O que me mata não é a fome
O que me sara não é um beijo
Não sinto a gula dos indecentes
O que me fere eu nem mesmo vejo
Não oro a deus. Eu não lhe imploro
Não tenho lagrimas. Eu já não choro
Piedade? Não me comove
Pois ela é falsa. Ela é esnobe
Não me abençoe. És insolente
Sou pagão
Sou indigente
Mas quem me pune não são os Deuses
Não é a fome o que me mata
O que me tortura e mata; é a indiferença.