1966

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Com livro na mão, meu fuzil é minha letra

Minha sniper é uma caneta

Transcorrendo os versos da juventude negra...


Da menina preta que depois de séculos retornou ao seu estado de princesa

E dos manos que querem ser "The Fresh Prince of Bel-Air"

Estar de nike no pé e não ser visto como mais um qualquer


Estamos nos empoderando

Na verdade, já somos o poder

Meu Black Power e meu jeito de andar é tudo o que eu queria ter


Seremos Pac, Afeni, Malcolm, Mariele...

Isso é bem mais do que apenas cor de pele

É a resistência de um povo, perpassada por sangue e choro

A cada dia que passa buscamos ser felizes

Mas sem esquecer das nossas raízes


Para o racista...

Minha lírica crítica, irônica e elegante

Um "salve" pro Lima Barreto...

Que estaria orgulhoso de mim neste instante.

1966Where stories live. Discover now