62 - Superar.

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"Com cada pequeno desastre
Eu vou deixar as águas continuarem
A me levar para algum lugar real
Porque eles dizem que lar é onde seu coração está inalterável
É onde você vai quando está sozinho
É onde você vai para descansar seus ossos
Não é apenas onde você deita sua cabeça
Não é apenas onde você arruma sua cama
Contanto que estejamos juntos, importa pra onde vamos?
Lar."

– Gabrielle Aplin

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Sofía POV

Eu agradeço a Deus pelos meus filhos.
Entendo agora que nada é por acaso e não devemos culpar ninguém, Andrew veio na hora certa, na hora que meu coração precisava sem nem dar sinal, meus dois filhos em menos de 1 semana de convivência já compartilham atos de amor e compaixão, me dá vontade de viver vendo isso, a dor deles me parte, eu gostaria de pegar tudo, tudo oque eles sentem pra mim, mesmo que esteja doendo em mim também, gostaria de ver o sorriso nos olhos dos dois, olhos que são tão azuis quanto o céu, olhos que eu gerei, e chega ser impossível acreditar que foi realmente eu quem fiz, sou tão feliz por ter os dois agora comigo, o abraço é maior e o amor dentro de mim também, vou repetir isso eternamente, e de certo modo sou grata ao Nidio, sem ele eu não teria esses dois comigo, ele criou o Andrew como criamos o Henrique, pessoas educadas e do bem, sabemos que todos nós temos nossos defeitos, não é?
Espero um dia me conformar e aceitar que ele se foi sem ter ódio de mim, sem ter raiva pelas mensagens de baixo calão que eu o enviei, me dói saber que fiz isso, e o sinal que ele viu me dói mais ainda, é meu ex marido, e não me trouxe só coisa boa nessa vida, mas ainda sentia lá no fundo um carinho por ele, carinho mais de amigo e irmão, espero que ele esteja em um lugar bom, e repleto de energia boas...

— Meninos?_entrei no quarto do Andrew, onde encontrei os dois desmanchando as malas do novo morador de casa.

Hen: Oí mãe, tudo bem com a senhora?_me olhou já com cara de preocupado.

— Estou ficando_sorri de canto, e me sentei em meio aos dois_Quanta bagunça em meu filho_falei para o Andrew começando a dobrar as roupas junto com eles, que estavam exatamente todas emboladas.

And: É dona Sofía, o meu forte não é organização viu, arrumamos tudo muito rápido lá_se ajeitou na cama, pegando mais um punhado de moletons.

— Eu imagino.

Hen: Caraca Andrew, você tem quase mais moletom que eu, só se veste igual a mim esse garoto_revirou os olhos, e eu ri.

And: Você que se veste igual a mim, engraçadinho, é que você me acha muito lindo e quer ficar igual.

Hen: Sempre tem o gêmeo mais bonito né? E eu sou ele querido_mandou beijinho pra ele, se descontraindo.

And: A gente nem se parece_semi cerrou os olhos, me fazendo gargalhar pela a irônia.

— Vocês são idênticos, fico até confusa, não sei quem é quem_dei de ombros, e Henrique me repreendeu.

Hen: NOSSA SOFIA!_indignado ele disse e eu ri assim com o Andrew, como é bom estar ali._Eu cresci do seu lado e você me confunde, que absurdo.

— Mas o Andrew não cresceu comigo_mostrei língua pro Henrique, e ele revirou os olhos.

And: Ih, já tá com ciúme maninho? Aprenda dividir a mãe agora_piscou pra ele.

Hen: Aprenda também, éramos filhos únicos até esses dias.

— Credo, parem. Tem Sofia pra todo mundo_deitei, deixando de dobrar as roupas.

As Coisas Acontecem AssimOnde histórias criam vida. Descubra agora