[ ÚNICO] Globos de neve e therabands

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Meio de ano queria dizer competição. Competição queria dizer que TaeHee ficaria até tarde na sala de treinamento de Ginástica da Faculdade Seungri.
Choi TaeHee era ginasta de categoria profissional. Estava no quinto semestre da faculdade e não tinha um colega de quarto, graças à Deus, pois podia ouvir suas músicas à vontade e se alongar bem no meio do carpete cor creme.
Bem, isso antes de chegar ao seu quarto numa terça-feira e encontrar malas sobre a cama ao lado da sua. Que tipo de aluno se transfere no meio do ano?!, pensou, procurando o mais novo colega de quarto pelo local. Nada.
Sentou-se na própria cama com pernas de índio e jogou o corpo sobre estas. Não queria um colega de quarto, ainda mais agora que competições estavam por vir e ele, nervoso, mexia-se por todos os cantos do dormitório.
Respirou fundo e levantou-se, indo até a porta e desta para o corredor. Desceu as escadas e saiu do prédio dos dormitórios. Estava à tarde, então tinha que ir para a sala de treinamento. Puxou as mangas de seu moletom azul escuro até cobrir as mãos, e ajeitou a calça taquetel que usava para aquecimento, enquanto andava até seu destino.
A sala estava com aquele amontoado de pessoas, como sempre. Meninos e meninas treinavam na mesma sala sem problemas, tendo dois professores para supervisão.
TaeHee se sentou de qualquer jeito num dos cantos mais afastados do linóleo e encostou as costas na parede, esticando as pernas e fazendo alongamento dos pés. Depois deitou-se e puxou a perna direita em direção ao nariz, fazendo o mesmo com a outra em seguida.
Pós alongamento, o garoto pôde começar os movimentos no centro. Saltos, piruetas, mortais. TaeHee era um exímio ginasta, impossível negar.
 
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- Sunbae! - alguém chamou do final da escada. TaeHee virou-se e encontrou um dos calouros do curso de Ginástica.
- O que foi, Minhyuk?
- Alguém pediu para entregar. - e mostrou um pacote mediano que o mais velho não tinha reparado.
- Quem?
- Ah, não sei, só me entregaram e falaram que era para você.
TaeHee concordou com a cabeça e desceu as escadas com agilidade, pegando o pacote das mãos do outro.
- Obrigado, Min-ah.
O garoto sorriu radiante pelo apelido e, dizendo que não fora nada demais, desceu o restante dos degraus, sumindo de vista. Choi, por sua vez, voltou a subir as escadas em direção ao seu quarto, enquanto girava o embrulho nas mãos, procurando o nome de quem enviara. Estranhou o fato de ter encontrado apenas o seu próprio nome e endereço.
Abriu a porta do quarto e procurou uma tesoura na estante. Cortou o papel de embrulho e tirou-o. Era uma caixa com uma carta. Dentro da caixinha, um globo de neve, com escrituras douradas na parte de baixo da base com informações de fabricação.
TaeHee deixou o globo na mesa de cabeceira e deu atenção à carta. Não havia identificação, deixando o garoto às cegas. Abriu a carta, tirando o papel do interior e desdobrando-o.
 
TaeHee-yah
Como você está?A faculdade está indo bem? Não se sobrecarregue e cuide de seu corpo. Espero que esteja se esforçando nos treinos.  
Sei que estou adiantado, seu aniversário é semana que vem, porém não estarei com tempo, então resolvi escrever-te logo.
Está namorando? Saindo? Tente não focar apenas nos treinos, pois sua mente entrará em pane!
Yona está desejando boa sorte, terá competição nessa temporada, não é? Você consegue. Boa sorte.
Estou com saudades.
Papai.
 
