O vale

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Notas iniciais:

Mil perdões! As vezes escrevo conteúdo adulto e esqueço de avisar, nessa história não há conteúdo adulto.

A maior parte das minhas histórias é conteúdo adulto, mas "Fatalité", "Les Aventures de Chat Noir" e "O Vale de Argonne" são para todas as idades. Outras fics minhas podem ter conteúdo adulto, por isso leiam as notais iniciais.

Dito isso, por favor, me perdoem por não ter explicado antes! As hashtags e marcações eram mais evidentes da plataforma que eu usava antes e tinha um campo para notas iniciais e finais.

Vou acertar as notas iniciais de outras histórias minhas.



O vale 


A Floresta de Argonne era uma área pequena no nordeste da França o lugar havia sido palco de batalhas travadas entre alemães e franceses na Primeira Guerra Mundial e na época isso acabou exterminando todos os seres místicos protetores que haviam ali. Porém, os seres mágicos e benignos sempre retornam em tempos de paz.

Marinette havia surgido ali e vivia escondida entre as árvores, era uma ninfa extremamente tímida e arredia, o motivo de sua existência era proteção, da natureza, da capacidade criativa, aos pequenos animais que ali habitavam. Não se poderia dizer quanto anos realmente tinha, surgiu depois da primeira guerra em algum momento.

A floresta recebia visitantes às vezes e a periodicidade das visitas a intrigava. Nunca falava com humanos, eram perigosos e estranhos. Eles ficavam a maior parte do tempo nas cicatrizes da guerra na terra. Ela mesma não passava muito por lá, o toque dos artefatos humanos era de morte, dor e desespero, eram duros frios e os arames espetavam. Já havia cortado uma de suas mãos em um deles uma vez, quando tentava soltar um filhote de lobo que havia se prendido ali. E mesmo os animais selvagens não a atacavam, percebiam sua essência e sabiam de sua presença.

E realmente não tinha nenhuma curiosidade sobre as pessoas que ali passavam, até que um dia, um deles se distanciou dos demais, saindo das cicatrizes e de perto de outros abrigos humanos. Seus cabelos eram claros, amarelinhos ela segurou uma mecha de seu próprio cabelo, escuro azulado da cor de uma noite escura. Os dele pareciam raios de sol. Ela via ele se afastar das coisas não naturais cada vez mais e entrar pela floresta e sabia que logo mais anoiteceria, e ficaria mais frio ali. Aquele não sabia que poderia se perder? Acompanhou seus passos de longe e viu quando ele fez uma volta e entrou por outra área da floresta. Agora já começava a escurecer e ele pegou algo no traje que vestia, algo onde tinha luz e mexeu um pouco com aquilo olhou em seu entorno e voltou a andar. Depois de mais alguns momentos andando pegou novamente o objeto e mexeu outra vez. Ele não iria embora? Marinette já começava a se preocupar. Os lobos caçavam a noite, é certo que evitavam humanos, mas talvez se atrevessem a achar que esse seria uma presa e ele poderia machucá-los! Não poderia ficar sem fazer nada! Ela pegou os ramos de um salgueiro-chorão e fez um laço prendendo a uma das árvores que havia ali, em um trajeto onde já havia passado por uma duas vezes. Depois de olhar novamente o item luminoso nas mãos, o humano voltou a andar e passou pelo local onde ela tinha deixado sua armadilha. E quando ele passou, ela puxou e atou os ramos ao tronco da árvore, o deixando suspenso. Ele deu um grito pelo susto ao ser alçado para cima, mas tão distante ali no meio da floresta, ninguém o ouviu.

—Por que você não foi com os outros?! — Disse olhando para ele acusadoramente.

Ele olhava para ela assustado, e um pouco confuso, suas roupas diferentes das dele pareciam lhe chamar atenção.

O Vale de ArgonneOù les histoires vivent. Découvrez maintenant