Olhares se encontram no desconhecido

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Entro, em uma sala lotada de pessoas com olhares que desconhecem o meu,
Mas há alguém ali
Alguém que os meus olhos se recordam de já terem olhado
Alguém cujo o cheiro mudou mas ainda
Assim é o mesmo

Eu olho pra você
Você olha pra mim
Seus olhos escuros olham o meu
E automaticamente eu vejo, que não estou só olhando para você
Como também para o meu passado
E ali o passado e o presente se cruzam

Você logo não olha para mim
E eu faço o mesmo
Porque, moça, quando nos olhamos lembramos
O quão conhecida éramos
Quantas risadas trocamos
Oh quanto respiramos o mesmo ar
O quanto observamos o mesmo céu

Ficamos tristes,porque não nos conhecemos mais
Não como antes
De conhecidas fomos há desconhecidas
De olhares conhecidos fomos a olhares desconhecidos.

FadadaOnde histórias criam vida. Descubra agora