Era uma noite quente de verão, e algumas pessoas aproveitavam o bom tempo para praticar seus esportes no parque do Ibirapuera. Corredores, patinadores, ciclistas... Tanta gente... Tanto sangue...
Estava em minha forma de lobo, trotando sobre minhas quatro patas e me ocultando nas sombras, enquanto observava a população. Quando um cheiro me chamou a atenção. Não era apenas o aroma do sangue fresco e saboroso de um jovem rapaz. Havia dor, havia tristeza, lágrimas... Isso era bom. Me saciava mais do que qualquer sangue repleto de alegria.
Segui o aroma em meio as árvores que escondiam a luz do luar, até ver o rapaz sentado sobre a grama, encostado em um tronco. Secava as lágrimas e seus ombros temiam. Logo a sua frente, um anel de prata. Me aproximei do garoto, que tinha o rosto escondido nas mãos.
Toquei seus cabelos com meu focinho para lhe chamar a atenção. E assim que ele me viu, deu um salto para trás, batendo na árvore em que estava encostado.
Meus olhos azuis brilharam levemente, encararam os seus castanhos.
"Calma" eu disse em sua mente.
O garoto respirou fundo ao meu comando. Minha persuasão nunca falhava. Olhei mais uma vez em seus olhos, para além deles, para compreender o que se passava em sua mente. Sua namorada havia o traído.
"Levanta" eu disse mentalmente.
O rapaz se levantou, ainda com as costas na árvore. Logo, me coloquei sobre as patas traseiras, assumindo minha forma de homem também, tão jovem quanto o rapaz na minha frente.
O choque em seu olhar era tanto pelo fato de um lobo assumir a forma de um homem, quanto pelo fato deste homem estar completamente nu.
Me aproximei um passo, colocando uma mão em seu ombro direito. Meus olhos ainda brilhavam na escuridão.
"Calma, meu jovem... Ela não merecia alguém como você" eu sussurrei enquanto o observava voltas as lágrimas.
"Eu dei tudo por ela..." ele disse secando uma gota que escorria em sua bochecha. Aquela bochecha que parecia de veludo, tão macia era sua textura "Ela simplesmente..."
"Shh..." sussurrei para se calar. A pele bronzeada começará a refletir um pouco da luz do luar que atravessava a copa das árvores.
"Você vai achar alguém melhor, tenha certeza disso" eu disse, deslizando minha mão para sua nuca. Ele me encarou choroso novamente.
"Tem certeza?"
Percebi que seus olhos percorreram meu rosto, descendo para meio peitoral e meu abdome definido.
Passei a mão em seu cabelo sedoso, enquanto a outra tocava sua cintura. Puxei-o para perto, e me surpreendi ao sentir sua ereção sob a calça jeans. Minha boca salivava.
Nos encaramos, ele não demonstrou nenhum sinal de resistência. Meu polegar percorreu seus lábios carnudos, levemente avermelhados, fazendo contraste contra a pele bronzeada. Pelo corpo magro, mas bem definido, provavelmente era um corredor.
Toquei seus lábios com os meus, enfiando a língua vorazmente em sua boca. Seu pau pulsava contra o meu, também duro. Pressionei minha pélvis contra a dele, fazendo leves movimentos com o corpo, enquanto nosso beijo se intensificava. Seu rosto demonstrava uma mistura de prazer com dor. Meu pequeno masoquista.
Ainda com minha boca colada na dele, segurei sua camiseta pelo colarinho, e com um movimento, a rasguei por inteiro, jogando os restos sobre a grama.
Coloquei a mão em forma de garra seu peito, deslizando com ferocidade e produzindo cinco cortes em seu delicioso corpo. O garoto olhou para mim assustado com a dor.
Abaixei-me um pouco, deslizando a língua em seu ventre, subindo pelos cortes ensangüentados e voltando para sua boca, obrigado-o a provar do próprio sangue.
Violentamente, puxei o botão e o zíper de sua jeans, abaixando-a até os pés.
Seu pênis estava umedecido pelo tesão, lubrificar de desejo. Passei a língua lentamente, da base até a cabeça, sentindo as veias pulsarem e o gosto do fluido em minha boca. O garoto gemia e tremia de tesão.
Apoiei as mãos em sua cintura, e introduzi até o fundo da minha garganta. Meus caninos se alongaram um pouco, mas ainda não era hora.
Comecei a fazer o movimento de vai e vem, sentindo seu desejo, seu tesão, exalando por cada poro de seu corpo delicioso.
Ele começou a estremecer ainda mais, estava prestes a gozar, mas antes que pudesse, me levantei, encarando seus olhos novamente. Beijei-o mais uma vez e o pressionei contra a árvore. Pisei na calça jans que estava em seus pés, ajudando-o a se livrar completamente dela.
Coloquei as mãos em seus ombros e pressionei para baixo, obrigando o jovem a se colocar de joelhos. Ele agora estava cara a cara com meu pau. Olhou para cima com os olhos arregalados.
"Eu nunca..."
Ele se calou quando puxei sua cabeça e enfiei meu pênis em sua boca sem nenhuma cerimônia. Comecei a bombar com força sentindo sua língua macia, sua garganta deliciosa. Era como veludo. Eu gemia alto, extravasando todo o meu tesão, todo meu desejo, enquanto aquele rapaz delicioso me chupava todinho.
Apoiei um pé em seu ombro, encostei sua cabeça na árvore e intensifiquei os movimentos. O arrepio percorrendo da região da pélvis por todo meu corpo.
O vem e vai estava feroz. Ele se engasgava e gemia, com lágrimas descendo de seu rosto. Comecei a sentir o calor, a tremedeira que se estendia por meu corpo... Eu estava quase...
Gozei. Ele tentou tirar meu pau de sua boca, mas o segurei pelos cabelos, enfiando até o fundo de sua garganta, forçado-o a engolir até a última gota. Gemi, passei a mão na minha testa e afastando os cabelos molhados de suor.
Dei um toquinho em seu ombro, fazendo-o se levantar. Puxei seu corpo para o meu mais uma vez e retornei aos beijos, ao mesmo tempo que o masturbava. Ele gemia, com os lábios preenchidos por minha língua, até que novamente senti seu corpo tremer, estava quase chegando ao clímax.
Uma nuvem encobriu o luar. Olhei para cima e ordenei as nuvens para deixar apenas um raio de luz sobre nós.
Seus gemidos se intensificaram, e gemia cada vez mais alto. Abri minha boca, dando espaço para meus caninos estranhamente longos se esticarem, e quando ele expeliu o primeiro jato de porra na minha barriga, cravei os dentes e seu pescoço.
O som que saiu de sua garganta ferida era uma mistura de gemido de tesão com um grito de dor. Ambos em um só som engasgado.
Então, após alguns goles, o soltei. Não queria matá-lo. Apenas me alimentar e saciar meu tesão. E quem sabe, logo não o encontraria mais uma vez para uma noite como aquela?
O rapaz estava fraco, em êxtase. Seu corpo tremia, o suor refletindo a luz do luar. Deitei-o no chão, observando seus olhos se fecharem e seu peito arfante subir e descer. Beijei as duas feridas causadas por minhas presas e me levantei.
Voltei a me tornar lobo e sumi entre uma fina névoa noturna, deixando o jovem rapaz deitado, nu e ensangüentado, coberto de porra, descansando sobre o gramado do parque do Ibirapuera.
"Espere pelo nosso próximo encontro" sussurrei em sua mente.
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Meu Pequeno Masoquista
RomanceUma noite de verão, uma tragédia, um garoto com o coração partido, e outro com sede de sangue e safadeza.