Em homenagem ao seu falecido pai, Seo Changbin visitava frequentemente o Seoul Arts Center para contemplar as inúmeras e magníficas obras expostas. Apesar de ter admirado muitas peças de artistas renomados e talentosos, Changbin estava convencido de...
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Dedico esta fanfic a todos os que, assim como eu, são amantes das mais variadas formas artísticas. E, principalmente, àqueles que pintam o mundo com suas cores interiores e fazem da vida uma verdadeira obra de arte ♡
Boa leitura!
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AS CORES VIBRANTES, contidas nos inúmeros quadros, situados num dos museus de arte mais visitados e aclamados de Seoul, coloriam o interior daqueles que mantinham o foco exclusivamente nelas e as contemplavam com tamanho deslumbre. As telas eram capazes não só de transmitir conhecimento mútuo por meio da imensidão contrastada entre jogos de luzes reluzentes e vibrantes – que davam um quê de graça à todo o espaço requintado –, como também representar o mundo e toda a sua singularidade a cada passo mais intangível e intrigante.
Toda a minuciosidade por trás das curvas espirais, os traços estritamente calculados e marcados por mãos altamente habilidosas e pincéis fortes; e a forma como as cores foram harmonizadas numa vastidão imensurável de perfeição mantinham o foco de Seo Changbin numa das telas mais conhecidas de Vincent Van Gogh: A noite estrelada.
O rapaz admirava desde o cipreste e toda a sua fluidez, até os belos movimentos dançantes que a árvore realizava contra os ventos correntes, seguindo passos ritmados e previamente estabelecidos. As pinceladas fortes e precisas num sentido espiral davam a sensação de um céu profundo e em constante movimento. Uma verdadeira obra impressionista e moderna, marcada por pequenas abstrações e uma paixão mais que perceptível depositada em cada tonalidade.
Parecia que os pincéis que haviam colorido aquela tela possuíam um toque mágico em sua ponta. A magia de fazer com que seus verdadeiros admiradores fossem levados para um universo longínquo, onde pudessem refletir e repensar a respeito de cada linha ali pincelada; cada respingo de tinta e sua relevância diante da atemporalidade da tela. Ela era marcada por um céu noturno e turbulento, contrastando a pequena linha, logo abaixo dos montes, que trazia uma certa calmaria ao coração conturbado de Changbin.
A Noite Estrelada era uma obra repleta de vivacidade e sentimentos evidentes em cada pincelada. Assim como Seo Changbin era uma obra inacabada e em constante mutação, e seu real estado perceptível desde o momento em que pusera os pés naquele piso de cerâmica rústico. Uma obra que continha fortes elementos e transparecia uma mente agitada, só não mais que a daquele rapaz que a admirava com um certo fascínio, todas as noites, sem falta, no horário mais silente e pouco movimentado.
