Mr. Hardy

Destino: Paris!

"Bom dia New York.
Quinta feira. Sete horas da manhã.
Hoje poderá ter pancadas de chuvas, então não esqueça seu guarda-chuva", anuncia no rádio.
Acordo com aquela ansiedade misturada com felicidade, preparada para duas incríveis semanas!
- Você é incrível! Você é a melhor!
De frente ao meu espelho, falo isso todos os dias como se fosse um mantra para ter ótimos dias... e hoje não será diferente.
Tomo aquele banho caprichado, visto a minha melhor roupa e separo uma blusa de frio. Pego uma maçã. Vejo se está tudo desligado. E me encaminho para o elevador do prédio, com minhas duas malas da Gucci.
Seu Alfredo, um senhor muito simpático entra comigo no elevador: - Vai viajar Diana? Ele me pergunta.
- Vou sim, seu Alfredo, a trabalho. Estou indo para Paris, fazer uma reportagem da semana de moda e também para Londres, fazer uma entrevista com um ator britânico. Sinceramente, estou muito animada com esta viagem.
As portas do elevador se abrem, e seu Alfredo me ajuda com as malas até o táxi que já me aguarda em frente ao prédio.
- Então, ótima viagem menina e visite o museu do Louvre, por mim.
- Muito obrigada, vou colocar na minha lista de afazeres, dou um abraço nele e entro no taxi.
Quando olho no relógio, são quase oito e meia: - Meu Deus, já é tudo isso.
- Bom dia, desculpe, a senhorita falou algo? Pergunta o taxista.
- Ah desculpa, as vezes eu falo sozinha, mas por favor siga para o aeroporto, e se possível aumente um pouco do volume do seu radio, eu amo Queen.
- Claro, moça... Esta indo viajar para onde? Ele me pergunta.
- Vou para Paris e depois Londres, eu trabalho em uma revista, e fui selecionada para fazer a cobertura do Paris fashion week que começa domingo.
- Olha que legal, e você gosta de trabalhar com isso? Ele pergunta
- Sim, desde pequena eu sempre sonhei em ser redatora, e quando pisei pela primeira vez na revista que trabalho, sabia com toda certeza o que queria ser.
- É muito legal quando se trabalha no que sempre sonhou... Eu sou taxista a 15 anos, mas meu sonho era ser ator, porém segui alguns caminhos diferentes na vida, que acabou me distanciando deste sonho e acabei parando no táxi, em pouco tempo me apaixonei por este trabalho, o lado bom que ouço diversas histórias.
- Que legal, imagino que já tenha ouvido muitas histórias engraçadas, respondo a ele.
Por alguns minutos, ambos ficamos quietos, então fiquei apreciando a cidade ao som de Bohemian Rhapsody.
- Chegamos, ficou 19 dólares, senhorita, deixa ajudar para pegar suas malas lá trás e que tenha uma ótima viagem.
- Muito obrigada, aqui está seu dinheiro e pode ficar com o troco, tenha um ótimo dia o senhor.
Do lado de fora já está Jenny a minha espera, com uma cara preocupada.
- Amiga, aleluia, vamos que Julian e Brad estão lá dentro te esperando, diz Jenny toda nervosa.
- Calma Jen, tudo vai dar certo, Paris e Londres nos espera.
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Senhores passageiros, segunda chamada para o voo New York / Paris com decolagem as 10 horas, portão 7, anuncia no rádio.
- Galera, vamos é nosso voo, fala Julian.
- Julian qual sua poltrona? Pergunto esperando pra que seja ao meu outro lado.
- Deixe me ver, é a 13, e a de vocês qual é?
Jenny responde: - 15, a de Brad é 17 e a da Didi é 14.
- Julian vamos trocar, pede Brad.
- Por favor, sente-se com nós Julian, quero conversar com você, peço a ele, parecendo quase uma súplica.
- Brad, ficaremos juntos cara, mas vou me sentar com as meninas, desculpa cara.
Brad fecha a cara e vai para a poltrona, eu agradeço Julian que só dá uma piscadinha, como se tivesse entendido.
Com a ajuda do comissário de bordo, coloco minha bagagem no lugar, me sento e coloco o cinto, faço uma oração, Jenny e Julian também se sentam e fazem o mesmo... Logo ouço o piloto anunciar sobre a decolagem. Viajar me dá muito sono, então passado alguns minutos caio para o lado e durmo.
- Por favor, só uma água está bem, ouço de longe a voz de Julian, abro meu olhos e vejo que estou com minha cabeça sobre os ombros dele, ele percebe que acordo e diz: - Olha, a bela adormecida acordou...
