O perseguidor

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{Ponto de visão Sam parte 2}

  Depois de algum tempo pesquisando em reportagens do antigo jornal, encontrei algumas coisas interessantes, por exemplo, que nenhum dos integrantes da família Lynch não é visto a mais de 6 meses.

- Galera, achei algo... - Todos tiraram os olhos do papel e prestaram atenção em mim.

- O que achou aí Sam? - Gabs vem para o meu lado e fica em meu ombro.

- Escutem isso, “Todos de Louisiana acham que a casa 66 da rua 13 é mal-assombrada por não ver ninguém sair de lá a mais de 6 meses, após ver Riker Lynch sair no meio da noite para beber. Nenhum dos outros 3 integrantes misteriosos da família é visto a luz do dia desde o casamento estritamente reservado de Rydel, feito no cartório regional. Todos perguntam o que teria acontecido para eles terem se retraído para as acomodações de sua residência. Esse é mais um fato misterioso de Louisiana por Ana Beatriz.” - Todos se entreolharam.

- Vi alguma coisa com o nome dessa escritora de fatos do jornal. - Looh procura no meio de tantos papeis e encontra um registro da polícia. - Aqui, de uma semana depois de escrever esse fato ela foi encontrada morta, asfixiada em sua própria casa. E mais uma vez, autópsia mal detalhada, arquivado como acidente doméstico. Nenhuma arma do crime ou digital, só acharam um fio de cabelo médio e castanho, mas sem nenhuma identificação no arquivo.

- Cabelo de corte médio e castanho? -  Tento lembrar de alguém que tivesse esse tipo de cabelo, mas em Louisiana, era um corte bem comum. - Messias, poderia procurar no banco de dados da prefeitura, nos registros de cidadãos pessoas com esse corte de cabelo?

- Claro, me dê meia hora. Precisam descansar, durmam um pouco. Pode parecer suspeito, passar noites em claro...

- Tem razão TI, precisamos dormir. Vou ficar aqui na sala mesmo. Boa noite. - Gabs se deita no sofá e logo pega no sono.

  Cada um foi novamente para um cômodo da casa. Eu para um quarto de hóspedes e Ross para o outro, Looh foi para o quarto dela, Messias ficou pesquisando no banco de dados da prefeitura na cozinha enquanto Gabs cochilava tranquilamente no sofá da sala. Mais uma noite fora perturbada por sonhos estranhos, um menino alto, com cabelos castanhos até o ombro, segurando uma faca para um homem, com feições parecidas com ele, tudo parecia congelado até que surge uma mulher e um menino na porta.

*SONHO*

    Um menino estava apontando uma faca para um homem, eles estavam em um quarto escuro e empoeirado, o homem estava encurralado em um canto, com lágrimas em seu rosto, desarmado... Petrificado pelo medo, implorava para que seu filho o perdoasse e não fizesse aquilo.

- Rocky, filho... Não faça isso... por favor! Eu lhe imploro! Abaixe essa faca! - Diz o homem com a voz amedrontada.

- Você merece pagar pelo que fez! Nunca deveria ter pisado novamente aqui! - O menino aproxima mais a faca do pescoço de seu pai. Mas, ao virar a cabeça para o lado, vê sua mãe e seu irmão na porta, extremamente amedrontados. - SAIAM DAQUI!

-Rocky... Abaixe essa faca ... A mamãe já perdoou o papai por aquilo. - O menino na porta se aproxima de seu pai

- CALA A BOCA RYLAND! SAI DAQUI!  Ele merece pagar por ter feito isso de novo!

-Filho... eu já o perdoei. Solte a faca e vem para cá... - Ela se aproxima e deixa um fio de cabelo em cima do homem.

- NÃO! ELE VAI TER O QUE MERECE! - Ele se vira novamente para o homem e...

*FIM DO SONHO*   

Acordo com uma grande falta de ar, eram 6 horas da manhã, decidi me levantar e ir beber um copo d’água, todos ainda estavam dormindo. Até mesmo Messias, o hacker que estava trabalhando conosco, deixou o computador decifrando uma criptografia e deitou no outro sofá da sala, próximo a Gabs que já estava quase acordando. Tentei não fazer barulho e de repente o computador apita. Messias e Gabs acordaram num pulo.

- A criptografia foi quebrada! Agora é questão de minutos para abrir todos os dados do notebook dos Lynch!

- Hã? O que houve? Acordei com um apito do Windows... - Gabs olha para mim, boceja e diz... - Bom dia Sam. Caiu da cama é?