TaeHee amassou a carta com uma das mãos, arremessando-a em direção à porta. Devia saber que era dele.
- “Estou com saudades”? - proferiu indignado. - Saudades? Você nem deve lembrar o dia exato do meu aniversário ou quantos anos vou completar!
Segurou o pequeno globo de neve com ambas as mãos.
- Por que você ainda insiste? Ainda me manda cartas? Por pura obrigação? - perguntou para o nada, levantando da cama.
No mesmo momento que TaeHee arremessou o globo contra a porta, ela se abriu.
 
Estilhaços caíram pelo chão e o baque da porta sendo fechada foi ouvido.
- Você é louco?! Essa coisa podia ter me acertado! - uma voz desconhecida reclamou, enquanto TaeHee continuava com os olhos grudados no local em que o globo acertara: bem ao lado da porta, uma inconstância se fez na parede.
A pessoa desconhecida balançou as mãos em frente ao rosto do Choi, que acordou de seu transe.
- O quê? - Perguntou confuso, vendo o garoto sentar-se na cama ao lado da sua. Esse era seu colega de quarto?
O garoto tinha ombros largos e braços definidos, pelo que se conseguia ver pela camisa de mangas curtas; o cabelo era castanho e levemente ondulado, o corte típico em degradê nas laterais, deixando a parte de cima cair dividida ao meio. O rosto era fino, as maçãs acentuadas, deixando-o mais bonito; tinha olhos grandes, um nariz fino e lábios incrivelmente bonitos e cheios.
TaeHee saiu de seu momento de apreciação para proferir a frase mais elaborada que sua mente conseguia fazer no momento:
- Quem é você?
O garoto riu.
- Seu colega de quarto. - TaeHee revirou os olhos.
- Ah, sério?
- Park Hwan Jae, faço natação.
Choi concordou com a cabeça antes de dar as costas para pegar seu celular na cama.
- Você não tem um nome? - Hwan Jae perguntou com tom risonho, vendo o garoto virar-se para ele novamente.
- Não. - respondeu de mau humor. O mais novo colega de quarto deu de ombros, levantando para abrir as malas, nas costas da camisa tinha escrito “Natação” e “Faculdade Seungri” logo embaixo.
- Você quebra coisas na parede toda vez? Não quero correr risco de morte só de entrar no quarto.
- Sim, todo dia.
- Dia ruim? - Hwan Jae ousou perguntar.
- Ruim é pouco. - foi em direção à porta, tinha que limpar aquela bagunça. - À propósito, eu tenho um nome. Choi TaeHee.
E saiu para o corredor.
 
