Saio da garagem depois de quase meia hora parado dentro do carro pensando no que eu fiz.
Deus, o que está acontecendo comigo?
Respiro fundo e ouço sussurros antes de chegar na varanda, a fazenda já está toda escura, é tarde e sei que meus pais estão dormindo, provavelmente minhas irmãs, cunhados e a Zara também.
Seja lá quem estiver ali na varanda, sei que não pode me ver e provavelmente não me viu chegar, nem mesmo com o carro. Subo as escadas e vou caminhando para a lateral esquerda até as poltronas de vime, a luz da cozinha está acesa e ela ilumina parte do lugar me dando a visão mais desagradável possível. A Eva no colo do Ruy, os dois se beijando, ele tem as mãos dentro da blusa dela e ela está se movendo no seu colo.
Bato com força na parede.
— Que porra é essa? — Pergunto engrossando a voz. Os dois me olham assustados e o Ruy empurra a Eva de cima dele, ele tem os olhos arregalados e a respiração acelerada. Ruy levanta erguendo as mãos. — Pelo amor de Deus, respeitem a casa dos meus pais!
— Eu falei, Eva! Eu falei! — Ele exclama a olhando, minha irmã está rindo. — Olha, a culpa é toda dela! Essa praga não me deixa em paz, cara! — Bufa.
— Cala a boca, peste — Eva da um soco no braço dele que faz uma careta. — Era só entrar em casa, piolho, pra que ficar rondando? Isso é bizarro! — Ela reclama cruzando os braços.
Reviro os olhos.
— É sério isso, Eva? Você tava quase transando com o Ruy na porra da varanda! Sorte de vocês — encaro o Ruy — que não foi nosso pai aqui.
Vejo ele arregala os olhos, a Eva os revira.
— Não tem mais o que fazer? Tenho certeza que sua noiva seria mais feliz se você estivesse fazendo ela gozar. Então não venha atrapalhar o Ruy fazer em mim. — Ela segura a mão do Ruy e começa a puxar ele pra dentro de casa, Ruy me olha balançando a cabeça.
— Juro que não vou tocar nela, é sério! — Garante e Eva o empurra pra dentro, depois ela me olha.
— Você me paga, palmito! — Rosna e eu rio entrando atrás deles.
Vou direto para o meu quarto, a Zara está deitada, então faço o possível para ser silencioso. Quando me deito, ela se vira pra mim e sorri tirando seu cabelo do rosto.
— Ei, amor, você demorou. Fiquei preocupada — seus olhos azuis me observam e sua mão acaricia meu rosto colocando meu cabelo para trás. — Está tudo bem? — Pergunta docemente, balanço a cabeça concordando.
— Está sim — seguro sua mão e beijo, ela se aproxima e beija minha boca me abraçando e se aconchegando em mim.
— Se quiser conversar, sabe que estou sempre aqui, né? — Pergunta, acaricio sua cabeça e beijo sentindo seu cheiro gostoso.
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Intenso - Aley [4°história].
Romance4° história da segunda geração da série Corrompidos. LEI Nº 9.610, DE 19 DE FEVEREIRO DE 1998. Todo o conteúdo desta obra é protegido pelas leis de direitos autorais e direitos conexos. É expressamente proibido a cópia, reprodução, difusão, transmis...