A melhor forma de reconciliação

CAPÍTULO ÚNICO - Desavenças têm solução

O jantar estava pronto e quentinho em cima da mesa. Tinha cozinhado a comida preferida de Chanyeol e ainda arriscou-se em uma sobremesa, coisa que não tinha costume de fazer por não gostar de doces, porém sabia que o marido os apreciava. Estava orgulhoso de si mesmo e tinha aquela sensação gostosa em um misto de dever cumprido e ansiedade.

Eram recém casados e naquele dia em especial completavam dois aninhos juntos naquela relação meio precoce, sem arrependimentos, entretanto. Nossa, como se amavam!

Os pombinhos resolveram juntar os trapos depois da faculdade quando perceberam que eram o casal de namorados mais badalado do campus e que se as coisas continuassem daquele jeito poderiam levar uma vida juntos sim, sem problemas. Mesmo com os dilemas que a vida adulta trazia, eles se entendiam muito bem e sabiam lidar com maturidade com as qualidades e defeitos do companheiro, Baekhyun sendo meio paranóico e Chanyeol completamente avoado. Distraído mesmo e esquecido também.

Ainda assim o Byun sabia apreciar as melhores características do seu marido e sabia que ele era esforçado para manter as coisas minimamente em ordem só para lhe agradar e, poxa, sabendo que aquilo não era natural de sua personalidade, devia ser muito difícil se adequar às suas paranóias peculiares, além de reconhecer suas responsabilidades no trabalho também.

Apesar de tantos defeitos, nenhum deles superava os atributos que Chanyeol possuía, sendo estes o carinho e o cuidado que tinha com o marido, o respeito mútuo que ambos estabeleceram naquela relação, o amor incondicional que conseguia ver claramente nos olhos grandinhos e brilhantes dele.

Isso tudo sem contar com alguns fatores avantajados.

Chanyeol fodia tão gostoso.

Com raiva, com amor, lento e fundo, rápido e forte... Cacete, ele fazia a bagunça que queria com Baekhyun, jogava para um lado, pegava no colo, botava de quatro e o menor simplesmente adorava parecer um bonequinho nas mãos grandes do esposo. Não precisava nem pedir "Chanyeol, eu quero isso", "Chanyeol, eu quero aquilo", ele ia lá e o virava do avesso sem sequer avisar.

Portanto, resolveu preparar um mimo para ele naquele aniversário de casamento, afinal bodas de algodão não era lá um grande marco na história de um matrimônio, mas ainda sim era algo que deveria ser comemorado devidamente. E por causa de tudo isso tinha dado seu sangue, suor e lágrimas na cozinha para fazer um jantar no mínimo decente e depois tomou um banho bem demorado, ficando pronto para o que ia acontecer após o jantar.

Agora estava ali, sentado no sofá da sala, limpo, cheiroso, depilado e puto.

Tinha passado demais da hora de Chanyeol chegar e a comida já esfriava em cima da mesa, levando para o ralo abaixo toda a sua ansiedade e sua vontade de comemorar. O expediente dele terminava às oito horas e ele costumava chegar em casa por volta das nove, mas já eram dez e meia e nada. Algo com certeza havia acontecido.

Baekhyun, com a expressão meio enfezada, já tinha jantado sozinho e guardado na geladeira a comida que tinha feito com tanto carinho. Agora estava sentado no sofá da sala, surfando pelos canais da televisão com a pior cara do mundo.

Depois de um tempinho, a porta se abriu. Chanyeol passou por ela casualmente, limpou os sapatos no tapete da entrada, tirando-os e os deixando por ali. Pendurou o sobretudo no mancebo e sorriu bonito para o marido.

— Oi, amor. — cumprimentou normalmente.

— Oi o caralho. — Desligou a televisão e levantou-se em um rompante — Por que você está chegando a esta hora?

— Fala direito comigo. Eu sou seu marido, não seu animal de estimação. — Cruzou os braços e os músculos ficaram evidentes naquela blusa de gola alta preta que ele usava por baixo do casaco, mas Baekhyun estava irritado demais para reparar naquilo — Estava fazendo hora extra.