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- Eu recebi. - TaeHee disse ao telefone; no mesmo momento, a porta do quarto abriu e Hwan Jae entrou no local.
Os dois trocaram um olhar e só. Eles não tinham a melhor relação de colegas de quarto. A personalidade de TaeHee não ajudava; o garoto respondia o outro com monossílabos de forma rude, o cumprimentava apenas se o momento realmente obrigasse, não fazia questão de ajudar e olhava Hwan Jae com um olhar de descaso.
- Não. Eu joguei na parede. - a pessoa do outro lado da linha reclamou com Tae. - Se for só isso, estou desligando.
Largou o celular na cama. Falar com o pai o estressava mais que o normal. Não tinha uma boa relação com ele. Na verdade, péssima era uma palavra gentil para descrever aquela merda.
- Estava falando sobre o dia que quase esmagou minha cara? - Park Hwan Jae perguntou.
- Uma pena não ter esmagado.
Foi em direção à estante. Ou tentou. TaeHee tropeçou num tera-band amontoado no chão, esbarrou no pé da cama e foi em direção ao chão. Agarrou a camisa de Hwan Jae em reflexo, levando-o junto consigo e fechando os olhos.
Suas costas bateram no chão e seus dedos se apertaram em volta do tecido, um peso sobre suas pernas. Suspirou e abriu os olhos: Hwan Jae estava com o corpo sobre o seu, os braços flexionados um de cada lado do rosto do Choi e a expressão entre susto e raiva.
Os dedos do Choi ainda apertavam o tecido da camisa alheia, a respiração descompassada. Ele podia ter se machucado pra valer.
Encarou HwanJae, que fechara os olhos por um momento para conter a irritação. TaeHee fez menção de levantar, esbarrou em um dos braços do colega de quarto e se agarrou à ele novamente. Os dois tombaram no chão outra vez, TaeHee abraçado ao Park, escondendo o rosto no ombro dele.
Mas o que…,o nadador pensou. Afastou o garoto de si.
- Você tá ok? - Perguntou, vendo o ginasta assentir.
- Sim. Tô bem. - e depois despejou um monte de palavras de uma vez, sem pausa para respirar: - Desculpa, eu te puxei, juro que foi puro reflexo, eu tropecei e você tava perto, mas nós dois caímos e sabe, desculpa. Hwan Jae riu do desespero do garoto.
- Tudo bem.
O Choi soltou os braços do corpo alheio, apoiando as mãos no chão para levantar.
- Ya, Choi TaeHee.
- Hm? - Virou o rosto para encarar Hwan Jae.
Uma das mãos do Park foi parar na nuca de TaeHee em um segundo e puxou o rosto alheio contra o seu, apertando os lábios aos do Choi.
O ginasta estava desnorteado e acabou cedendo ao toque macio dos lábios do outro. Abriu a boca para suspirar quando teve os fios da nuca puxados e sentiu a língua de Hwan Jae tocar a sua própria. TaeHee levou as mãos para a nuca do outro garoto e deixou o beijo se aprofundar.
Quando se separaram para respirar, a neblina na mente de TaeHee se dissipou e o garoto arregalou os olhos.
- Mas que merda… - começou a resmungar, empurrando o corpo de Hwan Jae, que permanecia por cima do seu.
O nadador deu espaço para o outro se levantar, olhando-o confuso.
- Que diabos você tá fazendo?! - TaeHee perguntou incrédulo, pegando uma almofada e jogando no garoto. - Nem pense em tocar em mim novamente.
Saiu do quarto batendo a porta. Que merda ele estava pensando?
 
