Dança da Chuva

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Nem cá, nem lá se imaginava,

Que tal seria a situação,

Na terra onde asa branca migrava,

Ter dias de árido sertão.


O povo na rua protesta,

Pede o que nem conhece,

Grita por coisas nas praças,

Sem ver que outro mal lhe adoece.


Numa dança de opiniões trocadas,

Farpas secas sem sentido,

Sem a agua todos são nadas,

Nadando no pó desmedido.


Dançam as nuvens celeste,

Esperada festa dos Céus,

Quem mais livra o povo de peste?

Cobre a chuva, o chão com seu Véu.


Dança menino na rua,

Quem manda a água não e o homem,

Molha o chão a terra nua,

Brota alimento e todos comem.


Poder maior não se verá,

A multiplicação do alimento,

Mãe natureza prove de graça,

O que o homem cobra em tormento.


Dança das águas Divindade,

Molha o chão e a Alma,

Aos loucos traz sanidade,

E ao irritados dê calma.

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