Capítulo 1

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Sentado a uma mesa no canto de um bar famoso do bairro, Jaehyun se encontrava. Bebendo seu segundo copo de tequila, ele observava o movimento de uma quinta-feira à noite, que não era grande considerando que era um dia de semana e no dia seguinte as pessoas ainda tinham aula ou trabalhavam, ele também, mas quem disse que se importava com isso?

Mas, por que o jovem estudante de literatura se encontrava naquele bar em uma quinta-feira à noite sendo que teria aula cedo no dia seguinte? Bom, tirando o fato de que ele havia tirado uma péssima nota na prova e seu namorado, agora ex, havia terminado consigo porque não sentia mais o mesmo, não tinha motivo para estar ali a não ser para afogar as magoas. Mas nem isso o garoto sabia fazer porque sempre foi muito reservado e não sabia beber, já que sua adolescência se resumiu em ignorar as festas e seus amigos porque precisava estudar e passar em uma boa faculdade.

— O que um rapaz bonito como você faz aqui sozinho? — uma voz lhe perguntou. Jaehyun olhou para o lado, onde nem havia notado que um rapaz de estatura alta se sentou. Uau!, foi tudo o que passou por sua mente. "Ele é lindo", pensou o de cabelos castanhos.

— Pode se dizer que estou afogando as magoas após uma péssima nota e um término de namoro — respondeu com um pequeno sorriso. O Jung não sabia se era efeito da bebida, mas aquele rapaz era lindo demais para ser humano. Será que finalmente havia conhecido algum deus do Olimpo?

— Sinto muito pela nota e pelo término, talvez — o garoto que não sabia o nome disse, dando de ombros e chamando com os dedos uma garçonete que passava por ali. — Josie, pode me ver o de sempre?

— Claro, Seo — a garçonete loira, chamada Josie, respondeu com um sorriso cheio de segundas intenções. Mas, também, com um homem daqueles só se pode ter pensamentos impuros. "Se aquiete, Jung Jaehyun, você acabou de terminar um relacionamento de dois anos", o coreano repreendia a si mesmo mentalmente.

— Você deve frequentar bastante esse lugar, né?

— Por que acha isso? — o tal Seo perguntou de volta, batucando os dedos longos na mesa.

— Além de você saber o nome da garçonete e ela saber o seu pedido de sempre, não consigo pensar em mais nada — Jaehyun deu de ombros, terminando o copo de tequila, que até havia esquecido sobre a mesa depois que o homem misterioso havia chego.

— É normal saber o nome das pessoas que trabalham para você, não? — a pergunta havia sido retorica e seguida de um belo sorriso de dentes brancos e perfeitamente alinhados, que havia deixado aqueles lábios rosados ainda mais encantadores.

— Espera — Jaehyun estava confuso. Aquele cara era dono do bar? Quantos anos ele tinha? Parecia tão jovem... — Você é o dono?

— É. Surpreso?

— Sim, mas é porque você parece jovem demais...

— Tenho 25 anos, sou jovem, né? — "até demais", pensou Jung ao analisar as feições extremamente joviais do dono do bar. Com 25 anos ele já era dono do mais badalado bar entre os jovens universitários, nunca que Jaehyun conseguiria tal feito naquela idade. Recém havia conseguido sair da casa dos pais e já tinha 23 anos...

— Não que você tenha perguntado, mas eu tenho 23 anos.

— Tem rosto de bebê ainda — o Seo disse risonho. — Bom, já me disse sua idade e o porquê de estar aqui, mas ainda não sei seu nome.

— Jung Jaehyun — o coreano respondeu, esticando a mão para o mais velho. — E você?

— Johnny Seo — apertou a mão do mais novo, notando o quão macias eram elas. Com certeza, ele ainda parecia um bebê.

— É um prazer, Johnny.

— Eu diria que é uma felicidade, porque prazer é só entre quatro paredes — Johnny piscou para o coreano, que sentiu as bochechas pegarem fogo. Ele havia realmente cantado Jaehyun? O mais jovem não sabia nem formular uma frase coerente para tal situação.

— Você falou isso mesmo? — ainda estava abismado com a atitude do mais velho. — De verdade?

— Acha que eu estou brincando? — Johnny arqueou as sobrancelhas.

— Bom, não é sempre que alguém bonito fala algo desse tipo para mim...

— Mas você é tão bonito, como nunca recebeu uma cantada?

— Vai ver não me acham atraente ou provocante o suficiente — o Jung deu de ombros, seus olhos não estavam mais focados no rosto do Seo, e, sim, no corpo deste. Uau. A camisa larga deixava a pele bronzeada a mostra, assim como as clavículas estupidamente marcadas. "Por que estou olhando para as clavículas dele?", Jaehyun perguntava para si mesmo, mas sem parar de analisar o corpo bem definido. Aquele jeans marcava muito bem as coxas de Johnny e as mãos do coreano coçavam para apertá-las.

— Vá por mim, você é tudo isso e mais um pouco — o estrangeiro falou, aproximando-se do mais novo, até que os rostos estivessem rentes um ao outro. Caso alguém falasse algo, os lábios se roçariam. Eles queriam isso? Sim, mas queriam ver quem tinha mais coragem de tomar a primeira atitude. Quem estava passando por eles podia sentir a tensão sexual que se acumulava ali e era quase palpável.

— Você quer sair daqui? — Jaehyun perguntou em um sussurro, seus lábios roçando com os de Johnny a medida que cada palavra era proferida e isso era extremamente bom, era quase como se fosse uma amostra do quão macios eram os lábios alheios.

— Minha casa fica na parte de cima do prédio — Johnny nem precisou terminar de falar para que Jung se levantasse e o agarrasse pela camisa, começando a puxá-lo para fora daquele local semi-vazio.

A noite prometia ser completa de luxúria e Jaehyun aproveitaria cada segundo dela, assim como Johnny.

Lust;johnjaeOnde histórias criam vida. Descubra agora