[EM PAUSA] ♋ "Moments With You" ♋ (HOT)

Capítulo XVI

◣16º Capítulo☮◥

Música: Katy Perry - Thinking of you (https://www.youtube.com/watch?v=qPZdG6qT0B0)

ANTERIORMENTE EM "MOMENTS WITH YOU":

A minha cabeça estava pior que a Primeira Guerra Mundial, estava um autêntico desastre, uma grande confusão.

Senti vozes, mas nem isso me fez despertar e abrir os olhos. Deixei-me estar na mesma posição, sentada toda encolhida, sem me mexer.

As vozes vinham de trás de mim, risos ouviam-se. Pensei logo que estavam a gozar comigo por eu estar ali assim.

- Vão indo. Eu já vou ter com vocês! - disse um voz feminina.

Senti passos na minha direção e de seguida algo me tocou no ombro.

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Abri os meus olhos e olhei para trás. Vi uma rapariga alta de cabelos castanhos longos. Como ela é linda. Deve ser modelo ou atriz.

- Que se passa? - perguntou-me ela sentando-se no passeio ao meu lado.

Baixei o meu rosto tapando-o com as mãos, para que ela não visse as minhas lágrimas a escorrerem.

- Estás perdida? - perguntou-me.

Acenei com a cabeça que não.

- Então? - continuou ela.

Ela é uma querida por se preocupar comigo, mas eu não quero falar com alguém que não conheço de lado nenhum. Não quero falar dos meus sentimentos, muito menos partilha-los.

Continuei com a cabeça baixa sem dizer uma única palavra. Ela permaneceu calada ao meu lado. Senti a sua mão a pousar no meu braço, olhei para ela e vi-a sorrir para mim. Um sorriso amigável e sincero.

Ela levantou-se e pôs-se à minha frente de joelhos dobrados.

- Não queres falar do que se passa? - perguntou encarando-me.

Depois de uns segundos acenei que não com a cabeça. Ela levantou-se. Pensei que ela se fosse embora, mas em vez disso ela estendeu-me a mão.

- Anda. Levanta-te! - pediu-me.

Olhei para a sua cara com um sorriso e de seguida para a sua mão. Estiquei a minha mão ainda com receio e peguei na sua mão. Ela ajudou a levantar-me.

Ajeitei o meu vestido que estava todo enrodilhado e peguei na minha bolsa. Ela sorriu.

- Já percebi que não queres falar. - exclamou ela.

Continuei de cabeça baixa.

- Eu sei que não me conheces de lado nenhum, mas acredita, podes confiar em mim. - ela sorriu.

Não dei resposta. Sentia-me tão mal que não me apetecia dizer nada.

- Queres que te leve a casa? - perguntou-me.

- Não! - exclamei.

Não queria voltar para casa, pois agora vivo com o Harry e não me queria dar de cara com ele. Se a minha casa estivesse intacta, sem estragos. Nesta altura devem viver lá morcegos ou até mesmo aranhas e cobras. Não tenho para onde ir. A única pessoa, para além do Harry, com que me dou bem é a Emma e ela vive na mesma casa que o Harry. Não tenho mais ninguém. O meu pai foi embora e nunca mais voltou. Imagino quando ele voltar a Londres, se voltar, e vir o estado em que a casa está. Não me interessa. Ele que vá lá para os Estados Unidos que fica lá bem, também ele nunca se preocupou comigo e não era agora que se ia começar a preocupar. Ele só se preocupa com o trabalho. A minha sorte é que já tinha 16 anos quando a minha mãe faleceu, por isso já estava grandinha para pensar sozinha.