Chegamos no hospital 14:15hrs e Pietra já nos aguardava.
Pietra: Achei que não viriam - falou me olhando nos olhos.
Eu: Eu disse que vinha, e aqui estamos. - Entrelacei nossos braços e adentrei o hospital junto a ela.
Paulo: Alguns me explica o que a gente tá fazendo aqui?
Pietra: Não falou pra ele ainda??
Eu: Eu não, você que tem que falar. Vou lá marcar enquanto vocês conversam. - Peguei a bolsa dela e sai de lá antes que eles pudessem reclamar.
Paulo narrando......
Sofia estava fazendo o maior suspense desde o momento em que eu as vi conversando. Ela mal olhou na minha cara, só disse que precisamos vir ao hospital.
Eu: E então? - me virei para Pietra.
Pietra: Er... Então né... Tipo assim.
Eu: Fala logo Pietra - falei já impaciente.
Pietra: Eu tô grávida.
Eu: Como é?? - gritei chamando a atenção de algumas pessoas que passavam por alí - E o que eu tenho com isso??
Pietra: Tu é o pai né Paulo - disse como se fosse óbvio.
Eu: Tá doida fia - soltei uma risada - tá usando droga? Como eu vou sabe se é meu e você não está me enganando?
Sof: Se é lerdo em criatura, o que você acha que a gente tá fazendo no hospital. Comprando pão? - falou surgindo ao nosso lado - Vamos, eles vão fazer o exame de sangue.
Eu: Você acredita mesmo nela Sofia? - segurei seu braço a fazendo olhar pra mim.
Sof: Ela tá dizendo que tá grávida, vamos fazer um exame, Não custa nada. E aliás, não duvido nada que você tenha arranjado um filho.
Eu: Mas faz mó tempo que a gente nem se vê, e ela vem com essa de estar grávida.
Sof: E você esqueceu o dia que eu peguei vocês transando no meu sofá??? Usaram proteção?
Eu: Não sei, como que eu vou lembrar.
Sof: Então, tem a possibilidade. E vocês já saíram muitas vezes. Vai que né.
Pietra: Sofia.... - tentou falar mas foi interrompida pela mesma.
Sof: Cala boca tu, já discutimos isso. Se o filho for dele, ele vai assumir, abortar não é uma opção.
Pietra: O corpo é meu sabia??
Eu: E o filho pode ser meu, sabia?? - falei um pouco mais alto fazendo com que as duas me encararem - E se for, você não vai tirar ele daí. Vamos logo fazer isso.
Sof: Tá virando homem, tô orgulhosa - falou sarcástica e saiu arrastando a Pietra hospital a dentro.
Eles tiraram uma amostra de sangue minha e depois da Pietra. Enquanto elas acertavam tudo com a recepcionista me sentei em uma cadeira na recepção.
Tá porra tio, eu vou ser pai? Mano do céu, minha mãe vai me matar.
Pera, a Sofia vai me matar. Mas já não era pra ela ter feito isso? Tô bugado.Após algum tempo, saímos do hospital direto para um café.
Eu: Então?????
Sof: O exame sai em uma semana. - falou encarando seu capuccino.
Pietra: Sof....
Sof: Não Pietra, não se preocupe - ela levantou e saiu caminhando para fora do café.
Pietra: Paulo, eu juro que não queria atrapalhar vocês. Eu vi vocês, estavam felizes. Me fez lembrar quando éramos mais novos, e você vivia por aí com um sorriso no rosto como se fosse a pessoa mais feliz do mundo.
Eu: Não se preocupa com isso. Se essa criança for minha, eu vou assumir. E isso não vai atrapalhar no meu relacionamento com a Sofia. - ela assentiu - E uma criança não é um fardo, pare de falar assim.
Me levantei da mesa e sai do café atrás da Sofia, a procurei por um tempo até encontrá-la sentada embaixo de uma árvore, com os braços ao redor da perna encarando o nada. Me aproximei dela e me sentei ao seu lado.
Eu: Sof.....
Sof: Promete que nada vai mudar? Que você não vai me deixar?? - ela me olhou e pude ver uma lágrima escorrendo de seus olhos.
Eu: Eu nunca vou te deixar Sofia, não mais. - envolvi ela em meus braços - Eu amo você pequena.
Sof: Também amo você Linho - ela se aconchegou em meu peito e chorou. Um choro baixinho, quase imperceptível. Senti suas lágrimas molharem minha camiseta e a apertei mais forte.
Eu: Não chora meu amor, vai ficar tudo bem.
Uma semana depois......
Sof: Vamos Paulo.
Eu: Tô indo Sof - falei descendo as escadas de casa - Tchau mãe.
Sof: Tchau tia.
Mãe: Tchau amores - gritou da cozinha.
Saímos de casa até meu carro e fomos em direção a casa da Pietra.
Eu: Tá bem Sofia?? - perguntei enquanto dirigia.
Sof: Não se preocupa - ela deslizou uma mão pela minha coxa - Eu tô bem.
Quando chegamos na casa da Pietra a encontramos sentada no jardim com um fone de ouvido cantarolando baixinho.
Sof: Cheguei - falou sentando ao lado dela, que deu um pulo com o susto.
Pietra: Quer me matar doida - colocou a mão no peito respirando fundo.
Sof: Claro que não neném - elas sorriram uma para outra.
Eu: Não entendo vocês, até mês passado queriam se matar, e agora tá aí.
Sof/Pietra: Cala boca - se olharam e riram de novo.
Eu: Tá tá, vamos logo com isso que eu tô nervoso. Você já abriu.
Pietra: Ainda não, não consegui. - ela olhou para baixo.
Sof: Posso abrir?? - perguntou entusiasmada, o que me fez encara-lá - Não me olha assim, é um bebê Paulo. E eu quero ser madrinha.
Pietra: Pode abrir Sof - falou sorrindo de lado e entrando o papel para ela.
A Sofia abriu o papel na maior delicadeza do mundo e o encarou por um longo tempo. Lágrimas escorreram por seu rosto e ela me olhou sorrindo.
Sof: Tu vai ser pai - falou levantando pra me abraçar. Senti uma onda enorme de felicidade e a apertei junto a mim.
Eu: Vou ter neném - falei baixinho. Sofia se afastou um pouco e sorriu.
Sof: Tu vai ser mãe Pi - pulou no colo dela - Vai ter um bebezinho.
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O Melhor Amigo Do Meu Irmão
FanfictionApós a morte de seus pais Sofia e Jhonatan Jordan retornam para sua cidade e reencontram velhos amigos. A última coisa que ela esperava era se apaixonar completamente por seu amigo de infância, e melhor amigo de seu irmão. Já se imaginou em uma...