Ela passa o batom vermelho enquanto observava fixamente seus olhos vazios no espelho.
Vazios como sua alma.
Ela era fria, impiedosa, incapaz de qualquer sentimento.Eu era absolutamente apaixonado por essa mulher.
Continuo a observando, encostado no batente da porta, até que seu rosto sem expressão se vira para mim.
— Não vai entrar, honey?
A voz soa suave e provocativa. Venenosa. Tóxica.
Entro no local, levando as mãos ao nó da gravata para desatalo, mas as mãos dela chegam primeiro.
As unhas longas pintadas de vermelho folgam a gravada enquanto seu corpo se aproxima perigosamente.— Em quê está pensando?
Aproxima os lábios cheios.
— Que lugar é melhor que este ao ponto de roubar sua mente de mim?
Um sorriso surge e arranca um suspiro de mim.
— Sente-se, Kyungsoo. Vou tentar entretê-lo o suficiente para merecer seus pensamentos mais vagos.
Me sento na cama, e vejo sua silhueta andando até a penteadeira, apertando o play do som e deixando uma canção sensual ecoar no volume máximo pelo quarto.
— Esta é suficiente para abafar seus gemidos, amor?
Ela pergunta e se aproxima. A roupa íntima reveladora, a meia calça e os saltos altos me causando pensamentos impuros o suficiente para me condenar a cem anos no purgatório.
— Eu te conheço bem, D.O.
A mulher senta em meu colo, como em tantas outras vezes.
Percebo que a música que tocava era Horns, de Bryce Fox.
Seus lábios se aproximam de minha orelha, a língua brincando ao redor antes de sussurrar.— Eles podem te chamar de demônio, mas sou eu que comando seu inferno pessoal, docinho...
Eu vinha aqui frequentemente desde que saí do exército. Ela era minha prostituta favorita, também a mais cara de toda Ásia. Eu praticamente vendi a minha alma por ela.
Por três encontros por semana eu executava os devedores que o dono do estabelecimento mandava. Alguns homens bons, pais de família endividados que só queriam um pouco de diversão. Eu os matava a sangue frio, apenas para sentir o toque suave da pele da minha garota.— Horns, preciso dos seus lábios.
Digo baixo, sem ar com a visão de seus seios tão perto.
— Você conhece as regras. Tudo, menos beijos.
Tudo, menos beijos.
Repito em minha mente.
Como ela conseguia ser tão fiel às regras após todas as noites que passamos juntos?— Preciso relaxar.
Afirmo soltando o ar áspero do local e vejo a garota sorrir. Seus cabelos negros, longos e levemente ondulados flutuam pelo quarto para longe de mim, para voltar em seguida. Ela me entrega o copo em sua mão, com uma dose dupla de whisky e dois cubos de gelo.
— Que trabalho sujo teve que fazer hoje?
Ela abre um sorriso exuberante, passando um indicador pela lateral de meu pescoço e limpando uma gota de sangue que espirrara alí.
— Ele gritou por sua vida?
Perguntou levando o dedo sujo de sangue á boca e o chupando.
O seu coração só podia ser feito de pedra. Essa mulher tinha uma marca negra na alma.Mordeu os lábios conforme o ritmo da música se elevava e voltou ao meu colo, sentando-se de costas para mim e se movimentando ao som da canção.
A bunda dela subia e descia em movimentos lentos e provocantes por meu membro coberto, me deixando completamente extasiado.
Deixo um arfar escapar ao sentir meu falo duro passar pelo meio de suas nádegas com tanto tecido os separando. A ânsia por tê-la me fez levar as mãos á sua cintura, apertando com força e a guiando para repetir o movimento.— Kyung... Você me quer tanto assim?
Ela ri provocante e sinto os pelos de minha nuca eriçarem.
"— Kyung... Você me quer tanto assim?"
Ela perguntou satisfeita ao me ver sentado na cama, manchando os lençóis de seda brancos com o sangue que escorria por meu corpo.
Foi meu primeiro assassinato. Eu estava tremendo, ofegante, mal sabia se valia mesmo a pena jogar minha vida na lama por aquela mulher demoníaca a minha frente.— Hoje é a última vez.
Digo para a morena, desviando meus pensamentos daquela noite de anos atrás para o agora.
Ela ri novamente,virando de frente para mim e começando a desabotoar lentamente os botões de minha camisa social branca.— Faz três anos que você diz a mesma coisa. Mas você sempre volta, não é?
Toco em seus braços e sinto sua pele quente. Era irônico já que o sangue correndo em suas veias era frio como gelo.
Horns. Chifres. Nem mesmo um nome verdadeiro ela tinha.
— Conhecerei alguém.
Afirmo enquanto a americana de coxas grossas retirava minha camisa e encostava os lábios em meu pescoço, começando beijos quentes. Talvez fosse uma boa ideia:Parar de vê-la, conhecer alguém por quem eu não precise matar.
— Ela será tão boa quanto eu?
Sinto seus lábios esboçarem um sorriso.
Com força ela me empurra para deitar na cama, e ainda sentada em meu colo ela tira meu cinto com confiança.Não há ninguém melhor que ela.
Desabotoa minha calça e puxa o zíper com maestria apesar das unhas longas. Abaixa a calça, levantando levemente para o tecido sair de meu corpo.
Já havia um tempo que não me sentia constrangido em estar diante dela, tão duro com tão pouco. Estava apaixonado por uma prostituta de luxo. Nada poderia ser mais humilhante.Horns aperta meu pênis sob o tecido da boxer e eu mordo os lábios, evitando gemer logo ao primeiro toque.
Ela abaixa a peça devagar, olhando fixamente para minha glande. Seus lábios vagam ao redor dela e sinto seu hálito quente bater contra a região sensível.Poderia gozar somente com isso.
Ela me coloca em sua boca, circulando sua língua pela área como uma criança brincando com um pirulito.
Uma criança perigosa de mais para levar ao playground.Fecho os olhos, arqueando as costas, não conseguindo prender um gemido gostoso quando os lábios dela se afastam, causando um estalo.
Ela sobe por meu corpo nú, e sorrindo travessa ela mostra em sua destra a calcinha vermelha da lingerie que usava.Quando ela tirou isso?
Não consigo pensar em uma resposta a tempo já que agora me encontrava dentro dela. Sua intimidade apertando meu pau como uma cobra abraçando suas vítimas antes de devorá-las.
Os lábios dela se aproximam do meu pescoço novamente enquanto seu corpo subia e descia sem velocidade, mas com força. Apesar de todo o prazer tento reunir forças para avisar que estava quase gozando.— Horns...
Tento sussurrar mas ela interrompe, levando o indicador aos meus lábios.
— Shhh...
Sua intimidade se contrai e não consigo evitar revirar os olhos pelo prazer inexplicável. Meu sêmen preenche o interior da garota que não para de rebolar, prolongando meu prazer.
— Ho-Horns...
Mordo os lábios com força ao sentir a garota sair de cima de mim e deitar exausta ao meu lado.
She got two little horns
And they get me a little bit
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Horns
Fanfiction- Em quê está pensando? Aproxima os lábios cheios. - Que lugar é melhor que este ao ponto de roubar sua mente de mim? Um sorriso surge e arranca um suspiro de mim. - Sente-se, Kyungsoo. Vou tentar entretê-lo o suficiente para merecer seus pensam...