Bom, sou o tipo de menina que esconde sua fragilidade atrás de uma grossa personalidade. Aquela que ama carinho e ao mesmo tempo odeia grude.
Me apego muito rápido às pessoas, o que acaba me ferindo, pois geralmente vão embora.
E foi assim que acabei me magoando, ao me apegar demais à alguém que me tratava como um "tanto faz". Me iludi, me magoei, e por fim, e fechei. Ou não rs.
Tudo começou no primeiro dia de aula, quando o vi com minha melhor amiga no corredor em frente a sua sala de aula. Naquele dia ele vestia uma calça rasgada e um tênis azul. Com seus cabelos castanhos, curtos e ondulados, caídos para o seu lado direito, todo largado e com apenas um furo na orelha esquerda (veja como sou viciada a ponto de decorar até mesmo os lados!).
De primeira, meu coração disparou, o estômago embrulhou e até mesmo o pé formigou! Mas, fiquei na minha e esperei minha amiga tomar a iniciativa de vir me apresentá-lo. Até então ainda não sabia o seu nome.
No terceiro dia de aula na hora do intervalo, nossos olhos se encontraram, e aí então ele me olhou de cima à baixo, fixando seu olhar em cada curva do meu corpo sem mesmo piscar, e aí então Luana me chamou para o refeitório. Nesse momento, logo coloquei em mente que não deveria criar altas expectativas.
Luana é a amiga que me apresentou ele, grande amiga inclusive que conheço desde a 5° série.
Costumamos contar tudo uma para a outra mas não sabia exatamente o que estava sentindo por aquele garoto, então não falei nada para ela.
Passaram-se alguns dias, e não nos falamos.
Os comentários sobre a festa da Stéfani (garota mais popular do 2° ano do ensino médio) não paravam de rolar por toda a escola. Para a minha surpresa fui convidada, mas Luana não. Isso não foi um problema para que ela não fosse a essa festa, afinal, ela estava em quase todas as festas das mais grandes escolas de nossa cidade.
Tivemos muitos trabalhos, apresentações de projetos, organização de pesquisas... Foi uma semana longa mas até que enfim chegou sábado. Acordei Luana para tomar-mos café da manhã, pois ela veio dormir em minha casa para finalizar-mos um trabalho de biologia. Meus pais estavam viajando a trabalho e meu irmão mais velho estava passando uns dias na casa de um amigo.
Não costumo frequentar festas como essas, então fomos ao shopping da cidade para comprar-mos roupas que se encaixasse em tais padrões daquelas pessoas.
O tempo parecia não passar, até que finalmente chegou as 19:00 horas tão esperada, afinal meu "crush" ia estar lá, então estava muito ansiosa para o que ia acontecer.
Assim que cheguei, o encontrei na porta de entrada e novamente houve aquela troca de olhares. Parecia coisa de filme, quer dizer, nem filme tava mais pra novela mesmo. Naquele momento pude perceber que eu deveria puxar assunto para que pudéssemos nos conhecer melhor, ou seja, saber algo a mais que apenas o nome e sobrenome um do outro.
Ainda não tive coragem de chegar nele e conversar, então ao longo da festa começamos a trocar olhares e aí ele chegou em mim e começou a puxar assunto. Ele me ofereceu bebida, mas preferi tomar sua água de coco. Conversamos bastante sobre assuntos bem aleatórios, e a conversa estava tão boa que não percebemos a hora passar, por alguns minutos achei que ele tivesse me achando estranha pois não parava de olhar para a boca dele, com uma imensa vontade de beija-la, seus lábios eram tão perfeitos que não pude nem disfarçar.
Saímos da casa de Stéfani e fomos para um campo bem bonito, lá conversamos bastante e acho que dormi.
Acordei em um lugar estranho, não me lembrava de como tinha chegado lá, e ele tinha sumido... Apareceu minutos depois que acordei, e vestia apenas uma toalha, então achei estranho, daí percebi que eu estava sem roupa e não fazia ideia do que tinha acontecido naquela madrugada. Entrei em pânico, chorei horrores pois não sabia o que estava acontecendo! Ele me pediu para que ficasse calma, e disse que tudo bem deixar que ele tocasse em meu corpo, e que não seria a primeira que não lembrava o que tinha acontecido.
Sim, ele me drogou...
Ele me levou em um campo e não em seu quarto, por isso achei que ele fosse diferente.
O nome dele era... Ah, não importa o nome dele!
Então... Me iludi, me magoei, e por fim... Me fechei.
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Será que ele me nota?!
RomanceEntão, me chamo Lis e vim contar para vocês a minha pequena história de paixão escolar, qual vocês irão ter mais detalhes ao ler. Era algo tão forte, que ninguém poderia imaginar. Será que me dei bem?!