Penny

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--Está na hora de acordar, Penny-- Disse sua mãe, em seu ouvido.
--Eu não quero ir pra escola hoje mãe--Disse a filha com muito sono.
--Você diz isso todos os dias--Diz a mãe--Agora levante e vá tomar café.
De má vontade, Penny levantou, seu quarto ficava quase ao lado do de sua mãe. Na mesa, estavam seu pai George e seu irmão Jeff, e sua mãe, que estava preparando o café da manhã.
--Você terá que pegar a Penny na escola hoje George--Disse sua mãe.
--Mas hoje é o dia que vamos nos reunir para olhar o jogo Lisa, você não pode buscar ela hoje?-- Disse o pai.
--Eu sempre busco, mas hoje não dá-- disse Lisa, ele sempre faz isso, pensou ela.
--Ah, tudo bem, eu busco.
Penny percebeu pela cara dele que não estava contente.
--Eu posso voltar sozinha mãe-- Disse Penny, ela sempre pedia, mas nunca deixavam.
--Eu ja disse que não, você é muito nova para voltar sozinha-- disse lisa.
--Mas eu já tenho 7 anos--Tentou argumentar a filha, mas ela ja sabia a resposta.
--Comam logo se não vocês vão se atrasar--Disse o pai.
Meia hora depois, eles já estavam entrando no carro, quando de repente, o celular de Geroge começou a tocar, ele se distanciou um pouco do carro e atendeu.
-- Você vem hoje né George?-- Disse Roger, seu colega de jogos e trabalho.
-- Eu acho que não posso, Tenho que buscar a Penny na escola às 17h.
-- Más o jogo é só as 15h30, você vem, joga algumas partidas e depois busca a Penny-- Disse Roger.
-- Não sei não Roger, se eu me atrasar para buscar a Penny, a Lisa vai me matar-- Disse George.
-- Qual é amigo, é o seu dia de folga, aproveita.
-- Tá, as 15h30 eu estou aí-- Disse George.
-- Quem é George?-- Perguntou de repente lisa.
-- Ah, é o Roger, ele quer que eu vá jogar com eles mas eu já disse que não.
-- É bom mesmo, vem que eles estão atrasados-- Disse por fim Lisa.
-- Traz algumas cervejas-- Disse Roger, antes que ele desligasse.
--Hoje vou sair às 21h-- Disse Lisa-- Busque a Penny e depois vá comprar o remédio do Dillan.
Lisa era enfermeira no hospital da cidade, e Dilan, o irmão mais velho de Penny, estava com tuberculose e não ia à aula fazia 1 semana, ele ficou os últimos dias na casa de seus avós, já que ele precisava de muitos cuidados, e George e Lisa trabalhavam demais.
Quando chegaram na escola, ja havia dado o sinal, Penny deu tchau para o pai e saiu, nem deu tempo para ela se despedir da mãe e foi correndo para a aula.
George chegou no hospital e se despediu de Lisa.
-- Não esqueça de pegar a Penny, te vejo mais tarde-- então se deram um beijo de despedida e George foi para casa.

Faltava 3 minutos para a aula acabar, Penny estava ansiosa, fez um desenho de sua família que sua professora elogiou muito, Penny desenhava muito bem para a idade dela. Ela ficava olhando o relogio e contando os minutos para bater o sinal.
O sinal tocou e todos os alunos saíram formando uma multidão na porta de saída, Penny por outro lado, esperou todos passarem e então saiu.
Todas as vezes que seu pai ia buscá-la ele ficava logo na saída, e sempre Penny o enxergava e ia correndo em sua direção. Mas dessa vez não. Penny olhou para todos os lados e não viu seu pai.
-- Será que ele se esqueçeu de mim?-- Pensou Penny.
Penny era muito calma, então se sentou no banco do lado de fora e esperou seu pai. Passados 10 minutos que ela estava ali, sua professora passou por ela e perguntou se seu pai havia chegado, para não preucupar ninguém ela disse que sim, e que ele havia entrado na escola para falar com a diretora.
Passou 30 minutos e ele não tinha chegado ainda, Então Penny tomou a decisão de ir embora sozinha.
Ela se lembrava que no caminho de casa para a escola, eles passavam por: um supermercado, uma loja de tapetes e um lago pequeno. Penny então começou a caminhar, e virar nas ruas que ela achava que conhecia, então começou a escurecer, e Penny começou a ficar com medo.
A calçada que ela estava percorrendo, era bem escura e de longe ela viu um homem que estava sentado, e levantou para vim em sua direção. Quando chegou na sua frente, o homem deveria ter uns 30 anos, tinha uma aparência boa, amigável.
-- Você está perdida garotinha?--Perguntou o homem.
-- Meu pai se esqueceu de me buscar hoje-- Disse Penny.
-- A sim, então você é a Penny-- Disse o homem.
-- Você me conhece?-- Perguntou a menina.
-- Mas é claro, eu sou amigo do seu pai.
-- Você é o Roger?-- Perguntou Penny.
-- Sim, sou eu mesmo. Seu pai pediu para mim buscar você da escola, mas eu não achava você.
-- Por que ele não veio me buscar-- Perguntou Penny.
-- É que ele teve um problema... Não pode vir.
-- Você vai me levar pra casa?--Perguntou Penny.
-- Mas é claro que eu vou, meu carro é aquele azul bem ali, olha-- Disse o homem apontando para o carro.
No momento que Penny virou e olhou para o carro, sentiu uma pancada na cabeça e voltou a sonhar como na noite anterior.
A verdade é que o pai de Penny se atrasou, sua esposa ficou furiosa e no outro dia eles ja estavam loucos procurando, espalhando cartazes e o rosto de Penny já estava em todos os noticiários. Mas é claro que ficar procurando pelas casas de perto seria perda de tempo, o sequestrador não deixaria a menina na cidade, e sim em um lugar onde ninguém fosse encontrá- la. Mas não era só Penny que ele queria.

Para Onde Elas Foram?Onde histórias criam vida. Descubra agora