Por Acaso-Billie Eilish. {EM REVISÃO}

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AVISO: Esse capítulo fala basicamente sobre amor próprio e autoestima, e talvez isso seja um gatilho para algumas pessoas, então, se você não se sente bem com esse tipo de conteúdo, por favor NÃO leia esse capítulo, obrigada.

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#Billie

Acordei na manhã seguinte na mesma posição em que fui dormir, olhei para a pele clara da minha garota se misturando com seus cabelos castanhos escuros e pensei no quanto eu achava aquilo bonito. S/n começou a se mexer e se virou pra mim, abrindo seus olhos em seguida, me permitindo ver suas íris castanhas. Ela sorriu e disse com a voz rouca:

- Bom dia, amor.
— Bom dia. [Ela espreguiçou-se e se levantou, andando até sua pochete que estava pendurada na cama, pegando seu celular e mexendo um pouco]

Teve um momento em que ela estava falando com alguém por mensagem e ela mandou um áudio, eu não entendi nada, mas eu acho tão fofo quando ela fala português, sei lá, é bonitinho. Ela deitou na cama de novo ainda com o celular e tirou uma foto nossa, não pra postar, não pra mostrar, só pra guardar.
Na foto nós estávamos basicamente com os rostos colados e com a língua pra fora, a minha quase encostando na dela, bem bobas mesmo. E depois dessa tiramos outra "mais normal", vamos dizer assim.
Ela começou a gravar um story, não dava pra me ver, ela estava falando em português de novo e eu não entendi nada. Depois, eu me levantei e fui lavar o rosto e escovar os dentes, me dá agonia se eu não faço isso de manhã.

Então, S/n veio atrás de mim, me abraçou e eu retribui, nós ficamos abraçadas encarando a nós mesmas no espelho. É, formamos um lindo casal mesmo, maravilhoso. Beijei sua bochecha e desci as escadas. Finneas, mamãe e papai estavam sentados na mesa tomando café.
Me sentei também é comecei a comer (salada de frutas, no caso).

- Billie. [Meu pai me chamou]
— Sim?
- Você tem alguma coisa pra falar pra gente? [Depois dessa, estremeci. Encarei Finneas com o olhar mais mortal que eu tenho]
— Finn, você faz parte disso?
- Talvez.
— Finneas!
- Tá bom! Eu faço. [Encarei-o no fundo dos olhos, o vi estremecer e se arrepiar, às vezes eu boto medo nele]
— Na verdade pai, eu tenho sim.
- Então diga.
— Eu e S/n estamos ficando. Fim.
- "Ficando"?
— É pai, ficando. [Ele me olhou com uma cara de "Que porra é essa?"] Ficar é tipo, você beija a pessoa, ter uma quase relação ou namoro com ela, entendeu?
- Uhum, saquei.
— Suave. [Nos encaramos e começamos a rir, nós parecemos dois nóias conversando]

S/n entrou na cozinha se sentou do meu lado, observando eu e meu pai rindo, ela estava com um sorrisinho no rosto.

- O que aconteceu? [Perguntou, confusa]
- Bom dia, cunhada. [Meu irmão disse, fazendo-a ficar toda vermelha, eu e meu pai que já havíamos cessado os risos, rimos novamente com a cara dela]
— Relaxa, eles já sabem. [Ela arregalou os olhos e ficou mais corada ainda, em seguida, pegou uma xícara e a encheu de café até a mesma quase transbordar, adicionou um pouquinho de açúcar e começou a tomar]
- Eu não sei de nada. [Disse e voltou a tomar seu café, Finneas riu e ela acompanhou, to perdida]
— Qual é a graça? [Os dois se encararam e começaram a rir muito, tipo chorar de rir]

Assim que pararam com essa gracinha, se olharam e negaram com a cabeça.

— Qual é a graça?!
- Na verdade, nem eu sei. [S/n disse]
- Eu também não. [Finneas disse, dando de ombros]
- Credo, somos doidos. [Ela disse e deu uma risadinha no final da fala]
- Totalmente, falando nisso, me ajuda em uma missão do Tomb Raider? Pelo amor de deus. [Ela riu e negou com a cabeça]
- Tá bom, mas você está me devendo. [Finn riu]

Não preciso nem falar que estava puta da vida, né? Que bom. Eu apenas me levantei com mais cara de merda que o normal e subi as escadas até meu quarto, fui para meu banheiro e tranquei a porta.
Tirei minha roupa e me observei no espelho, "Que horror" pensei, ao ver minhas curvas, linhas e detalhes, não gosto deles, odeio eles.

Entrei no chuveiro e tomei um banho frio, isso me desperta e me faz parar de pensar um pouco, ou seja, não estou mais puta, okay talvez só um pouco. Meu irmão e minha quase namorada estão me excluindo, praticamente.
Desliguei o registro e me enrolei
numa toalha, saindo do banheiro logo em seguida.
Quando saí, dei de cara com S/n, que me abraçou extremamente forte, minha toalha quase caiu, opa.

- Não fica com ciúmes. [Ela disse baixo, ainda no meu abraço] Você sabe que eu não te trocaria por nada nesse mundo, não é? [Ouvir isso me fez involuntariamente sorrir, me traz um sentimento bom, não sei explicar]
— Eu sei, e você sabe que eu sou extremamente insegura. [Ela continuou me abraçando, apenas afastou sua cabeça me fazendo a olha nos olhos]
- Não precisa ser insegura, você é incrivelmente linda, por dentro e por fora, por mais que, o por fora não importe. Eu amo você, cada pedacinho seu, desde um fio de cabelo até os dedos dos pés. Amo seu sorriso e como ele me acalma, amo o som da tua risada e como ela me contagia, amo suas ideias e como elas me inspiram, amo suas curvas e como eu as desejo a todo segundo, amo suas estrias e como elas te deixam mais especial, amo seus olhos e como me perco neles, eu amo você, mas você precisa amar você. [S/n disse calmamente, fazendo meus olhos marejarem] Eu te amo demais, garota, mas você precisa se amar demais também. [S/n me soltou e minha toalha caiu, mas ela não olhou para meu corpo com malícia ou algo do tipo, ela apenas segurou minha mão e entrou no banheiro novamente, me fazendo ficar de frente ao espelho.] Está vendo essas estrias? [Ela apontou para a parte interna das minhas coxas] São histórias, são naturais, são partes de você, ela te fazem especial. Está vendo essa barriga? [Ela colocou a mão na minha barriga] É linda, se ela estiver menor ou maior, com dobras ou sem, com estrias ou não, ela é perfeita. Não resume quem você é, ela é só um detalhe. [Eu sorri fraco] Está vendo esse pescoço? [S/n apontou para o mesmo] Se ele é grande ou pequeno, se ele tem dobras ou não, não importa, ele é incrível. [Ela segurou meus ombros e me virou para ela, me fazendo a olhar nos olhos] Você é maravilhosa, entendeu? [Fiz que sim com a cabeça e ela sorriu] E eu te amo.
— Eu também te amo. [Sorrimos genuinamente uma para a outra] e muito obrigada.

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Oi pra você que está lendo, basicamente esse capítulo foi mais um tipo de aviso/lembrete, eu acho que não tenho mais o que acrescentar ao que já foi dito, eu sei o quão torturante é ter a autoestima baixa, eu sei, de verdade, porém, eu acredito que coisas assim, como esse capítulo, podem ajudar alguém de alguma forma.
É isso, bebam água e se amem muito.
Amo vocês.
Xoxo 💋

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