Samantha: o interrogatório

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Samantha era minha filha, ela tinha recém feito 18 anos quando toda dor começou. Acho que terei que sofrer por relembrar tudo isso de novo, mas tudo bem, vamos lá...

Era um dia normal de serviço, recebi um chamado e fui verificar tal acontecido. Chegando lá, a vizinhança estava apavorada com o que havia ocorrido. Em frente a varanda, um corpo de uma garota nua com sua barriga aberta e seus órgãos dependurados, seu corpo amarrado pelos braços como se estivesse crucificada. Tudo aquilo na varanda da casa da própria família. Nunca irei entender até aonde vai os limites da humanidade.                                                                                         

Cheguei mais perto para começar a investigar. Muita gente ao redor.

Examinei primeiro a abertura na região abdominal, que estava no sentido vertical. A precisão do corte era quase cirúrgica, logo deduzi que foi obra de um especialista (um especialista doentio). Já em suas mãos haviam certas marcas, uma espécie de símbolo. Aquilo me intrigou e fez com que eu me aprofundasse mais ainda. Não havia mais pistas, o dia de sua morte foi um dia chuvoso, e era "apenas" isso.                                                                   

Em outros dias, mais corpos foram encontrados com atrocidades ainda piores, os cortes sempre na vertical e região abdominal e com o mesmo símbolo em suas mãos. O símbolo era semelhante ao pentagrama invertido, mas tinha traços dos quais nunca havia visto em nenhum filme. 

E se quer saber, eu nunca quis acreditar nessa merda, muito menos querer conhecer sobre. Então foquei em pensar que era apenas um psicopata doentio brincando de "satanista" ou sei lá o que. 

Mas o pior estava chegando, já não bastasse as mortes e mutilações. Por mais que ele tinha seus padrões, não conseguíamos rastreá-lo, ele realmente era bom em esconder seus rastros.                                      


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