- Tive um sonho meio estranho e acordei com a garganta seca... Nada demais. - Coloco o copo na pia e começo a lembrar que estou com essas roupas a 2 ou 3 dias e precisava de um banho. - Gabs, se importa de me levar até em casa para arrumar uma mala com algumas roupas já que vamos ficar aqui até resolvermos isso?

- Bom, se não precisarem de mim..., numa boa. Também preciso fazer uma mala com algumas roupas. Estou mais aqui do que na minha própria casa. - Ela olha para a escada. - A duplinha da preguiça ainda está dormindo?!

- Pelo visto sim... Quer que acorde eles? - Digo com o pé na escada.

- Não precisa. - Ela se vira e anda em direção à porta que dá acesso à garagem. - Quer a carona ou não?!

- Quero sim, tô indo. - Pego minha chave e vou com ela.

  Na garagem, ajudo Gabs a abrir a porta da garagem, colocamos os capacetes, ela dá partida no motor, subimos na moto e saímos. Passamos por várias ruas, incluindo pela famigerada Rua 13, onde se localizava o terreno baldio que o corpo do irmão de Ross foi encontrado e pela casa dos Lynch. Vi um homem na janela, observando como se estivesse esperando que alguém passasse por lá. Ele fixa seus olhos em nós duas, que estávamos paradas no semáforo indo para minha casa. Eu senti que conhecia aquele rosto de algum lugar, só não me lembrava de onde. Ele se vira, diz alguma coisa, olha para mim novamente e por fim, fecha as cortinas da janela. O semáforo se abre e depois de mais duas quadras, chego na minha casa. Gabs parou a moto, ainda ligada. Desci e ela disse.

- Me manda mensagem quando estiver pronta, aproveita para tomar um banho. Fui. - E ela acelera novamente, me deixando sozinha.

 Após 3 dias fora de casa, destranco a porta e entro. Minha gata, Doris pulou em minhas pernas, miando como se não houvesse amanhã, mas eu não tinha muito tempo para ela, acariciei sua cabeça e subi correndo as escadas para meu quarto. Chegando lá abri a janela para entrar luminosidade no ambiente, abro meu armário e pego uma mala meio grande e encho de roupas, calças, blusas, camisetas, shorts, camisas, tudo que era necessário. Até mesmo um vestido, algo que não costumo usar muito. Pego uma pequena bolsa e coloco roupas íntimas, colares, pulseiras e os produtos de higiene colocaria depois de tomar banho. Tomei um banho levemente demorado, coloquei uma calça legging preta e uma camiseta comprida e meu allstar preto de cano longo. Quando ia fechar a janela, vi aquele mesmo cara, estava olhando diretamente para mim com uma cara maliciosa, ficou olhando por algum tempo e foi em direção a minha porta. Minutos depois minha campainha toca, coloco tudo na mala e a fecho. Pego-a pelas alças e desço, coloco a mala no hall de entrada e vou abrir a porta.

- Pois não?

- Desculpe incomodar uma bela dama como você. Mas... - Antes que ele terminasse de falar eu o interrompi.

-. Desculpe, estou de saída, irei passar alguns dias fora e estou esperando minha amiga. Bom dia. - Quando fui fechar a porta ele a prendeu com a mão.

- Bom... está esperando sua amiga é? O que acha de esperarmos juntos? - Ele aponta uma faca para mim e eu fecho a porta com tudo. Ele solta um gemido, afinal, os dedos dele foram amassados. Tranquei a porta e todas as janelas, e por precaução coloquei as mesinhas do hall de entrada em frente a porta e corri para a sala do fundo e esperei ele ir embora. Espiei pelo vão da janela e o vi indo embora enquanto falava ao telefone. Peguei meu celular e enviei uma mensagem para o grupo que estavam eu, Gabs e Looh.

*Mensagem on*

Sam256: GABS PELO AMOR DE DEUS VEM ME BUSCAR!

Looh007: Q merda aconteceu porra?

Gabs2309: Calma porra to fazendo minha mochila! Cheguei agr em casa!

Sam256: Entao preciso que alguem me leve pra ks da Looh! N vou saio daqui a pé e mt mns sozinha!

Looh007: GABS RESOLVE ISSO LOGO!

Gabs2309: SE TIVEREM UM POUCO DE PACIENCIA MEU AMIGO VAI TE BUSCAR CACETE ! Só n sai de casa!  Espere nos fundos!

Sam256: Ok

*Mensagem off*

  Fiquei esperando esse tal amigo da Gabs por uns vinte minutos até que alguém bate na porta dos fundos. Abro e é um cara com a mesma jaqueta dela e do Pedro. Ele me entrega o capacete, subimos na moto e fomos para casa de Looh.

O FugitivoWhere stories live. Discover now