Prólogo

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Os personagens encontrados nesta história são apenas alusões a pessoas reais e nenhuma das situações e personalidades aqui encontradas refletem a realidade, tratando-se está obra, de uma ficção.

Todos os direitos autorais são reservados a essa obra, como: produção, alteração, distribuição e comercialização, pertencem somente ao seu criador ou editor. Sendo assim, utilizados com sua AUTORIZAÇÃO.

LENA LUTHOR

Seis anos de casadas não é pouco, eu admito. Não para uma pessoa como eu, que achava que nunca iria encontrar alguém que me amasse o suficiente para casar. A minha esposa era Kara Danvers, e sinceramente, eu só aceitei seu pedido de casamento porque eu tinha certeza que passaria o resto da minha vida ao seu lado. Eu conhecia Kara há 12 anos. Ela nunca mudou e nem havia sinais gigantes de que mudaria algum dia.

Quando o casamento aconteceu, o começo era um mar de rosas.

Nos dois primeiros anos, nosso apartamento era como um paraíso. Vivíamos trocando carinhos, beijos e fazíamos amor em qualquer canto da casa. Sério, todo canto mesmo. Se Kara me encontrava na cozinha, transávamos no balcão da pia; se eu estava na sala, transávamos no sofá; se eu estava no banheiro, transávamos no box. E admito que ter seus mimos todos os dias e uma vida sexual bem ativa, fazia muito bem à mim.

Já no terceiro ano, quase não nós víamos. Kara começou a se focar mais no trabalho como jornalista, fazendo com que tivesse que ficar no escritório o dia todo. E eu não estava diferente, eu simplesmente ficava trancafiada no escritório de nosso apartamento escrevendo meus livros. Eu não dormia direito. Depositava todas as minhas energias, e um pouco mais, em meus livros.

No quarto ano, nossas conversas eram apenas alguns “bom dia”, “boa noite”, e um “eu te amo” que soltávamos de vez em quando. Qualquer um perceberia que aquilo não era totalmente verdadeiro. Era como se fosse obrigatório dizer aquilo uma à outra só porque haviam alianças em nosso dedo anelar.

E isso não foi o pior. Nos últimos anos, simplesmente tudo começou a desmoronar. Kara ganhou um aumento no emprego e eu realizei o sonho de ser finalmente reconhecida. Isso por um lado foi bom, ótimo na verdade, mas por outro não, pois agora realmente não nos víamos. Kara chegava tarde da noite em casa, totalmente exausta e quando eu não estava dormindo por também estar cansada, eu a esperava sentada na mesa de jantar para que pudéssemos comer juntas, como há tempos não fazíamos. Eu comecei a fazer isso, pois eu realmente comecei a acordar e perceber o que estava acontecendo entre nós duas. Eu sabia que tudo aquilo, se continuasse daquele jeito, iria acabar. Porém, tudo o que eu recebia de Kara era um “Desculpe Lena, eu estou exausta.”

Kara às vezes se juntava à mesa para comer comigo, mesmo estando completamente cansada e com olheiras profundas em seus olhos. Sinceramente, eu acho que ela fazia aquilo por pena de mim. A culpa não foi toda dela, eu também tive minha parte, claro. Como uma boa briguenta que sempre fui, eu comecei a ficar com raiva dela, de mim, e da minha vida. Acordava de maú todos os dias, e sempre descontava em Kara quando a mesma chegava do trabalho, ocasionando, às vezes em brigas feias. Nunca aconteceu dela encostar um dedo em mim ou vice-versa, longe disso. Contudo, depois dessas brigas, ficávamos sem nos falar durante dias e até mesmo semanas. E não podíamos desculpas na cama como fazíamos há anos. Passávamos meses desse jeito, e as brigas sempre foram por um único motivo.

- Por que você está assim?

- Você não me dá mais atenção, Kara...

- Você está exagerado!

Até Que A Morte Nós SepareOnde histórias criam vida. Descubra agora