Capítulo 1

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Meu nome é Katherine Cooper, tenho 17 anos e moro em Nova Jersey, com meu pai e minha madrasta.
Nem sempre vivi neste lugar, eu nasci no Canadá, sempre tive uma vida normal, mas tudo virou de ponta cabeça a cerca de uns dois anos. Tinha 15 anos, estava no primeiro ano do ensino médio, nunca cheguei a ser a popular, mas tinha amigos.
Moravamos eu e meus pais em uma rua bem movimentada, onde todos se conheciam e gostavam um dos outros, ou pelo menos não haviam desavenças entre eles, quase um mundo perfeito. Até que em uma certa tarde de verão, enquanto assistiamos a televisão, meu pai recebeu uma ligação, onde o informaram que tinha havido um acidente de carro, e minha mãe tinha se envolvido no acidente enquanto voltava do trabalho e estava sendo levada para o hospital em estado grave.

Pelo sua expressão eu sabia que havia acontecido algo grave, perguntei o que houve, mas ele apenas me disse que mamãe não estava bem e foi levada para o hospital, e que tinha que ir até lá. Insisti que me deixesse ir com ele, porém ele disse que eu não podia ir, então ligou para a nossa vizinha, Mary para que ficasse comigo até que ele voltasse. Passava-se várias horas e ele ainda não havia voltado para casa, a cada hora que passava eu sentia um mal pressentimento, que me deixava mais preocupada a cada minuto que passava sem nenhuma notícia.
Eu me perguntava, por que demorava tanto? O que realmente aconteceu com minha mãe? Por que meu pai estava tão desesperado? Por que não quis me dizer o que realmente aconteceu?
Fiquei sentada ao lado da janela vendo a chuva cair e esperando que ele voltasse, então quando eu estava quase adormecendo, ele finalmente chegou, olhei para o seu rosto vermelho, os olhos inchados, meu coração gelou. Ele se aproximou de mim, eu já imaginava o que ele ia me dizer, estava torcendo que não fosse o que estava pensando, meu coração se acelerou e já estava respirando com dificuldade, quando ele se sentou a minha frente e segurou minhas mãos, olhou em meus olhos, e disse que mamãe havia sofrido um acidente mais cedo, que um caminhão havia perdido a direção e havia batido no carro dela, ele hesitou por um segundo, naquele momento eu senti que o chão estava se abrindo em um grande abismo, então ele respirou fundo, esfregou suas mãos a minha e disse o que eu não queria ouvir, que minha mãe não resistiu, senti que meu coração iria se partir ao meio, escorriam lágrimas em meu rosto e quando eu senti que iria desmaiar, meu pai me segurou e me abraçou.
Foi como se nossos corações tivesse sido arrancados e estivéssemos morrendo lentamente, e realmente uma parte do meu coração não existia mais, pensar que não veria mais minha mãe, me fazia sentir como se estivesse sufocando, então fiquei ali abraçada com meu pai até que eu adormeci em seus braços.

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