Prólogo

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"Empurre!"

Ela continuou empurrando com tudo o que tinha. Ela podia sentir sua vida se esvaindo, mas antes disso ela precisava terminar.

"Empurre!"

Seu corpo estava coberto de suor e cada movimento para que o bebê saísse era um tremendo esforço. Ela trincou seus dentes dando mais um grande impulso e as enfermeiras continuavam mandando que ele continuasse, que ele estava quase todo fora.

"Isso, menina. Só mais um pouco, empurre mais um pouco!"

Ela grita enquanto empurra uma última vez e sente o segundo bebê saindo. Logo ela escuta o choro do seu segundo bebê.

"Me deixe segura-lo, por favor. Me deixe segurar meu bebê."

"Calma criança só estamos fazendo os testes de rotina, vamos cortar o cordão umbilical e enrola-lo."

Quando ele está enrolado em uma manta do hospital e seu rosto parcialmente limpo, ele é colocado nos braços de sua mãe. Ainda chorando e sem entender nada daquele mundo estranho em que se encontrava no momento.

"Ei babe, tá tudo bem." Ela sorrir com lágrimas nos olhos. "Eu sou sua mãe, eu estou aqui." Ela segura o caçula dos gêmeos e beija sua testa.

"Onde está o outro?" ela pergunta sem tirar os olhos do rosto do seu filho, já sentindo suas forças indo embora "Eu quero segurar os dois."

Uma enfermeira vem segurando o outro bebê que também estava enrolado em uma manta, mas tinha adormecido enquanto o parto do seu irmão era concluído. Ela o coloca em seus braços e a jovem mulher ajeita seu filhos em seus braços, olhando para o rostinho dos gêmeos enquanto derrama suas lágrimas silenciosamente.

"Eu queria que fosse diferente... Queria poder cuidar de vocês, queria poder ver vocês crescerem... Me perdoem por não poder fazer isso, e por não ter outra pessoa que faça por mim... Eu amo muito vocês..." ela lentamente deita sua cabeça enquanto fala com seus bebês e a enfermeira que a estava limpando percebe que ela está desmaiando, então chama a outra enfermeira para retirarem os bebês e levarem para serem limpos e então levados ao berçário.

O monitor cardíaco começa a apitar quando ela desmaia e as pessoas no quarto começam com os procedimentos de reanimação, eles estavam cientes de que era uma gravidez de risco, tanto quando a mulher estava, mas ela quis continuar com a gestação e fez de tudo para que desse certo até aquele momento. Mesmo estando sozinha na vida e sendo abandonada por seu parceiro.

Os médicos tentam todos os procedimentos para reanimarem a moça, mas é em vão. E com pesar anunciam o óbito da paciente às 10:43pm. Menos de meia hora após o nascimento de seus filhos.

Enquanto isso os bebês, ambos meninos, são limpos e vestidos, antes de serem levados ao berçário com seus primeiros testes e exames rápidos feitos e prontos para serem amamentados. Infelizmente não teriam a primeira amamentação vinda de sua mãe, e aparentemente não havia ninguém mais que fosse responsável por eles.

Infelizmente seriam mandados para um orfanato, quando tivessem idade suficiente, enquanto isso ficariam no berçário em observação.

***

Johannah e Mark estavam caminhando pelo corredor dos recém nascidos do orfanato Santa Luz, eles estavam emocionados que finalmente estariam adotando uma criança, o processo até aquele momento tinha sido extremamente demorado e após muito tempo sofrendo por não poderem conceber, estavam finalmente realizando um sonho.

"Querido, espera." A mulher para ao olhar para um bebê em um berço através da janela de vidro. Era o bebê mais lindo que ela já tinha visto, mesmo só tendo algumas semanas de vida e ainda sendo pequenino e um pouquinho enrugado.

Much to my Surprise (Ziam Mayne)Onde histórias criam vida. Descubra agora