Como os pneus do Batmovel tinham sido roubados, Batman apenas pegou alguns apetrechos e armas e chamou as winx para revisar o plano.
Bruce estava nervoso, um passo errado e o plano poderia ir por água abaixo.
Então ele respirou fundo e sentiu o ar fresco preencher seus pulmões, as gotas d'água tocando sua pele e o cheiro inebriante da gasolina do Batmovel que também estava sendo roubada, e ficou profundamente focado no presente.
Naruto mandou um pássaro mensageiro chamado Louro José pra entregar algumas informações sobre a Akatsuki e também para guiar as Winx até rave que Konan estava, já que ele mesmo era péssimo com localizações.
Com as informações em mãos e ainda sob o céu tempestuoso, as nobres guerreiras voavam em rumo ao resgate de sua irmã.
Talvez elas não tivessem percebido, pois as lágrimas na face de Bruce se confundiam com as gotas de chuva que caíam sobre ela, mas o Homem Morcego já encarava uma luta dentro de si e esta era contra uma velha e perigosa inimiga: a ansiedade.
Suas mãos, mais uma vez, estavam trêmulas, os pensamentos negativos flagelavam sua consciência e ele não tinha mais controle sobre sua respiração. Era um verdadeiro pesadelo.
De repente, não mais que de repente, o doce e único perfume Monza da Jequiti que sua amada Bloom usava (e ele usava igual, para dar forças), o fez recobrar a consciência. Respirou fundo algumas vezes e pensou:
"Não há o que temer! Já revisamos o plano, pensamos em possíveis armadilhas e estamos juntas! E juntas somos in-ven-cí-veis! (Deve-se ler cantando) Não tem como dar errado"
Agarrando-se a esse pensamento, uma nova chama de esperança se acendeu em seu coração e as lágrimas em seu rosto deram lugar a uma feição de confiança.
- Foda-se, eu não vou fazer o que você manda - repetia ele, em voz alta, referindo-se à ansiedade e fazendo referência à música killing in the name of que estava passando em algum paredão.
Pela intensidade do cheiro do perfume Monza da Jequiti, Bruce sabia que Bloom estava por perto.
Ele estava ofegante, e suas costas ardiam, não estava acostumado a voar e não passou hipoglós nas asas antes, mas ele ignorou toda aquela dor, imaginava que Bloom poderia estar sendo torturada fisicamente, ou sendo obrigada a assistir Nanatsu No Taizai dublado (que é até mesmo pior)
- Vamos, amigas! Bloom está logo a frente. Voem mais rápido!
Logo as Winx chegaram ao lugar indicado por Naruto, mas ao contrário do que os boatos diziam, Konan não estava numa rave, mas sim em um ritual.
Em baixo de uma árvore, Bloom estava acorrentada com correntes acorrentadoras e se contorcendo, como se isso fosse adiantar alguma coisa.
Vendo aquela cena, Batman ficou totalmente pistola e já queria partir pra cima, mas Flora usando o Mukuton (estilo madeira) o impediu:
- Nós temos que esperar um pouco e aguardar informações sobre o porquê de a Bloom ter sido raptada!
- Mas o louro José disse que a Akatsuki quer capturar o encardido de nove rabos que está dentro da Bloom para fazer sei lá o que - disse Bruce atropelado as palavras.
Apesar de discordar, Bruce voltou a prestar atenção na cena.
Konan estava na mão de uma estátua muito esquisita que tinha oito olhos abertos e apenas um fechado.
- Fausto está atrasado para o ritual de extração do encardido de nove rabos - resmungou Konan - acho que terei de começar sozinha, vai demorar um pouco e vou perder o capítulo de hoje de A Usurpadora, mas ok.
Konan jogou um papel com cuspe no meio da testa da Bloom que soltou um grito de dor ensurdecedor:
-YUKEEEEEEEE
De imediato, as Winx e o Batman desceram para a árvore para resgatar Bloom
- Berro! Vocês vieram me salvar - Bloom falou emocionada e logo depois começou gritar de dor novamente
Todas as Winx se posicionaram em frente a árvore, fazendo uma barreira para impedir que Konan jogasse mais bolas de papel com cuspe, quando de maneira súbita, elas foram atingidas e instantaneamente presas por uma corrente dourada.
Ao olhar para trás, Bruce desmoronou: sua tão estimada consagrada honorabilissima amável Bloom tinha um sorriso maléfico e frio estampado em seu rosto e segurava a outra ponta da corrente que os prendia.
