Londres, Inglaterra, dias atuais.
Marien Stewart é arqueóloga. Uma bela mulher, esguia, de cabelos castanhos e olhos impressionantemente verdes esmeralda. Sua beleza não era menos notada que sua inteligência e altivez. Morava em Londres, mas lhe agradava um clima com menos chuva, menos sombrio.
Felizmente, ou não, seu trabalho a levava a diversos lugares do mundo. Muitas vezes ela ficava meses fora de casa. Basicamente morava em todos os lugares, menos no seu próprio; era como uma turista em sua casa.
Naquela tarde chuvosa de Londres, estava sentada à mesa do escritório em sua casa, vendo algumas correspondências. Havia estado fora por seis meses para realizar estudos a respeito de uma múmia egípcia. Enquanto olhava as correspondências e as atirava sobre a mesa, uma após outra, ouvia os recados da secretária eletrônica.
De repente, uma das cartas lhe chamou a atenção e Marien parou, arqueando as sobrancelhas. Era do Vaticano.
Um tanto apreensiva, abriu a carta e a leu. Estavam a convidando a ir para Ancona, a capital da província e região de Marcas na Itália, acerca de uma antiga ruína encontrada.
Aturdida, Marien pegou o telefone e ligou para Urs Barker, curador do Museu de Londres e seu empresário.
— Oi, sou eu.
— Oi, Marien! Eu ia te ligar. Você recebeu a carta do Vaticano? — Urs perguntou, sentado confortavelmente no escritório do museu.
— Recebi. Do que se trata, exatamente?
— Eles encontraram, há alguns meses, uma grande ruína que estava soterrada. Acreditam que se trata de uma antiga igreja do período medieval e você foi indicada para orientar as escavações e a pesquisa.
— Interessante. Mas eu não quero me envolver com o Vaticano.
— Querida, você vai lá, faz seu trabalho e volta, simples assim; não vai se envolver diretamente com eles.
— Huum... Até parece! — disse, fazendo uma careta. — Quem me indicou?
— Padre Sebastien Caseneuve, ele também é arqueólogo. Eles ofereceram uma boa quantia em dinheiro e já têm uma equipe trabalhando no caso, mas estão esperando que você aceite o trabalho. Ele está aguardando uma resposta. Então, o que acha?
— Não poderei levar minha equipe?
— Não. Infelizmente, terá que ir sozinha.
— Urs, para que eu tenho uma equipe se não posso levá-la?
— Marien, pelo que o padre me revelou, o Vaticano demorou a aceitar o seu pedido para contratá-la e as escavações começaram sem você, até que cederam. E nós estamos falando do Vaticano, querida, eles a solicitaram, mas é lógico que encontrará algumas barreiras.
Ela suspirou e pensou por um momento.
— Será que eu poderia ter uma folga para descansar primeiro?
— Minha querida, se você quiser, eu direi que não pode ir. Mas pelo menos veja com mais atenção do que se trata e, se quiser descansar, seria muito bom para você. A decisão é sua.
— Eu vou pensar, mas eu quero mais detalhes, está bem?
— Tudo bem, eu vou obter mais informações e nos falamos.
— Obrigada, até mais, beijos.
Marien desligou o telefone e pensou se deveria aceitar ou não. Mal chegara e já estavam querendo que viajasse novamente. Soltou um suspiro cansado, pegou o telefone e ligou para sua amiga de infância, Lizza.
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Entre o Amor e a Fé - A Profecia
RomanceLIVRO A VENDA NA AMAZON http://amzn.to/295jKzy (Degustação dos primeiros capítulos) Uma profecia mudaria suas vidas. Quando Urs Barker, do museu de Londres, envia a arqueóloga Marien Stewart para uma exploração das ruínas de uma suposta igreja enc...