O Meu Amor Proibido

Part. 1

O Meu Amor Proíbido...

Ela era a mulher mais linda que eu havia visto em toda a minha humilde existência! Era negra, de olhos escuros, cabelo crespo, com aproximadamente 1m e 75cm de altura, esbelta, traços faciais muitos finos, coberto pela cabeleira farta que mostrava ao mundo!

Vi-a pela primeira vez na universidade, quando ainda estava no terceiro ano, porém apenas dirigi-lhe a primeira palavra dois anos depois; quando eu já estava no quinto ano e ela no terceiro ano! Formei-me e fiz pela minha vida, mas o que ela nunca desconfiou foi que durante todo este tempo, andava eu a observar todos os passos que dava, celebrava suas conquistas e, chorava por suas derrotas e infortunios!

Eu já a amava em segredo, porém nunca pude declarar-me por dois motivos:
1° Ela era a namorada do meu melhor amigo;
2° Eu era o namorado da sua irmã
(factos descobri passados 4 anos). Como diz o adágio popular, "o que ninguém sabe ninguém estraga"! Amei-a durante anos em segredo, consciente de que nunca teria a chance de mostrar a ela tudo aquilo que carrego comigo durante anos!

Hoje, chegou-me a notícia de que ela e o meu amigo irão casar-se, dar o nó e consequentemente juntar as escovas de dentes, tal informação, teve o mesmo impacto em mim, que a queda das torres gêmeas aos americanos, foi mais violenta que os confrontos na Síria e no Iraque; pensei em não comparecer apesar de ter o convite a mão mas, pensei comigo "o meu amigo não tem culpa por eu amar a sua amada, são quase 20 anos de amizade e, faltar em um dos momentos mais importantes de sua vida, é o pior dos presentes que lhe posso dar! Sendo assim terei que ir e estar ali no altar, visto que também fui convidado para ser o padrinho.

Chegou o dia do casamento, o dia mais feliz da vida para os noivos e o mais triste da minha vida, pois o grande amor de uma vida  estava prestes a colocar as algemas de ouro, aquelas que diante dos homens e de Deus, são postas e jamais retiradas, porque homem nenhum separa o que Deus une! Segue-se o evento como manda a tradição, até que o padre dirigindo-se a comunidade disse: "quem dentre vós tem algo contra essa união que fale agora, ou que se cale para sempre", do altar (lugares do padrinhos) gritei: sr. Padre eu tenho algo a dizer:
  __ Está mulher que está diante de si, é o amor da minha vida, é tudo para mim, é aquela com quem eu escolhi passar o resto da minha vida e, não permito que ela se case, sendo que é o amor da minha vida(...), foi o que pensei num instante de pura imaginação, de volta a vida real calei-me e vi a cerimónia continuar como manda a regra, até o padre ordenar que fosse dado o beijo que cela o laço matrimonial. Diante de tanta angústia e tristeza, o meu coração não aguentou e parou, ali naquele momento tive um infarto fulminante, estraguei o evento mais importante da vida do meu melhor amigo e dela (o amor da minha vida), consequentemente!

Mesmo daqui, ao lado de Deus, não parei de ama-lá até pedi que fosse eu, aquele ser invisível que a irá proteger dia e noite; porque quem ama protege e cuida!
Até hoje sinto que nem a minha morte fez com que, o que sinto por ela passasse, continuo a ama-lá como no primeiro dia em que a vi!

(Continua)