhos a minha volta.
– Sam sparker– diz o doctor
– Sim sou eu– falo
– Sam, eu quero que você me conte desde o início, qual foi a primeira vez que você sentiu alguma coisa de diferente com seu corpo, talvez alguma paralisia momentânea– fala o doctor
– Doctor, tudo começou a alguns meses, eu estava na sala de aulas, quando do nada as minhas mãos começaram a tremer de seguida os meus pés, e todo meu corpo ficou tremolento, daí o professor ligou para senhora do orfanato e fui liberado, das outras vezes foi o mesmo, recentemente ia acontecendo com mais frequência, aí já não conseguia ficar em pé, deve ser a paralisia momentânea que o doctor falou– digo
– Sam, seus amigos me falaram que você é garoto forte– diz o doctor
– E você vai precisar de ser– completaEscutando o doctor falando, fiquei sem reacção, a única coisa que sabia é que eu devia ser forte
– Sam você sofre de esclerose lateral amiotrófica, conhecida também por doença do neurónio motor, essa doença mata os neurónios de controle dos músculos voluntários. Sam, não há cura conhecida, você irá perder gradualmente a capacidade de locomoção, fala e eventualmente a de respiração, alguns medicamentos podem prolongar a sua vida por volta de 4 a 5 meses– Fala o doctor
O Capítulo termina por aqui
#Sê forte Sam
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O Meta [CONCLUÍDA]
Historical FictionBem, essa é a história de um garoto dono de uma inteligência incomum, na escola todos fazem gracinha da cara dele. Sem amigos, a única coisa que ele tinha era o seu pai (Arthur) grande cientista, que sofria de uma doença letal alzheimer (uma doença...