Sally, a suja

Capítulo 7 - Eu deixei o ódio me consumir

2001
Jonny estava do outro lado do mundo, bebendo, estuprando, matando e toda vez que fazia algo assim, ele lembrava de Sally, com tristeza. Ele não queria fazer nada daquilo mas com a morte de seu filho e a internação da sua ex-esposa ele acabou enlouquecendo. Jonny não conseguia suportar nada daquilo. Uma noite ao voltar pra sua casa, foi para o seu quarto e ao ligar a luz viu uma menininha, de costas, sangrando muito.
-Faz muito tempo né titio? Você pode ter me esquecido, mas eu nunca, nunca consegui esquecer você e toda merda que você fez comigo...
Jonny ficou assustado mas Sally desapareceu logo em seguida. Jonny considerou como efeito da bebida e foi dormir, ao amanhecer, aquilo tudo não passava de um sonho. Mas era até estranho, o Budy estava ali na janela antes de Sally aparecer, mas pela manhã ele não estava em lugar nenhum. o emprego de Jonny, tanto nesse país quanto no de Sally, era de palhaço de festa. Sally nunca via ele de palhaço, ela tinha pavor disso. Numa noite, houve uma festa e Jonny foi convidado pra ser o palhaço animador de crianças. Ao fim da festa, uma criança foi deixada sozinha e Jonny tentou se aproveitar dela. Ele levou ela a força para trás da casa, bem escondido onde ele podia cometer seus adorados atos sexuais. Jonny estava enganando a criança, dizendo que ia dar muitos doces a ela, ainda mais se ela não contasse a ninguém sobre aquilo. Ao começar a tirar as calças ele viu Sally atrás da criança.
-Você nunca muda né titio?
O rosto dela estava sangrando e seu vestido estava sujo, ela não mudou nada de quando foi morta, nada mesmo. Jonny ficou meio paralisado com a imagem, quando Sally decidiu chorar bem alto e gritou como uma menininha assustada, como se quisesse atrair alguém. A criança que ali estava ficou bastante assustada e correu pra dentro da festa de volta. Os adultos foram ver o que estava lá fora e viram Jonny parado, olhando pro nada, com as calças abertas. As mães mandaram ele ir embora, de um jeito digamos que, bastante indelicado. Elas ameaçaram chamar a polícia várias vezes e ele correu pra casa.
-E NUNCA MAIS VOLTE, SEU TARADO FILHO DA PUTA!
Jonny se via perdido desde então. Depois daquele flagra não havia mais como ele trabalhar naquilo, ninguém mais o chamava e ele não podia se oferecer. Ele não tinha com o que trabalhar. Sua vida estava destruída. Procurado em um país, vivendo como um mendigo em outro.