Capítulo 1: Beco Diagonal.

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Eliza Lopes's Journal

Primeiro: Se você tá lendo isso, vai pra porra eu vou Te aMaLdiÇoAr sEu MerDa!

Vou começar a contar essa história do início: no Beco Diagonal. 

1971

Eu estava tão empolgada pro início das aulas e estava fascinada com a quantidade de coisas que teria de comprar. Não era a minha primeira vez comprando materiais de magia ali, já tinha vindo com meus irmãos mais velhos.

A compra que eu mais estava ansiosa era pra varinha. Roberto, meu irmão, caiu com a mesma varinha de todas da nossa família, o que não foi nada de incrível, mas a forma que a varinha se manifestou foi magnifico. Era como se um tornado tivesse invadido a sala, eu tive que me segurar nele.

-- Vai ficar tudo bem. – Roberto disse ainda segurando com firmeza a varinha. O Olivaras estava quase voando de tão leve que era, mas seu rosto transmitia tranquilidade, como se já tivesse visto coisa pior.

Todas as caixas de varinhas voaram pra fora das estantes, um pequeno redemoinho se formou em cima de nossas cabeças e as velas que tinham na loja se acendiam em intensidades e cores diferentes. Olhava para todos os cantos, assustada e maravilhada com aquele poder. Eu tinha apenas 5 anos e ele 12.

Roberto se abaixou e me abraçou, levantou a varinha pra cima e eu olhei pra cima também. Lentamente toda aquela confusão se amenizou, as coisas foram voltando para os seus lugares e o vento cessou.

-- Está perfeita. – Olivaras disse e nós dois sorrimos. – Mas tome cuidado, tem muito poder em você e nessa varinha. Faça as escolhas certas, jovem. – O velho completou e Roberto entregou as moedas. Sua expressão não parecia de medo, ele olhava para a varinha intrigado.

Pensando nisso, não me surpreendo nem um pouco que ele tenha se tornado um auror e não ficado com nossa família para ser um lobo de Ártemis.

Queria fazer que nem ele, não queria me tornar uma loba em nossa alcateia. Bom, muitas coisas acontecem como queremos, outras não.

Voltando para aquele fatídico dia em que eu fui trocar de varinhas, antes de eu sair correndo pra comprar tudo o que queria. Minha mãe parou na minha frente e agachou. Ela estava com a pequena Tereza nos braços. A criança não parava quieta.

Minha irmã Tereza, mal eu sabia quanta confusão ela ainda iria fazer e eu não iria poder proteger ela para sempre como eu imaginava.

-- Escute, meu amor. Nós vamos te esperar no Helga's Café, entendeu? – Eu balancei a cabeça em afirmativo. Minha mãe me entregou uma bolsa cheia de moedas. – Ai está tudo o que precisa para as compras, nem um pouco a mais ou a menos. Não gaste com besteiras! Ainda tem que comprar seu tíquete para o trem, entendeu? – Eu ficava olhando pra todos os lados, mas estava ouvindo minha mãe perfeitamente.

-- Certo, entendi! Posso ir? – Perguntei sem paciência para mais daquilo. Ela se levantou e fez sinal positivo com a cabeça.

Eu sai correndo sem pensar duas vezes.

-- SEGURE ESSE SACO DIREITO! – Minha mãe gritou e eu comecei a rir sem motivo algum.

Acho que só estava feliz por estar livre. É horrível andar sempre rodeada de meus irmãos. Sem dúvidas pra minha mãe era ainda mais cansativo, sempre carregando uma criança e tendo umas 4 rodeando ela.

Não entendo porque ela teve tantos filhos... eu nem sei a quantidade de irmãos que tenho!

Quando cheguei na porta do Olivaras dei uma parada brusca. Podia ver que estava lotada, parece que todo mundo deixou pra trocar de varinhas hoje!

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⏰ Last updated: Apr 25, 2019 ⏰

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The Fire Trio [HP's Marotos]Where stories live. Discover now