Flores para mamãe

Amigos?

Eu não posso! Não , não dá mais mãe! Já se passaram duas semanas e a Elidía não acorda -descontrolado e esgotado Fernando gritava as palavras , sua voz continha sussurros e desespero , a destinatária Luciana sua tão querida mãe

Suspirou Luciana, ela tinha prometido que iria cuidar da família do seu filho enquanto a Elidía se tratava , mas pelo visto os médicos afirmam que é melhor deixar Elidía descansar seu físico até eles terem certeza que ela tem condições para fazer o tratamento

Calma querido! -disse Luciana o abraçando como uma leoa para com sua caça

Na quinta feira eles vão tentar acorda-la tenha fé! -disse Luciana procurando terminar a conversa ali , Fernando parou de chorar e saiu da sala..

Na quinta feira Elidía acordou , foi uma boa notícia para todos da família principalmente Helena que morria de saudades da sua mãe. .. Uma hora ou outra ela perguntava pela sua mãe, como uma ovelha súplica a um lobo para não ser morta

Está bem Helena você pode ir ver sua mãe,  mas comporte-se seja rápida certo? -disse Luciana quando viu Fernando saindo da sala onde se encontrava Elidía

Helena passou pelas enfermeiras(os) e sorriu ,um sorriso doce ao ver a sua mãe

Elidía abriu os olhos e sorriu , para sua pequena princesa , morria de saudades que nem Helena nem o mais apaixonado poeta poderia sentir por sua amada

Meu amor! Que saudade - disse Elidía estendendo os braços onde se encontravam os fios do aparelho hospitalar

Mamãe! Que saúde mamãe!  - disse Helena abraçando sua mãe , as duas conversaram muito sobre a situação delicada a qual se encontrava Elidía, no começo Helena ficou apreensiva, mas ao prolongar a explicação Helena ficou mais tranquila e feliz em saber que sua mãe ira se recuperar, mas o tempo não para Helena se despediu de sua mãe e enquanto caminhava viu um garoto sentado em uma cadeira de rodas , pele clara , físico normal Helena sorriu para ele quando o viu lhe encarar,  ele parou por alguns segundo e então com receio respondeu com um breve

Oi! - disse o garoto , aparentava ser da sua idade
Helena sempre simpática respondeu:

Oi! Tudo bem? -disse com a aparência mais alegre do mundo...

Sim! E você? - disse ele com a aparência mas temerosa do planeta mas respondeu um sim!

Estou feliz! -eles sorriram um para o outro e então Helena perguntou. ..:

Você não pode andar? -disse ela curiosa....

Não! -disse ele convicto e procurando disfarçar sue medo de que Helena saísse o mais depressa de perto dele , porque pelo visto Helena mal sabia que ele era um cadeirante

Ah!- abriu a boca e então perguntou novamente. ..

Porque você não pode? - Helena era como um rato indo atrás do queijo quando algo lhe chamava a atenção

Porque eu fui atropelado quando tinha quartos anos - disse ele segurando algumas poucas lágrimas

Nossa! Quer ser meu amigo? - Helena fez várias perguntas ao garoto ao seu lado que não foram muito agradáveis mas de todas esta foi a que ele ao qual ela nem sabia o nome mais gostou. ..

Sim! -disse o menino com a alegria destacada nos seus olhos e brilhando no seu mais recente sorriso

Helena e o seu mais novo amigo ficaram ali próximos a entrada do hospital ela esperava pacientemente sua avó ele esperava entediado seu pai

Qual seu nome? Onde você estuda? Você mora aonde? - perguntava Helena sempre curiosa

Meu nome é Cassiano, me mudei a alguns dias então só me insateli aqui a três semanas irei começar a estudar amanhã na escola Santa Tereza-  respondeu alegre já se passava tanto tempo que ninguém se interessava por ele...

E você? - disse ele que agora se encontrava curioso...

Eu o que? - disse Helena totalmente distraída observando as nuvens...

Você! Qual seu nome? Quantos anos você tem? Você mora aqui? Onde estuda? -disse Cassiano morto de curiosidade

Eu sou a Helena , tenho cinco aninhos oh- fez o número cinco abrindo as mãos mostrando para Cassiano- moro aqui, estudo na Santa Tereza -disse ela com a voz gentil, semblante alegre e delicado

Ah! - respondeu Cassiano

Vamos brincar? -disse Helena com a alegria estampada em seu rosto

Vamos! -respondeu Cassiano feliz por ter a companhia de alguém tão alegre

[Eles brincaram muito mas depois de poucos minutos Lucina se aproximou e no corredor ao lado o pai de Cassiano também. ]

Luciana caminhou até Helena e disse :

Vamos querida? - não percebeu Cassiano. ..

Vovó olha meu amigo ! - Helena olhou para os lados onde estava ele? Para onde foi? A brincadeira de esconde-esconde já acabou!

Ele quem querida ?- disse Luciana pensando que sua neta teria um amigo imaginário, mas essa não é a verdade Cassiano fez com que a cadeira de rodas ficasse um pouco mais longe de Helena quando viu sua avó se aproximar

Meu amigo! O Cassiano!  Ele deve estar escondido espere...- disse Helena procurando seu mais novo amigo

Cassiano saiu do esconderijo se pôs de frente para Helena e então disse :

Até mais!

Até! -disse Helena um pouco cansada de procurar Cassiano e também estranhou porque desta resposta curta ...?

Já vi ele vamos querida ? Já é meio dia ! - disse Luciana apressada

Vamos vovó! - disse Helena se acostumando a rapidez que sua avó caminhava , e observando cada cantinho do hospital cada sala , cada médico (a) e infermeioro(a) que ali continha sorriu para uma enfermeira que lhe retribuiu um doce e  amigável "tchauzinho" 

[Chegando em casa]

Vovó cadê minha farda? - disse Helena se arrumando para poder ir ao colégio. ..

Não sei querida,  deve estar na terceira gaveta não? - disse Luciana convicta de que ali se encontrava o uniforme escolar ao qual era docemente visto semanalmente no corpo angelical de Helena

Encontrei! Obrigada vovó! -gritou Helena do seu quarto para sua avó que estava na cozinha preparando seu lanchinho para que pudesse se alimentar no horário permitido escolar

Depois de se arrumar , Helena foi para a escola e despediu-se de Luciana, foi correndo ao encontro dos seus colegas e conversavam
As horas passavam assim como as aulas e um aluno que teria chegado atrasado depois do discurso da diretora e da apresentação do novo coleguinha e do murmurinho que a sala toda fazia mesmo Helena que se levantou e indo em direção ao Cassiano disse:
Oi!
Oi - respondeu Cassiano com o semblante feliz

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