Quando acordou pela manhã o sol ja iluminava as janelas, estranhou que nem a governanta ou as empregadas tenham ido acorda-la. Tocou o sino do lado da cama e uma empregada apareceu.
- Bom dia Alice! - comprimentou - Pegue aquele vestido azul por favor, quero vesti-lo hoje. - Disse kate se levantando da cama.
- Eu gostaria senhorita mais creio nao ser possivel - respondeu a empregada.
- E porquê não ?- idagou a menina.
- Bom senhorita, suas irmãs estão arrumando suas coisas e ...
Kate nao lhe deu a oportunidade de terminar a frase e foi ate closet onde ficavam suas roupas. Rosa já estava lá dando ordens a outra empregada e discutindo com jasmim, parada em frente ao armário de Kate retirando vários vestidos e jogando os no chão.
- O que estão fazendo?- perguntou kate entrando no lugar- Esses são os meus vestidos, parem!- Kate correu e recolheu os vestidos do chão.
-eles não servem mais, estão sendo jogados fora.- disse Rosa
-Mais são meus, você não tem esse direito!...
- Meu bem - Interveio jasmim- seus vestidos estão bem gastos. Olhe só suas barras, estão manchadas de lama. Já esta na hora de troca-los você nao acha?
Kate olhava para jasmim que tentavá convence-la e para Rosa que nem pedia permissão e jogava suas coisas no chão.
- Façam como desejar, eu nao me importo.- disse ela pegando um dos vestidos do chão para se trocar .
Ela odiava como as irmãs pensavam mandar nela. Não era mais uma criança. Ela queria alguém que aceitasse suas decisões mesmo que por algum momento elas não parecessem certas. No café a mãe dava ordens as meninas para quando fossem para cidade pela tarde.
Kate foi em silêncio com todas as ordens, vestiu o vestido da cor que nao lhe agradava, colocou o irritante espartilho e os inúteis sapatos bonitos. No caminho todo Rosa falava e falava com jasmim e com a governanta e kate olhava na janela da carruagem as nuvens que pareciam segui-la de fora.
Quando chegaram a cidade foram para o Império de vestidos de madame Karp, a loja estava cheia de moças eufóricas porém quando adentraram a madame veio lhes dar toda a possível atenção.
- Qual o motivo da agitação madame ?- exigiu Rosa arrogantemente
- Nao acredito que a notícia nao tenha chegado a grande fazenda do Barão Lawrence!- se indignou a madame - O Grao-Duques de Albuquerque retornou a poucas semanas.
- E isso e motivo suficiente para toda essa comoção ?- Rosa mostrava impaciência
- Sim pois ele anunciou pouco depois de sua volta que daria um baile.
- UM BAILE!!! - disseram jasmim e Rosa em unismo
- logo sera distribuído os convites para as pessoas mais influentes da cidade.
Enquanto o assunto do baile se desenrolavam Kate olhava as pessoas que passavam do lado de fora da loja ela podia perceber que todos estavam curiosos. O castelo dos Albuquerque sempre esteve silencioso não se via nem os empregados, de longe aquele grande monumento parecia triste e solitário.
Assim que os detalhes dos vestidos foram ajustados as Lawrence foram a joalheria escolher acessórios que caíssem bem com os vestido de baile. Na joalheria estava o senhor Alcântara e seu filho ajustando algumas peça no balcão.
- A que devo essa ilustre visita?- perguntou senhor Alcântara amistoso
- Creio que ja saiba o motivo, e como ja conhece somos extremante exigentes queremos apenas oque a de melhor.- a arrogância de Rosa murchou a cara gentil do senhor.
Enquanto as gêmeas resolviam os detalhes Kate observa a loja. O filho do homem polia peças de diamantes. Ele tinha manchas de sol no rosto e cabelos escuros uma beleza apresentável era oque se diria de um homem bem apessoado. Ele ao menos podia conter algumas imperfeições pois isso o faria másculo ele seria considerado um homem trabalhador um homem digno de ser chamado de homem. Já ela... bom ela tinha que ser perfeita mais ela gostava de suas imperfeições era oque a fazia diferente no entanto ser diferente era ruim.
