Contos da 1-A

caralho é o meu palavrão preferido

"Se eu escutar com atenção, ficará guardado em minha mente"

Não acho que seja verdade, pois nada que Aizawa dizia entrava em minha cabeça, ainda mais quando o que ele falava era a matéria de física.

— O atrito impede que um objeto que eu empurro continue se movendo para longe, — pegou um CD e uma rolha que estavam em baixo de sua mesa e encaixou a rolha no CD — vejam, se eu empurrar esse CD na mesa, — empurrou — ele não vai longe pois o atrito não permite, mas o ar consegue quebrar um pouco atrito: — encheu uma bexiga com ar e a colocou na rolha, deu um empurrãozinho e o CD flutuou ou até o fim da mesa — percebam que o CD flutuou até o outro lado pois as superfícies não se tocam, quebrando assim, o atrito — iria continuar a sua fala, mas foi interrompido pelo sinal, indicando o fim daquela aula chata — quero um relatório com desenhos, vocês tem até quarta-feira para entregar, caso não entreguem, menos um ponto no trimestre. Bom final de semana e até a próxima aula.

Dito isso, começamos a juntar os materiais para ir para casa. Estando tudo guardado, meus amigos se aproximaram da minha mesa.

— Cara, eu não entendi uma palavra do que o Aizawa Sensei falou. — Denki se aproximou coçando a nuca, aparentemente derrotado.

— Eu também não. — Kirishima apareceu com o braço em volta do pescoço de Bakugou. Eu nunca diria isso em voz alta pois tenho amor a minha vida, mas eles pareciam um casal.

— Essa matéria e minha mente estão em atrito! — Mina surgiu atrás de Uraraka.

— Nunca odiei tanto em cara igual odeio Newton agora.— Kyouka suspirou.

— E se nós encontrássemos depois da aula pra estudar na casa de alguém?! — Momo sugeriu.

— Tipo um aulão? — Hagaruke, alguém que eu não percebi estar presente, se intrometeu no assunto.

— É uma boa. — Kirishima soltou.

— Poderíamos nos encontrar na minha casa, só preciso perguntar a minha m— fui cortado por alguém que estranhamente estava calado até agora:

— Hã?! Não vou sair da minha casa pra ir pra porra da casa desse Deku de merda! — Kaachan xingou, não me ofendi, estou acostumado.

— Cê' nem foi convidado. — Ashido rebateu.

— Cala a boca, corna! — Katsuki se referiu às antenas de Mina.

— Ei, fica frio. — Kirishima deu tapinhas no ombro do loiro.

—  Tá me achando com cara de pavê, cabelo de merda?! — Se referiu à identidade de Todoroki, que se mantinha neutro e calado.

Enquanto discutiam inutilmente com Kaachan, eu falava com minha mãe por mensagem:

— Pessoal, Minha mãe permitiu! Ela disse que pode ser hoje, apareçam lá às duas da tarde, tá? — avisei.

— Eu não vou pra porra da sua casa! — eu conseguia ver a fumaça saindo das narinas de Kaachan.

— Então não vá, Bakugou. — O meio à meio entrou na conversa.

Suspirei ignorando a nova briga que começava e saí da sala a caminho de casa.

(...)

Mais tarde, depois de já ter tomado banho e almoçado, sentir meu celular tremer no bolso de meu short, peguei e abri no chat da 1-A:

causa dos problema da ua 👍

pinscher: deku caralho
cê não passou o endereço