the pain is no just from the tattoo • jjk + pjm

two : true smile

Busan. 27 de outubro de 2025.

Jimin acordou atordoado, sentindo seu corpo doer e sua barriga roncar.

Após todo aquele caos do dia anterior, Jimin só chegou em casa e se jogou na sua cama, forçando o sono inexistente abrigar seu consciente. Ontem foi uma loucura.

Jimin nunca havera imaginado em sua vida que um dia passaria por um sufoco tão, mas tão grande.

Após aqueles brasões serem estampados no espelho, tudo começou a girar e Jimin sentiu um nó em seu estômago, o trazendo de volta a realidade. Olhou rapidamente para trás na tentativa de encontrar a mulher que tinha lhe dado o espelho. Mas ela não estava mais lá, já tinha ido embora. Jimin quis morrer.

Mas que merda estava acontecendo? Por que estava tudo acontecendo assim?

Céus, Jungkook havia abrigado o espelho! Jungkook! O homem que Jimin nem conhecia direito!

Tudo estava tão confuso, que Jimin não hesitou de fechar os olhos e respirar fundo, para tentar se convercer que foi tudo um sonho. Um sonho não, um pesadelo.

Oh meu Deus Jimin, Por que um pesadelo? Pois Jimin respondia com gosto. Sentia medo de tudo que poderia decidir seu futuro.

Então por que céus isso tinha acontecido justo com ele? Por que? Ele estava puto. Literalmente muito PUTO.

Ninguém tinha o direito de fazer uma bruxaria consigo, muito menos tentar decidir a porra do seu futuro. SEU futuro. Se era o futuro dele, só condizia a ele decidir o que aconteceria.

Do mesmo modo que ele poderia decidir se queria levantar da cama ou não. Era seu futuro, não?

Bem, ele não queria levantar, queria dormir até o cu fazer bico. Porém precisava levantar, seu sustento dependia de seu trabalho, ele morava sozinho e não tinha mais os pais para pagar suas contas. Só tinha a si mesmo.

Meu paizinho amado, odiava a sua vida, de fato.

Saltou da sua cama, pegando a aspirina que deixava sempre em sua gaveta, tomando sem auxílio de nenhum líquido, já estava tão acostumado. Remédios eram as coisas que Jimin mais absorvia em seu corpo.

Jimin tinha poucas dores externas. Ele tinha mais dores internas. Dores na alma. Dores tão desconhecidas por si, tão desconhecidas pelos outros. Se ele mapeasse sua alma, teria a certeza de encontrar muita toxicidade, pois assim era Park Jimin.

Tóxico, frio e carente. As três palavras mais assustadoras para o ser humano. Até ele mesmo se assustava com essas palavras, com esses seres humanos. Ou seja, ele sentia medo de si mesmo. Medo de suas ações e consequências, medo dos seus sentimentos, medo de sua mente e principalmente medo dos acontecimentos dentro de si.

Era tudo tão secreto. Ele desconhecia qualquer razão para se sentir tão vazio. Sair da casa dos pais? Não, ele sempre quis isso. Não ser bem sucedido na vida adulta? Não, ele amava o que fazia. Falta de alguém? Credo, não! Tinha Taehyung e aquilo bastava.

Será que Jimin estava tão perdido assim? Será que Jimin era tão apodrecido por dentro que a causa da dor foi tomada pela sujeira de sua vida? Porra, Jimin se odiava.

Caminhou até sua cozinha, pegando o café na garrafa que já estava feito a semanas. Ruim que era o bicho. Mas tudo bem, só precisava da cafeína em sua veia.

Bebericou tudo rapidamente, estava ansioso. Quando pensava demais, sua mente ficava ansiosa e isso atrapalhava muito na sua vida. Abriu rapidamente a geladeira, notando que não tinha nada além de uma maçã e uma bandeija de ovos. Precisava, de fato, fazer compras.