Abri os olhos, ofuscados pela luz solar que atravessava as copas das árvores. Minha visão estava embaçada e tinha um gosto esquisito na minha boca, que me fazia franzir o nariz. Observei ao meu redor, tentando me recordar de tudo o que havia acontecido nas últimas horas. Lembrei-me que estava no parque do Ibirapuera, logo após descobrir a traição da garota que eu amava e logo depois... Não... Não podia ter sido real. Me recusava a acreditar. Procurei meu celular no bolso, mas senti meu peito gelar ao perceber que estava apenas calçando meus tênis, sem camiseta ou calça! Pior ainda, estava com uma ereção! Seria daquelas matinais? Ou seria devido as lembranças da noite anterior? Imagens enevoadas que flutuavam em minha mente? Rapidamente coloquei minha calça jeans, e gemi frustrado ao ver que minha camiseta estava completamente rasgada.
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Entrei em casa, tentando ao máximo passar despercebido, mas ainda fui obrigado a ouvir meia hora de sermão da minha mãe, somado com uma hora de discurso do meu pai. Logo em seguida, corri para meu quarto e fechei a porta. Só queria solidão por alguns instantes. Encarei minha imagem refletida no espelho do guarda-roupa, e dei um salto para trás quando vi cinco cortes que desciam do meu peito até meu abdome. Sangue seco envolvia a pele de meu corpo. Pouco mais acima, dois pequenos furos em meu pescoço, levemente doloridos ao toque. Tomei um banho para me livrar do sangue e dos... Restos de fluído secos que estavam colados em minha pele. Enquanto a água quente caía pelo meu corpo, eu esfregava as mãos ensaboadas em cada pequena área da minha pele. Fechei os olhos, e logo minhas mãos chegaram ao meu pênis, que nem percebi o quanto estava ereto. Meu dedos deslizavam em suaves movimentos, e com os olhos fechados, eu imaginava como sendo as mãos de outra pessoa. Uma pessoa de pele branca e olhos azuis, que chegou para mim na forma de um belo lobo cinzento. Havia tempos que não me masturbava de um modo tão prazeroso quanto aquele. Os arrepios percorriam da minha pélvis e virilha, se espalhando por todo o corpo, até que, em um espasmo, o jato de gozo atingiu o azulejo do banheiro. Abri a boca, e sem controle sobre mim, soltei um gemido mais alto que o esperado. "Tudo bem aí?" ouvi a voz de minha mãe, seguida de batidinhas na porta do banheiro. Ignorei.
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Uma semana se passou. Estava deitado na minha cama usando apenas minha cueca box preta. A casa estava quase silenciosa, não fosse pelo som da televisão que meus pais assistiam na sala, chegando até meu quarto. A janela aberta permitia a entrada de uma brisa noturna suave. Meus olhos começaram a pesar, e comecei a cair em um sono leve, envolto por escuridão, quando, com os olhos semi abertos e a mente sonolenta, vi um vulto abaixado no parapeito da minha janela. Parecia um jovem homem, com camiseta regata e uma calça apertada, cada peça de roupa era negra como o céu sobre ele. "Me deixa entrar" sua voz chegou suavemente na minha mente, como se fizesse parte de um sonho. "Sim.. Entre..." eu disse, sem medir minhas palavras. Estava em êxtase. Senti um toque gelado em meu pescoço. Eram dedos frios, como se tivesse acabado de passar por uma ventania de inverno. Nem parecia que estávamos no verão. Abri os olhos, observando o rapaz na minha frente. Mil sensações percorreram meu corpo como ondas de choque, os principais: medo, surpresa, e um calor no peito que não dava pra explicar. Era como se eu sentisse falta daquela noite no parque, e a expectativa de repetir a dose me deixava excitado... Em todos os sentidos da palavra. "Calma" ele disse em minha mente, sem nem abrir os lábios. Começara assim na última vez. Ele era tão lindo, com aquela pele branca, cabelos negros e olhos azuis brilhantes... Levantou minha cabeça, observando as marcas já cicatrizadas que ele mesmo deixara em meu pescoço, e lentamente, deslizou sua língua macia sobre as feridas. Subiu com a língua em meu queixo, e a enfiou na minha boca com brutalidade, me beijando com força. Eu estava ofegante, me segurando ao máximo para não começar a gemer. Aquela língua brincava na minha boca, mordia meu lábio inferior, e dava pequenos beijos em meu rosto. Então começou a descer, sempre lambendo cada parte do meu corpo em que passava. Meu pescoço, meu ombro, meu peito, e se demorou enquanto lambia e mordia meus mamilos. Doía, mas me causava prazer ao mesmo tempo. Desceu para o abdome, então para a pélvis, onde começou a massagear meu pau sobre o tecido fino da cueca preta. Fechei os olhos e saboreei seu toque, tão bruto, tão intenso... Minha cueca