Uma mulher memorável

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Secretário- Senhor Jones, hoje terá de fazer uma visita pessoalmente há Smith Corporation. Buscando fazer um acordo diretamente com a dona: Sra. Alice Smith.

FP- Alice Smith, sem dúvida um nome forte.

Secretário- Terá que faze-la concordar que os clientes petroleiros são nossos. 

FP- Baseando em que tese caro Sr. Mills?

Secretário- As empresas dela podem estar aumentando, mas o ramo do petróleo sempre foi nosso.

FP- Está bem, eu irei.

FP pov.

Ao chegar a empresa, me deparo com lindas secretárias e assistentes inexperientes correndo assustadas para todo o canto, com certeza essa Smith deve ser uma bruxa.

Secretária- Senhor Jones, pode subir. 

Digo obrigada a garota e vejo em seus olhos uma súplica, que eu demore bastante, assim ela e suas colegas terão um tempo de sossego. 

- Pode entrar.

Escuto essa voz quando estava me aproximando da porta. Essa mulher parece gostar de estar no controle de tudo.

Eu entro e olho em direção a grande mesa no centro da grande cobertura daquele edifício, aquele sem dúvidas era um poço de superioridade.

Uma cadeira que até então estava de costas para mim, se gira de maneira lenta. Aos poucos surge uma imagem que me surpreendeu muito. Não era uma bruxa, era um anjo.

Alice- Senhor Jones... É um prazer conhece-lo, apesar de sua fama.

FP- Digo o mesmo, e vejo que pesquisou sobre mim.

Alice- Nunca entro em uma partida de mãos vazias. Mas não senhor Jones, não me interessei tanto no senhor para pesquisar com as minhas próprias mãos. Mandei minha ex assistente pesquisar.

FP- Ex?

Alice- Ela não soube lidar com suas emoções.

FP- Eu causo esse efeito nas garotas, já você... pelo jeito causa pavor.

Alice- Oh, vejo que já descobriu o apelido que meus funcionários colocaram em mim.

FP- Pois é, não se incomoda?

Alice- Claro que não, o medo é uma ótima ferramenta, e aliás, penso neles com a mesma quantidade de carinho na hora do bônus de Natal.

Ela é com certeza uma pessoa difícil de se lidar, mas é divertida, do seu jeito, mas é.

Alice- Sabe, no meu aniversário sempre ganho o mesmo presente, desconfio que é uma indireta, mas não tenho certeza.

FP- E qual seria? Uma passagem só de ida para uma ilha paradisíaca?

Alice- Oh não, mas é uma boa sugestão. Meu presente é o filme "O diabo veste Prada", deve ser porque Prada é uma das minhas marcas favoritas, não concorda?

Ela levanta em direção a mesa de drinques e pela primeira vez consigo reparar em seu belo corpo escultural, toda aquela elegância e postura sem dúvidas á deixavam mais linda. Minha mãe com toda certeza iria adora-lá.

FP- Um uísque com gelo por favor.

Alice- Uma bebida forte sem dúvidas, deseja apagar alguma dor?

FP- Tem experiência no assunto?

E assim, ambos fugiram do assunto, com a conversa a partir daquele momento, se tratando apenas de negócios.

Alice pov.

Cheguei em casa tarde novamente, se minha mãe visse essa minha rotina, me repreenderia com certeza, mas como ela não está, posso continuar a viver fugindo da minha própria companhia.

Hoje aquele Jones me fez voltar atrás com a minha opinião. Coisa que eu não gosto de fazer, mas dessa vez não me importei. Antes de nossa conversa, meu conceito sobre ele e sobre homens como ele, era que são todos desmiolados que só ligam para diversão, mas ele me mostrou, por meio de variáveis, que é só uma fachada. Uma máscara, para esconder algum tipo de dor, um tipo de dor que nem eu e nem ele estamos dispostos a falar.

FP pov.

Cancelei todos os meus compromissos de hoje, precisava pensar, depois da curta porém marcante conversa com aquela mulher, fiquei me sentindo abalado de alguma forma, ela indiretamente mexeu comigo, aquele humor exótico, aquele glámuor e luxuria que ela exala em cada nota que sua voz emite e em cada passo de seus saltos de grife. 

Isso tudo, de alguma forma me atingiu, fiquei curioso para saber sua essência, e seus segredos. Tudo que ela esconde atrás daquele oceano de olhos azuis.

Autora pov. 

Os dias se passaram, mas o orgulho e egoísmo dos dois não permitiu que eles nem sequer pensassem na possibilidade de que aquele breve encontro, acendeu uma fagulha de algo muito maior do que os dois já experimentaram.

Na manhã da quinta feira, Alice como de costume, mandou sua sub-secretária buscar um café e um croissant. Mas o vento do amor soprou em sua porta.

FP pov.

Eu estava andando pelas ruas de Nova York, como de rotina, isso apesar de ser algo simples, me tranquiliza, pois é sempre bom ver gente nova, pessoas sem toda essa postura, coisa que eu estou acostumado a ver.

Mas algo de inusitado acontece, eu me deparo a poucos metros da secretária de Alice Smith, carregando um café e uma embalagem que está emanando um cheiro adorável.

FP- Com licença senhorita, não precisa caminhar com tanta pressa.

Secretária- Desculpe Sr. Jones, mas preciso levar o mais depressa possível. Estou atrasada.

FP- sempre está...

Secretária- O que disse? 

FP- Nada não, quer saber... Me de isso que eu mesmo entrego á Sra. Smith, e tire o dia de folga!

Secretária- Tem certeza?

FP- Vá antes que eu mude de ideia,  e me agradeça depois.

A menina me agradece com os olhos e me dá um leve cumprimento de adeus, antes de sair praticamente saltitando em meio a multidão, e então eu sigo ao edifício da próxima quadra.

Alice- Jones? Onde está minha secretária?

FP- Dei uma folga para ela.

Alice- Como?! Com que autoridade?

FP- Não reclame, eu comprei outro café para você, aquele já estava frio.

Alice- Eu não pedi tudo isso á ela, por a caso você se autoconvidou para tomar café comigo?

FP- Isso mesmo, então saia dessa mesa e venha aqui.

Alice- Quer sentar no tapete?

FP- O que tem demais? Não vai me dizer que não saber sentar de indiozinho? É só cruzar as pernas assim e

Alice- Por mais que seja divertido olhar esse tutorial de vergonha alheia, eu dispenso. Sei sim sentar em um tapete com as pernas cruzadas ok?!

FP- Uau, já é um ótimo avanço.

Autora pov.

Os dois riram e conversaram pelo decorrer de toda a manhã, mas nenhum se deu conta de que a cada segundo a mais que passavam juntos usufruindo da companhia um do outro, a fagulha se tornava mais ardente.

"ali, naquele gesto ingênuo, nasceu o amor"

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