OOOOOOI MOOOOOS, COMO VOCES ESTÃO????
Atenção para a louca que eu sou!!! Escrevi uma sinopse, fiz uma capa e agora vocês vão ler uma short fic. É triste, vocês vão sofrer e é isso.
Amo vocês!!!
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Um ano, doze meses, cinquenta e duas semanas, trezentos e sessenta e cinco dias que eu estou sem você. Já faz exatamente todo esse tempo que recebi a notícia de que estava em uma cama e que não tinha acordado ainda.
Um ano que já não vejo seus olhos e não escuto a sua risada gostosa que eu tanto amo.
Doze meses que Amora dorme sem sua voz contando suas histórias, que nossa filha não sente seus braços envolta de seu pequeno corpo.
Cinquenta e duas semanas que Clarisse não consegue olhar para qualquer lado sem soluçar. Que ela não tem o melhor abraço da melhor irmã do mundo.
Trezentos e sessenta e cinco dias que sua mãe não sente seu pequeno corpo em seu colo como se ainda fosse a bebêzinha dela e que ela não escuta tua voz acompanhado de uma feição emburrada por .
Até agora, a ficha ainda não caiu para mim. Mas talvez tenha caído para as outras pessoas. Já que todas elas, com excessão de nós, a sua família, desistiram de você. Desistiram de te ver acordar. Mas saiba que eu nunca vou desistir de você, porque você nunca desistiu de mim.
- Ela faz uma falta danada, né?- A voz de Hana se fez presente assim que fechei o diário, em que escrevia para Carol cada momento que passei sem ela, a esperando voltar.
- Eu não sei viver sem ela!- Falei com a voz embargada, antes de secar os olhos para que Amora que logo chegou no local, não visse as lágrimas.- Oi filha, como foi a escola?
- Legal!- Falou antes de deixar um beijo em minha bochecha e na de Hana e sair andando. Ela tinha se tornado uma outra menina, desde que Carolina não estava mais presente em nosso dia a dia.
- Filha? - Chamei, mas a garota de apenas 7 anos não olhou para trás, somente continuou seu caminho.
Hana veio até mim e me abraçou, o que me fez chorar um pouco em seus braços. Alguns momentos depois, tivemos que falar da ONG que criamos para mulheres, homens e crianças que sofreram qualquer tipo de trauma. Aquilo que Carolina nos ajudou a levantar, não poderia ser deixado para trás.
Três horas depois, eu estava mais uma vez dentro daquele hospital. Já havia me acostumado. Aonde minha mulhes estivesse, eu estaria junto.
Me sentei na poltrona ao lado da cama e apertei de leve sua mão. Tentando demonstrar força para a mulher mais linda desse mundo.
Deixei que minha voz ecoasse pelo quarto baixinho enquanto cantava para que ela lembrasse de cada momento que tivemos juntas. Cada beijo, cada abraço e cada segundo que passei ao lado do grande amor da minha vida.
"Não vejo mais você faz tanto tempo
Que vontade que eu sinto
De olhar em seus olhos, ganhar seus abraços
É verdade, eu não minto..."A cada parte da música, meu coração batia mais contra meu peito. A vontade de chorar era grande e a de beija-la era ainda mais.
"E nesse desespero em que me vejo
Já cheguei a tal ponto
De me trocar diversas vezes por você
Só pra ver se te encontro..."Volta para meus braços, amor. Venha para nosso mundo e me deixe te sentir, me dê um sinal de que ainda está aqui, comigo.
"Você bem que podia perdoar
E só mais uma vez me aceitar
Prometo agora vou fazer por onde nunca mais perdê-la..."Abaixei a cabeça encostando na cama do hospital enquanto ainda segurava a mão pequena na minha. Deixei um soluço escapar, mas me recuperei e não deixei que me abalasse. Precisava terminar aquela canção, precisava mostrar para Carolina que ainda estava ali.
"Agora, que faço eu da vida sem você?
Você não me ensinou a te esquecer
Você só me ensinou a te querer
E te querendo eu vou tentando te encontrar
Vou me perdendo
Buscando em outros braços seus abraços
Perdido no vazio de outros passos
Do abismo em que você se retirou
E me atirou e me deixou aqui sozinho...."Minha voz estava embargada, enquanto me lembrava do primeiro beijo que demos. Foi tão cheio de saudade, perdão e reciprocidade. Quando deixei meus lábios tocar os seus, simplesmente me senti eu mesma e desde que senti sua boca na minha, só me senti vazia quando perdi seu sorriso todas as manhãs.
"Agora, que faço eu da vida sem você?
Você não me ensinou a te esquecer
Você só me ensinou a te querer
e te querendo eu vou tentando me encontrar...."Quando estava pronta para voltar a cantar a música, um soluço interrompeu meus planos. Mas não foi isso que me fez levantar o olhar e gritar por algum médico. Carolina apertou minha mão e segurava mesmo que parecendo estar sem força alguma, meus dedos como se sua vida dependesse daquela contato.
Ela não sabia. Mas minha vida dependia daquele contato.
UM ANO ANTES
As risadas ecoavam pela casa de uma forma totalmente gostosa de se ouvir. Liguei a tela do celular e comecei a gravar o corredor enquanto me aproximava da cozinha, aonde Carolina e Amora faziam a maior bagunça com o café da manhã. Dei risada quando nossa filha falou que Carol estava queimando o chá e que tava um cheiro de queimado esquisito. Somente Carolina Peixinho, queimava chá.
- Bom dia, amores da minha vida!- Deixei um beijo na testa da pequena de seis anos e me movi pela cozinha indo até Carolina.- Nossa, que mulher mais linda é essa aqui, na minha cozinha?
-Oxente, que a cozinha é minha, Gabriela!- Falou séria e com a expressão de falsa irritação.- Vá, suma! Tô fazendo nosso café da manhã!
Não deixei que ela saísse de perto de mim, por isso mesmo que somente agarrei sua cintura e a puxei para mim. Deixei alguns beijos pelo seu rosto antes mesmo de beijar seus lábios. Quando a deixei sair de perto, percebi a careta de Amora Hebling Peixinho enquanto a mesma soltava um "ecaaa". O café da manhã foi uma festa, como sempre era desde que conheci Carolina Peixinho, e agora com Amora era dez vezes melhor.
Dez horas depois do café da manhã, era exatamente 18:37h, o finalzinho da tarde e comecinho de noite, parecia extremamente estranho para um final de tarde de Salvador. Por isso estranhei cada passo que dei até o carro, parecia que algo faltava, que algo apertava meu coração. Somente quando atendi o telefonema, já dentro do carro, que percebi que não só faltava algo, mas que sobrava dor em meu corpo. Eu precisava que fosse só uma mentira, ainda mais quando ouvi que ela estava desacordada indo para o hospital mais próximo. Tentei me concentrar no celular enquanto ligava para um táxi me levar até minha esposa, mas tudo o que eu pensava era na forma como as palavras do socorrista passava em minha cabeça.
"Houve um acidente..."
"Ela se encontra desacordada e está tendo hemorragia...."
"Precisamos de uma autorização para que possamos fazer a cirurgia na dona, Carolina Peixinho. Precisamos disso agora, não temos tempo!"
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Deitada nessa cama
FanfictionNinguém mais tinha esperanças. Ninguém mais acreditava que poderiam ver aqueles belos olhos castanhos novamente. Ou quase ninguém. Gabriela continuava ali, ao lado da cama. Segurava a pequena mãos com todo o amor que construíram. Não podia sequer a...