Quando chegaram em casa a mãe veio contente dar a notícia que elas já sabiam, até mesmo o pai estava curioso dessa vez.
Kate estava na varanda olhando o tempo passar. nada era mais triste, se sentia como um pássaro afungentado em uma grande gaiola.
" queria eu correr como correm as nuvens tão lentamente e tão rapidamente que poderia contemplar a beleza de tudo sem as grades que me prendem "
Pensava ela.
- Katherine - chamou o pai, ela logo se levantou e entrou para ver o pai que a chamava.
- Senhor? - disse ela sorrindo ajoelhado se enfrente a ele que lia como sempre costumava fazer.
- Porque está só?- perguntou o pai- Sei que nao lhe agrada ficar presa aqui e que sua mãe tem sido um tanto quanto severa com você, entenda, ela so e assim porque lhe ama muito e devo dizer que preocupa-me que esteja sempre sozinha por ai.
Ela olhou a fronte de seu pai os olhos azuis que ela sempre amou aqueles que a faziam bem que a mantinha segura.
- Eu entendo a mamãe, e não me incomoda estar so meu pai ainda mais quando a coisas para se descobrir la fora.
Isso incomodava um tanto o pai porém ele nao dizia nada pois nao queria magoar a filha.
Uma tarde Kate conseguiu escapar das criadas, das irmãs e da mãe e correu para os campos, a brisa suave bagunçava a cabeleira o sol se escondia nas nuvens, afinal era quase inverno, o capim seco que chegava ate sua cintura era dourado com o brilho do sol duvidoso.
Ela se deitou naquele capim e ficou observando as nuvems passarem, era uma tarde silenciosa só se escutava a música do campo, folhas ruflando enquanto a brisa as balançavam os pássaros cantando. No entanto enquanto Kate quase adormecia ouviu um movimento diferente no capim que aconchegava. Com o coração acelerado ela continuou deitada com os olhos fechados esperando o desconhecido.
- Senhorita Katherine, sua mãe mandou-me busca-la
Ao abrir os olhos la estava.
- Ora Valentim! Sempre chega tao silenciosamente que deixou-me assustada.
- Desculpe-me senhorita, de modo algum pretendia lhe assustar.- disse ele se curvando no pedido de desculpa
Ela começou a rir, o vento começava ficar forte e varria a cabeleira castanha de Kate e seu vestido agitava junto.
- Esta ventando forte senhorita, melhor leva-la antes que se adoeça.
- Você e tao sério Valentim. Sempre me chamando de senhorita.- disse ela olhando o campo- Você me ve como uma senhorita?.
Está pergunta deixou o moço confuso ele a olhou nos olhos e ela sustentou seu olhar. Ele via aqueles olhos azuis como o ceu na primavera era tao sereno que trazia paz.
- Claro que a vejo como uma senhorita- disse ele- Afinal e oque voce é uma delicada moça da alta sociedade.
- Delicada?- ela pois se a rir - Voce mal abre os lábios para pronunciar algo e quanto o faz diz coisas engraçadas.
-Precisamos ir senhorita- ele fez um sinal para ela ir.
Em silêncio ela seguiu em frente e Valentim vinha seguindo logo depois.
Ele sempre ficou impressionado como uma moça como ela poderia gostar tanto do lado de fora, o luxo não a satisfazia mais a grama alta de uma campina sim. Ela era de fato estranha, não tinha tais artifícios e qualificações que uma dama da posição dela devia ter, a governanta da casa já havia desistido de ensinar o elitismo a mais nova dos Lawrence.
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Katherine
RomansEle seompre achou o amor uma tolice. mulher nenhuma o faria mudar de ideia. ela nunca quis amar queria fugir da normalidade e conhecer o mundo. mais o ditado e claro: ¨o amor encotra quem nao o procura ¨