- Nossa, desculpa Ju, olho para Jenny e ela só ri.
- Dormi por quanto tempo? Pergunto para Jenny: - Por duas horas.
- Mas no meu ombro foram só alguns minutos, Julian me responde. - Quer conversar comigo agora ou quer ir no banheiro lavar o rosto?
- Sim, vou no banheiro e já volto, já que temos mais algumas horas, daí a gente conversa bem e vocês dois me ajudam com a entrevista de Ben.
“Que ombro mais gostoso, que homem cheiroso, AFF esse Julian é perfeito demais.. algo nesse homem tem que ter de errado”, estou novamente conversando com meu subconsciente de frente ao espelho do banheiro, molho meu rosto, seco e volto para meu lugar, vejo que Brad está dormindo e Jenny olhando para Julian, quase babando, enquanto ele explica algo sobre fotografia. – Voltei...
- Sente - se aqui Diana, agora vamos te ajudar com a entrevista, diz Julian.
- Obrigada Ju.. mas, vem cá, deixa eu lhe perguntar bem baixinho, qual o seu defeito homem??
Ele ri, enquanto eu e Jenny observamos por alguns segundos o sorriso lindo que ele tem.
- Eu tenho vários defeitos Diana, só não deixo transparecer para as pessoas.
- Você é tão diferente dos demais homens, é um cara excepcional, lindo, cheiroso, educado, inteligente, diz Jenny.
- Calma amiga, não deixa Julian envergonhado, se a gente continuar falando sobre as qualidade dele, ficaremos a viagem toda, falo rindo para ela.
- Ele nem é tão perfeito assim, é um cara tipo eu, surge Brad na conversa.
Eu e Jenny se olhamos e começamos a rir muito de Brad, e Julian fala: - Nem tanto, Brad, somos bem diferente, você fica com todas as mulheres, eu procuro pela especial.
- Volte a dormir Brad, fala Jenny, rindo muito.
Brad fecha a cara, se levanta e vai para o lado do banheiro.
- Mas, vamos tratar da sua entrevista Diana, fala Julian, já pegando um papel e uma caneta, para ajudar com as perguntas.
Brad volta, se senta: - Se precisarem de alguma ajuda minha, me cutuquem, estarei ouvindo música.
Neste momento o piloto anuncia que iremos passar por uma turbulência, e já sinto o avião dar um tremida, me assusto e aperto a mão de Julian com muita força, eu até gosto de viajar de avião, mas odeio a parte dá turbulência, Julian vê meu medo e me abraça, passando segurança, Jenny olha e vejo seu rosto ficar todo com invejinha.
- Fica calma Didi, enquanto eu estiver ao seu lado, tudo vai ficar bem, não precisa ter medo, diz Julian, ainda abraçado em mim, enquanto eu penso o porquê dele não dar chance alguma para nenhuma moça do trabalho, eu ia gostar muito ser a contemplada com essa chance. – Obrigada, Julian, meu protetor, falo com ironia para ele, ele dá um sorrisinho e uma piscadinha.
Passado alguns minutos, soltamos um do outro, Jenny me puxa e pergunta se isso que fiz não foi só ceninha, ela ficou mesmo com muita inveja ou ciúmes, mas meu susto foi maior, e Julian só queria ser simpático, então disse a ela que não era cena, que era verdade, mas ela nem acreditou.
- Qual a primeira pergunta, fala Julian olhando para mim.
- Você é solteiro? Fala Jenny rindo.
- Seria isso para Hardy ou para mim, Jenny? Olho para Jenny sem entender, e espero a resposta de Julian: - Se for para mim, eu sou solteiro, como disse antes, estou a procura da mulher certa.
- Bom a pergunta serviria para os dois, mas como já respondeu e foi uma boa resposta, agora é para Ben Hardy, fala Jen.
- Eu não vou perguntar uma coisa dessa né gente, eu sei que Ben é solteiro, sem falar que é vida particular, ele não responderia, falo olhando para os dois: - Eu preciso de perguntas, que faça ele olhar para mim e ver como sou inteligente, uma ótima repórter e que queira me beijar, brincadeira... Dou uma risadinha e olho para Jenny, ela já me entende pelo olhar.
- Mas se ele quiser, você também não rejeitaria esse beijo, né Didi, fala Jenny.
- Claro, que aceito beijar ele, aqueles lábios maravilhosos, digo.
- Hey meninas, foco, para de sonhar com um ator Didi, vai ser uma reportagem como as outras, mas atenção, você sabe como Eliza gosta de perfeição nas matérias, fala Julian meio irritado, e eu fico sem entender muito o porquê dele ficar alterado assim, mas volto a focar nas perguntas.
