Cap 4

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___  Eu sei que vou me arrepender, mas por que não fazemos assim: o apartamento tem dois quartos, você pode ficar com um e eu com outro, que tal? ___ sugeri tentando resolver o problema, mas lá no fundo eu sabia que isso me daria muita dor de cabeça.

___ Eu vim pra cá, pra ficar sozinho e quando chego aqui, sou obrigado a dividir o meu apartamento com outra pessoa ___ falou cheio de sí.

___ Não seja por isso, a porta é serventia da casa, se você não quer ficar não sou eu quem vai sair ___ falei já cansada dessa conversa. Peguei o elevador e voltei pro meu quarto.

Pus a roupa que eu havia separado, peguei o secador de cabelo e enquanto secava o mesmo o garoto cheio de marra bateu na porta do meu quarto ele a abriu logo em seguida se escorando na mesma.

___ Eu vou ficar no quarto ao lado, mas só até o cara do 207 deixar o apartamento, aí eu saio ___ falou. Ficamos nos encarando. Eu então suspirei e fui até ele.

___ Emily ___ estendi a mão, ele me encarou e depois me cumprimentou.

___ Josh



                             *****



___ Já que vamos morar juntos, precisamos estabelecer algumas regras ___ falei. Ele então  confirmou a contra gosto.

Depois de decidirmos morar juntos, tivemos que decidir também algumas coisas pra não rolar muita confusão, basicamente, estabelecer regras.

___ Primeira: nunca entre no meu quarto ___ disse tentando dar uma de machão.

___ Ok, nunca entrar no quarto um do outro sem permissão ___ eu escrevia no notebook todas as regras e depois as imprimiria.

___ Ninguém pode saber que moramos juntos ___ eu o encarei com incredulidade ___ reformulando, ninguém da faculdade pode saber que moramos juntos ___ eu então revirei os olhos ___ Quantas vezes eu vou ter que dizer pra você não revira os olhos pra mim? ___ falou de um jeito tão ríspido que me deu vontade de bater nele.

___ Tá bem seu esquisito eu não vou mais revirar os olhos ___ falei também ríspida e ele pareceu se tranquilizar ___ muito bem, manter nossa "condição" em segredo ___ voltei a digitar.

___ Olha só, eu não confio em você então coloca aí que está terminantemente proibido você revirar os olhos ___ disse apontando para o notebook.

___ Qual o problema de eu revirar os olhos? ___ perguntei já impaciente.

___ Não é da sua conta

___ Se você está me proibindo de fazer alguma coisa, então, sim, é da minha conta ___ falei já indignada com essa maluquice.

___ Não importa, eu não quero que faça isso, então sera que dá pra você não fazer isso? ___ falou aliviando a tensão dos ombros.

___ Tá bem, sem revirar os olhos ___ anotei sem acreditar no que estava fazendo ___ e também nada de bagunça ___ falei seria. Ele me encarou e tentou protestar, porém no mesmo instante eu lhe lancei um olhar fulminante ___ alguma objeção?

___ Não, nem uma ___ disse balançando a cabeça em negação.

___ Ótimo então agora vamos estabelecer as consequências ___ ele então me olhou com dúvida.

___Como assim? ___ perguntou sem entender.

___ Não vai adiantar pormos essas regras se não houverem consequências que nos façam de fato segui-las. Se por exemplo um de nós quebrar uma regra? nada vai acontecer? vamos simplesmente deixar passar? Não; tem que ter uma penalidade ___ falei. Ele concordou a contra gosto.

___ E quais serão as consequências? ___ perguntou. Eu então sorri com a ideia que me veio à mente.

___ Aquele que quebrar as regras será castigado pelo outro, ou seja, se você quebra uma regra, eu vou castigar você do jeito que eu quiser ___ falei sorridente, porém em seguida ele sorrio malicioso oque me deixou intrigada.

___ E se você quebra alguma regra, serrei eu quem vai te castigar ___ ele falou de um jeito tão sedutor com aquele sorriso sacana que me subiu até um calor.

___ Bem, agora que já decidimos tudo ... ___ eu direcionei as anotações para a impressora indo até a mesma e pegando o "contrato de regras" ___  só falta assinar ___  falei pegando uma caneta o assinando. Ele então pegou o papel e também o assinou ___ Lembrando que esse contrato só é válido até daqui a seis messes que é quando você vai embora desse apartamento.

___ Ok

"Esses seis meses sem dúvida serão os mais loucos da minha vida".

O Idiota Do Quarto Ao Lado Onde histórias criam vida. Descubra agora