foi puxada para baixo, me deixando completamente nu sobre a cama. Olhei para a porta, inseguro. Meus pais poderiam entrar a qualquer momento. Mas o garoto puxou meu rosto e me obrigou a olhar para ele. "Relaxa" ele sussurrou. Então desceu pelo meu corpo mais um vez, começou a beijar minha coxa, meu saco, e finalmente foi parar onde eu mais temia, na minha bunda. Começou a chupar e morder minhas nádegas, me causando cócegas e arrepios de prazer, até finalmente, enfiar a língua no meu ânus. Apertei o edredom sob meu corpo. Estava rígido como uma pedra. "Relaxa o corpo, porra" ele disse um pouco mais alto, e voltou a meter a língua no meu cu. Tentei relaxar, e acho que obtive sucesso. Sua mão alcançou novamente meu rosto, e ele enfiou o dedo médio na minha boca, umedecendo-o com minha própria saliva. Sentou-se na cama, tirou a regata, e meteu o dedo em mim. Abafei um grito enquanto ele fazia o famoso "entra e sai" com o dedo. Cuspiu no meu cu, e então introduziu outro dedo, continuando os movimentos. Era uma sensação inexplicável, o toque em uma área tão sensível, que nunca imaginei que me traria tanto prazer. Então, interrompendo os arrepios que percorriam meu corpo, ele se levantou e tirou a calça, exibindo o pênis ereto, alguns centímetros maior que o meu, que pulsava enquanto me observava com um olhar selvagem. Se colocou de joelhos entre minhas pernas abertas sobre a cama, levantou meu quadril, e lentamente, introduziu seu pau em mim. Mordi a almofada que estava ao meu lado para abafar um grunhido que insistiu em escapar da minha garganta. Era como uma pressão intensa, que me tirava o ar e os sentidos. O rapaz passou a mão em minha barriga e meu peito, me olhando enquanto estava dentro de mim, deixando meu corpo se acostumar. Logo começou a mexe sua cintura, nos movimentos de vai e vem, colocando e tirando. Eu arfava, me esforçando ao máximo para nenhum gemido escapar de meus lábios. O som da televisão da sala ainda ressoava em meu quarto. O rapaz se curvou sobre mim, me encarando com aqueles olhos azuis enquanto bombava seu pênis em mim. Cada bombada deixava a mostra os músculos de seu abdome quando se contraíam com o movimento, e isso apenas intensificava meu tesão. Ele acelerou os movimentos, cada vez mais rápido. A cama rangia e minha respiração estava alta, eu não iria suportar segurar mais! Ele pegou no meu pau, enquanto ainda metia com força, e começou a me masturbar ao mesmo tempo em que fazia aqueles movimentos intensos. Eram arrepios intensos, frenéticos, uma onda de tesão que eu nunca havia sentido na minha vida.
Partia de dentro do meu ânus, se espalhava por meu pau e refletia em cada parte do meu corpo. Eu estava em êxtase, sentindo aquele pau me foder e aquela mão me masturbar.
Eu senti que ia explodir, quando meu primeiro jato de esperma saiu com tanta força que acertou o rosto do rapaz. Mais um jato que molhou seu peito, e o último que atingiu os músculos de sua barriga. Ele não parou o movimento com a mão, o que me deixou desnorteado com a intensidade da sensação. Quando finalmente soltou meu pênis, colocou as mãos em meu peito, diminuindo o vai e vem de sua cintura. Ele havia gozado dentro de mim. Estava arfando como eu, e as gostas de suor e esperma escorriam por sua pele branca. Tirou o pau lentamente de mim, e me beijou, ainda com os lábios sujos com meu esperma. Pela primeira vez, senti meu próprio gosto. Instintivamente, inclinei minha cabeça para trás, oferecendo meu pescoço. "Não... Hoje não vim pelo seu sangue" ele disse baixinho, me dando mais um beijo intenso. "Eu volto" A última coisa que vi foi um lobo cinzento pulando da minha janela para a noite escura.
*
Acordei. Meu corpo estava grudento devido ao esperma seco. Então fui direto para o banho, estranhando o fato da televisão estar ligada já tão cedo. Meus pais deveriam estar trabalhando. Saí da água morna com a toalha enrolada na cintura, e desci as escadas até a sala, e o que vi me fez sair para trás na escada com o choque. A toalha caiu no chão. Meu corpo estava gelado e tremendo. Meus pais estavam jogados no sofá, cada um com marcas de dentes no pescoço, um filete de sangue escorrendo pelas aberturas e manchando suas roupas, as mesmas que usavam na noite anterior. A televisão ligada exibia desenhos infantis, algo que certamente eles nunca assistiriam. Na cortina branca que ocultava a luz do sol, estava escrito em vermelho, utilizando o sangue que certamente fora dos meus pais:
"Seja SOMENTE meu"
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Meu Pequeno Masoquista
RomansaUma noite de verão, uma tragédia, um garoto com o coração partido, e outro com sede de sangue e safadeza.