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- Hemberlly, esta na hora de ir

- Tá

Olho para as meninas que estão chorando, enquanto verifico mais uma vez se não esqueci de nada.

- Ei! Por favor não chorem.

Por mais distante que eu seja, irei sentir muita falta dessas duas.

- Não se preocupem eu vou ficar bem.

Beijo o topo de suas cabeças e pego as malas, saindo em seguida com a ajudas das meninas e do beta de meu pai, passando pelo imenso corredor até chegar na saída do castelo, onde me esperam com uma carruagem grande e luxuosa.

- Tome cuidado minha pequena.

- Não se preocupe meu pai irei ficar bem.

*Eu acho* acrescento mentalmente enquanto meu pai me abraça e beija o topo de minha cabeça e eu recuo assim que o ato termina, entro na carruagem e me sento ao lado do supremo que mantem uma distância respeitosa de minha pessoa.

Logo vejo o meu lar se distanciar enquanto minha familia está de pé abraçados enquanto choram pela minha ida, a visão me faz recordar os momentos bons que passei com eles, as risadas de coisas sem sentido, as irritações por motivo bestas, as vezes em que quase matei um deles por me acordarem sem motivo, vou sentir falto do carinho, do afeto, do amor que cada um compartilha entre si, realmente é algo que irei sentir falta pois sei que nunca mais irei ter alguem me abraçando enquanto durmo ou leio para essa pessoa, não vou ter alguém beijando o topo da minha cabeça dizendo boa noite ou alguem me fazendo cafuné para me acalmar, sei que nunca mais terei nada disso pois estou indo para um lugar diferente onde todos irão me odiar ou cobiçar por minha raça e eu não passarei de uma simples Omega no meio de muitas outras.

Esse pensamento me faz derramar uma lágrima de tristeza, dor e frustração.

- Sinto muito por você não poder ficar com sua família.

-Se sentisse de verdade não me tiraria de lá.

Depois disso a viajem foi um completo silêncio, até que eu resolvo quebra-lo.

- Preciso falar com a bruxa mestre de sua vila.

- Para que ?

- Assuntos pessoais.

- Se for para renovar seu feitiço eu sinto muito em lhe informar, mas não poderei deixar que renove o feitiço de ocultação.

Olho para ele com fúria, não é por que ele é o supremo que eu vou obedece-lo, se ele pensa que vai ser assim ele ta muito enganado.

- E não adianta me olhar assim.

- E não adianta me dar ordens pois não irei executa- las.

- Escuta aqui Omega, eu sou o Supremo Alfa, deve respeito a mim e a partir de hoje viverá com as minha regras, entendeu bem ?

Ele solta sua dominância sem perceber e com isso me fez encolher no banco, mas logo volto a minha postura normal, me recuperando de seu ato.

- Desculpa eu não...

Permaneço imóvel olhando para a janela, poucos sabem, mas nós Omegas somos extremamente frágeis perto de um supremo, pois sua dominância é tão forte a ponto de fazer um alfa abaixar sua cabeça diante do mesmo, acabando que para nós acaba que nos deixa amedrontadas a ponto de ficarmos a merce da submissão e isso me deixa frustrada, pois eu queria ser mais forte em relação a isso.

E novamente o silêncio predomina o alto móvel que já circula pela a alcatéia onde os lobos são alegres, com crianças brincando na rua, casais andando de mãos dadas trocando carícias discretas e isso atrai minha atenção até que esta vista maravilhosa é substituída por uma trilha de cascalhos dentro de uma grade floresta, oque deixa minha loba agitada querendo sair.

- Chegamos.

Olho para o lado oposto e vejo um lindo castelo, que tem de frente para ele uma grande estatua de lobo com a grama em sua volta muito bem aparada com alguns dentes de leão o enfeitando ( é o nome da flor).

Assim que que a carruagem para, saio da mesma dando de cara com quatro mulheres que rosnam assim que me vêem e como eu não tenho sangue de barata rosno de volta.

- Oque essa impura faz aqui ?

- Leve ela para o prostíbulo.

- Não quero ela de baixo do mesmo teto que eu e marido, já bastava uma, agora duas é inadmissível.

Porém a última fez algo diferente, ela sorriu e veio até mim.

- Desculpa por isso.

- Não tem problema.

- Ana! Saía de perto dessa impura.

Olho para o lado oposto da mulher vendo o supremo se aproximar.

- Calem a boca e vão cuidar de suas vidas, e eu não admito que falem com ela dessa maneira então sumam daqui.

- Tchau....

- Hemberlly..

-Tchau Hemberlly.

Aceno com a cabeça me despedindo de quem eu suponho que se chame Ana, que segue as três vadias para um lugar que eu suspeito que seja o jardim.

- Ana espere. - Ela volta ate onde estamos. - peço que mostre o castelo para ela e depois leve- a para comer algo, assim que os aposentos delas estiverem prontos te chamarei.

- Não esqueça do que combinamos.

- Não se preocupe, só haverá eu e você no andar onde se encontra os quartos.

Suspiro e concordo com um movimento sútil de cabeça sem me importar muito, logo o mesmo saí acompanhado de seu beta e alguns criados que estão com minhas malas.

- Desculpa não me apresentei, me chamo Anabele, mas pode me chamar de Ana.

- Sou Hemberlly, mas pode me chamar de Hember ou Belly.

- Onde quer conhecer primeiro?

- Cozinha.

Assim que falo minha barriga ronca e damos risada da situação.

- Vamos?

Abro um sorriso em concordância e à acompanho até a cozinha, porem um cheiro enjoativo de chocolate e morango chegua ate minhas narinas fazendo com que minha loba fique irritada.

- De quem é esse cheiro.

- Ah! É a Brenda que esta no cio, como sentiu o cheiro tao forte ?

- Por que ? Esta fraco ?

- Super, Brenda esta do outro lado do castelo.

- Deve ser porque sou omega.

- Verdade, esqueci que omegas tem o olfato mais sensíveis do que outros lobos.

Olho para ela e sinto o cheiro de comida vindo da cozinha.

- Que fome.

- Também estou.

Sorrimos uma para a outra e comemos algo na grande cozinha que por sinal é linda, depois de nos alimentarmos, ela me mostra vários outros lugares pelo imenso castelo e a parte que mais gosto é a biblioteca que é maravilhosamente grande e com vários tipos de livros, dês de enciclopédia até contos, oque me deixou impressionada por suas diversas variações de gênero, e por ultimo ela me mostrou o jardim, que é lindo por sinal, com suas flores de diversos tipos, tamanho e cores, bancos em baixo de arvores e um chafariz em forma de lobo onde a água e solta de sua enorme boca.

- É tudo muito bonito.

- Realmente.

- Preciso ir.

- Tchau Hember, até mais tarde.

- Até

Vou até o supremo que me espera ao lado da porta onde dá acesso ao grande salão.

- Seu quarto esta pronto, venha vou lhe mostrar.

O sigo sem responder absolutamente nada.

A Omega Do Supremo (Reescrevendo)Onde histórias criam vida. Descubra agora