"jimin, porra!" ele correu pela chuva até alcançar o ruivo.
"me larga, não me toca nunca mais, seu nojento" gritou, cuspindo no rosto do outro "tudo o que você toca vira ouro, sua jóia particular, o seu enfeite de merda"
"por favor, não me deixa, jimin"
"é tarde demais"
"você não tem pra onde ir, seu idiota! você não tem nenhum amigo" ele deixou lágrimas lavarem seu rosto, segurou os ombros do mais novo delicadamente, sentindo-o em suas mãos, os olhos assustados e ao mesmo tempo extasiados lhe encarando "se você for bonzinho, eu te levo de volta pra dentro e te faço feliz de novo, meu bem"
então jimin correu, e correu até sentir que não havia mais oxigênio nos seus pulmões. e naquele dia ele fez sexo com um desconhecido no chão imundo de uma boate qualquer, apenas para que jungkook com o seu toque de midas não o transformasse em ouro novamente.
quando chegou molhado e sujo no banheiro da rodoviária, alcançou um papel no bolso da calça jeans, estava encharcado e ilegível, mas ele sabia que aquela era uma das cem cartas de amor que jungkook havia lhe presenteado. sabia também que ele era um mentiroso fodido, e que se arrependia de tudo que já havia dado a ele, queria não ter dado nada. agora que tudo acabou, são ligações perdidas e mensagens o bajulando para que volte. as noventa e nove cartas de amor que ainda estavam em armários, bolsos e dentro de livros velhos eram apenas lembretes do quanto jungkook se esforçava quando não tinha ninguém novo pra foder.
mas jimin não é algo para jungkook provar quando está entediado.
- day 601.
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my lover, my liar [ji+kook]
Fanficeu daria tudo por você, cem cartas escritas a mão, mas todas foram pra máquina de lavar juntas ao meu jeans. me desculpe, alguém certamente vai amar muito você, mas esse alguém não sou eu.