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O tempo é uma incógnita.

A bipolar sensação de mudança, a variação do seu passar, a transição dos dias afinco, oscilando entre o sol da manhã, o acentuar durante a tarde, o suave durante o fim e o vasto tapete estrelado estendido junto a lua. A brisa nunca parece mudar, continuando a balançar cabelos, arrepiar peles e trazer casacos junto aos corpos pelo frio.

Dias, horas, minutos, segundos; fatores somados a cada mínimo resquício de momento. O nascer e o morrer, levados pela brisa que se arrasta como os ponteiros de um relógio, o levar da poeira pela brisa.

O levar do tempo era infinito.

Na visão deste pobre autor que aqui escreve, há uma dúvida. No tocar da ponta deste lápis neste caderno, nas palavras antiquadas e um tanto fora de época, no fim de cada mínima fibra que me compõe.

Ainda sinto o tocar dos raios de sol em meu rosto, as flores levadas ao longe até a noite ter fim, histórias caminhando pelas ruas em forma de pessoas preocupadas com suas obrigações e trabalhos. Por que, tudo parece uma eterna pausa?

Um único momento, onde o interminável tempo tinha uma barreira que o impedia de seguir em frente. O eterno parecia ter se esvaído. Toda a história que se antecede a mim torna-se dependente de um único momento, onde o que era físico era sentido, não o emocional. Meu cérebro prosseguia, mas meu coração continuava em pausa, dependente.

Não era como se não soubesse o motivo. Sei bem, até demais, aliás. Continua fresco em minha memória, como tinta recém colocada.

Hoje, fazem sete dias que Kim Jongin me deixou.

E sua ausência é a pausa no meu interminável infinito em saber porquê tê-lo tão longe, sem saber aonde, doía demais pelo que vivemos na minha concepção infinito.

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⏰ Última atualização: May 12, 2019 ⏰

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