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de sad-soul

de sad-soul

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Megan

O tempo hoje não era dos melhores, mas para falar a verdade nunca o era. Suspirei baixo, observando a chuva a cair no piso alcatroado pela grande vitrina do cabeleireiro onde trabalhava. Parei os movimentos vai e vem que exercia com a vassoura e apoiei o meu peso na mesma. Eu adorava chuva, a forma como a mesma caia no piso e o deixava ligeiramente mais escuro e o seu som, ah o seu som era maravilhoso. Era melodia para os meus ouvidos que para além de gostarem do som da chuva, também gostavam de rock.

Varri os cabelos de vários tons para a pá e despejei-os para dentro do lixo, voltando a arrumar aqueles estúpidos instrumentos de limpeza na arrecadação.

O meu trabalho era secante, estúpido e secante novamente. Apenas tinha de varrer o pequeno salão, agendar cortes de cabelo, ficar atrás do balcão à espera do pagamento e por fim limpar o estúpido salão e fechar o cabeleireiro. Não era algo bastante divertido, era algo chato mas eu tinha de trabalhar se queria continuar a viver sozinha e não ter de receber ordens de cotas e com isto estou a falar dos meus avos.

O estúpido telefone interrompeu a minha perfeita linha de pensamentos e com o meu poder invisível esmurrei o telefone. Atendi a chamada enquanto tentava forçar o meu ser rude a se tornar simpático apenas uma vez na vida e mais umas quantas.

"Estou, é do cabeleireiro Anne em que o posso ajudar?" - Pronunciei educadamente enquanto fazia certas caretas tentando sorrir, algo em que eu não era realmente muito boa.

"Quero agendar um corte de cabelo para amanhã à tarde." - Uma voz rouca, rude e deveras masculina soou do outro lado da linha. Mas que pouca de vergonha é esta? Quer dizer, eu estou a tentar ser simpática e este paspalho é rude comigo?

"Sim pode, adeus e tenha um mau dia!" - Exclamei, desligando a chamada enquanto abria a agenda e escrevia no caderno com uma caligrafia nada bonita.

***

Graças a deus o meu trabalho estava feito. Olhei em volta, procurando saber se algo estava fora do seu lugar e agradeci mentalmente por a Anne não ter deixado muita coisa desarrumada. Desliguei as luzes e retirei do suporte velho de madeira o meu guarda-chuva transparente. Sai cá para fora, abri o guarda-chuva e abriguei-me de baixo do mesmo. Tranquei a porta do velho estabelecimento, onde trabalhava quase há um ano.

A chuva caia de forma bruta, o som aterrador dos trovões era ouvido e as luzes brilhantes dos relâmpagos iluminavam o céu escuro, carregado de nuvens escuras com formatos estranhos e que estranhamente eu gostava de observar. Um rapaz, bastante alto de cabelo loiro, pele pálida e olhos azuis como o mar em tempestade abrigou-se sem mais nem menos debaixo do meu guarda-chuva.

"Mas-" - A minha voz rouca e rude foi cortada pelo som também rouco do rapaz que só agora notei que tinha um piercing labial.

"Gosto do teu guarda-chuva." - Ele murmurou roucamente e um sorriso estranho estava delineado nos seus lábios finos e rosados.

"Obrigada, acho." - Pronunciei baixo, enquanto semicerrava os meus olhos, um pouco confusa com aquele estranho individuo de beleza rara.

"Vou passar a andar à boleia de guarda-chuva contigo!" - Ele falou com divertimento no seu tom de voz e riu de forma adorável, fazendo com que pequenos buraquinhos se formassem nas suas bochechas. - "E já tenho uma alcunha para ti. Serás a rapariga do guarda-chuva." - Ele sorriu e piscou-me o olho.

Num movimento rápido e atlético, ele saiu debaixo do meu guarda-chuva e deu uma pequena corrida até a um edifício e entrou para dentro do mesmo. Ok, vamos concordar meu querido cérebro, isto foi estranho!

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Hey, new fic! Estou tão entusiasmada!

Espero que gostem e em breve irei publicar o primeiro capítulo, beijos até lá!

Já agora, não se esqueçam de votar e comentar, é mais darem a vossa opinião u-u