Algumas horas se passaram, e eu olho a folha frente e verso, com maravilhosas 15 perguntas, agora a dificuldade é escolher 7 para a entrevista, Julian olha satisfeito por ter ajudado.
Brad arranca a folha das minhas mãos: - Aí Brad, cuidado com a folha, essas são as perguntas para meu príncipe britânico. Com uma feição meio negativa, Brad olha para mim e solta: - Seu príncipe sou eu, não sou britânico, mas eu sou seu homem.
Eu entercalo olhares para Julian e Jenny e começo a rir: - Brad, menos, bem menos, quase nada meu querido, a sua chance já teve, agora bola pra frente, fala Jenny.
- Para Jenny, Diana ainda será minha, você dúvida? Ela ainda será minha namorada, responde Brad. Enquanto eu e Julian só rimos.
Senhores passageiros, favor apertarem os cintos que logo pousaremos em Paris, anuncia o piloto.
– Senhor, por favor se encaminhe para seu lugar, diz a aeromoça para Brad: – Claro, moça, responde ele.
- Nem acredito que já chegamos, que comece o tour em Paris, Diz Jen para mim, enquanto eu só fico a observar as luzes daquela cidade. – É, sim, que comece, Jen, falo para ela.
Sinto os pneus do avião, tocarem ao chão, está de noite, Paris realmente é muito linda, cheia de luzes, agora entendo porque quase todo casal recém casados, quer vir para cá, é uma cidade muito linda.
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Descemos do avião e vou para o saguão esperar a bagagem, de longe vejo um rapaz com uma plaquinha com o nome da nossa revista, Jenny vem logo atrás de mim, sorrindo para todo mundo, que ao se aproximar do rapaz, tenta falar francês, o rapaz logo fala que entende inglês, ainda bem porque eu não sei nem dar um Olá decente em francês. Estou muito cansada, que só imagino um banho quente, comida e deitar na cama.
- Meu nome é Joseph e serei o motorista e guia turístico de vocês durante a estadia aqui em Paris, por favor, entrem no carro, vou levá-los até o hotel, devem estar bem cansados da viagem, não é?
- Sim super cansado estamos, fala Brad já sentando no banco da frente, eu aproveito e entro rapidinho para ficar na janela e observar tudo de lindo naquela cidade, Jenny e Julian vai conversando até a chegada do hotel.
- Que hotel mais lindo, que a revista reservou para nós, falo em voz alta, assim que saio do carro.
- Bonne nuit, bienvenue à l'hôtel.
- Galera, alguém me ajuda aqui, por favor, falo com um ar de desespero na espera que alguém vir me ajudar.
- Pardon, boa noite, falo inglês também, bem vindo ao hotel, vocês tem reserva?
- Ufa, melhor moço, boa noite, sim temos reserva em nome da revista...
- De New York? O recepcionista pergunta.
- Isso mesmo, de New York, nós somos as jornalistas e fotógrafos.
- Sim, só um momento que vou ver o andar... Aqui está, Senhora, serão dois quartos com camas duplas, aqui estão suas chaves, é no sétimo andar. Tenham uma ótima estadia.
- Muitíssimo obrigada. Pego as chaves e vou ao encontro dos demais.
– Galera aqui está as chaves, Jen e eu num quarto, Brad e Julian no outro então, tem o 704 e 706, qual vocês querem, meninos?
- Pode ser o 704, responde Julian, - Gosto do número 4.
– Está aqui, Julian, venha Jen, vamos para nosso quarto, o encarregado das bagagem já está levando nossas malas.
- Vamos descansar, porque amanhã quero passear, diz Jen.
- Joseph, amanhã você pode estar aqui as 8 horas da manhã, queremos conhecer alguns pontos turísticos de Paris.
- Claro, senhorita Diana, estarei aqui as 8 horas, a espera de vocês, diz ele super animado.
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Nossa, que banho maravilhoso, agora só deitar na cama e acordar amanhã cedo. Ouço alguém bater na porta:
- Quem é Jen? – É nossa comida, vem logo senão como a sua parte também, Ela grita do outro cômodo.
– Já estou acabando, não come minha comida que estou com muita fome, Jenny.
- Nossa, que banquete, ainda bem porque estou com muita fome, digo pra ela ao sair do banheiro e ver todos aqueles pratos.
– É um banquete a moda parisiense, tá muito boa, diz ela.
Não é bom dormir de barriga cheia, mas estou com muito sono.
– Boa noite Didi, fala Jen.
– Boa noite amiga, e que amanhã seja fantástico.