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Se a relação entre TaeHee e Hwan Jae já não era boa, depois do tropeção que terminou em beijo ela ficou insuportável. TaeHee se recusava a dirigir qualquer palavra ao colega de quarto, ignorando as boas maneiras e tudo. Não olhava para o garoto, só ficava no mesmo cômodo que ele quando precisava dormir.
TaeHee entrou no quarto e viu o nadador deitado na cama, mesmo estando à tarde. Fingiu que o outro era invisível e foi até o armário procurar algo para pentear os fios escuros; tinha acabado de sair do banho e estava com um conjunto de moletom azul marinho. Por fim, foi em direção à porta. Iria para a sala central do dormitório.Bem, talvez não.
Hwan Jae parou com o corpo escorado na porta de madeira, os braços cruzados,olhando para TaeHee firmemente.
- Eu quero passar. - o ginasta disse, descendo o olhar apenas para não encarar a imensidão escura que eram os olhos do Park.
- Fale comigo primeiro.
- Falar o quê? Eu não tenho nada para falar com você. Eu quero passar.
Hwan Jae suspirou, passando as mãos pelos cabelos.
- Claro que tem! Você simplesmente ignora a minha presença. Quem você acha que é?! - bateu uma das mãos fechada em punho contra a porta. - Você acha que eu sou o quê?! Olha pra mim enquanto eu falo!
TaeHee levantou a cabeça, mirando o rosto alheio.
- Eu não quero falar com você. Me deixa em paz.
- Não! Não dá. - murmurou a última parte. - Eu te vejo todo maldito dia e só consigo pensar em como quero te beijar de novo. E você finge que eu não existo.
O Choi piscou desnorteado.
- Esquece isso. Esquece que essa merda aconteceu.
Hwan Jae o olhou indignado. Esquecer? Como esquecer aquilo, quando se pegava pensando na textura dos lábios do colega de quarto sempre que sua mente dava uma brecha?
O nadador se afastou da porta e TaeHee achou que finalmente conseguiria sair do quarto, mas foi empurrado contra esta, o choque entre ela e seu corpo resultando em um barulho abafado.
- Que porra você tá fazendo?! - disse com a voz alterada, assim que se recuperou do susto.
- Olha pra mim. Olha e diz que quer esquecer aquilo.
TaeHee engoliu em seco, abaixando ainda mais a cabeça. Segurou nos braços que o seguravam e tentou se soltar. O nadador, então, parou de prensá-lo contra a porta, e TaeHee pensou que estava livre daquela discussão ridícula.
Deus, ele nunca esteve tão errado.
As mãos, que antes o seguravam, foram depositadas uma de cada lado do rosto do ginasta, forçando-o a levantar o olhar e encarar Hwan Jae. Os rostos estavam extremamente próximos e agora o próprio Choi se empurrava contra a porta na esperança de ganhar distância do corpo alheio. Tentativa falha. Hwan Jae continuou a aproximar-se cada vez mais, arrastando os lábios sobre os do ginasta e encostando os narizes um no outro.
TaeHee prendera a respiração inconscientemente, esperando pela próxima ação do colega de quarto; seu próprio corpo não reagia mais, inerte aos pensamentos de empurrar o nadador e sair dali o mais rápido possível.
Hwan Jae continuou a arrastar seus lábios sobre os de Tae, passando uma das mãos pela nuca do mais novo e enrolando os dedos nos fios curtos e macios, que ainda estavam levemente úmidos do banho. Passou a língua pelos próprios lábios, encostando-a nos do Choi propositalmente em provocação. O mais novo suspirou ruidosamente e engoliu a saliva que agora insistia em juntar-se em sua boca. Hwan Jae usou o polegar para puxar o lábio inferior de TaeHee para baixo e finalmente encostou ambas as bocas. Fechou os olhos, focando apenas na maciez dos lábios do ginasta, que ficavam cada vez mais úmidos de saliva. TaeHee levou as mãos à nuca do outro, acariciando os fios macios e empurrando o rosto do garoto contra o seu.
No momento seguinte, ambos já se encontravam aos tropeços, indo em direção à uma das camas. TaeHee foi jogado contra o colchão e logo um peso estava sobre si, mãos novamente em seu rosto e lábios de encontro aos seus.
Hwan Jae sentou sobre o quadril do mais novo e se esfregou ali, abafando o gemido alheio em um beijo. O nadador agarrou os fios negros do mais novo, deixando-o ainda mais desnorteado. TaeHee ouvia um barulho chato no fundo, como se estivesse bem longe. O barulho não parava, algo vibrava em sua roupa.
O Choi soltou Hwan Jae repentinamente, empurrando-o para longe e tateando os bolsos do moletom. A respiração estava irregular como o inferno e os braços pareciam moles.
- Sim? - falou quando finalmente conseguiu atender ao telefone. Já esperava a voz do pai começar a falar baboseiras como sempre, dizendo estar com saudades, porém a voz que ouviu foi de Yona, a esposa ridiculamente irritante. - O que você quer comigo?
Hwan Jae olhou-o confuso. O que foi?, perguntou baixinho.
- Eu não quero falar com você. Para de me fazer perder tempo. - TaeHee rosnou para o telefone, antes de bloqueá-lo e jogar o aparelho em sua cama com raiva, como se ele fosse culpado de algo.
- Você tá ok? - Hwan Jae perguntou, sentando com pernas de índio perto do ginasta, que apenas concordou com a cabeça.
- Aquela maldita…- murmurou para o ar.
O garoto mais velho olhou para o Choi em confusão. Não sabia de quem ele estava falando, nem porque estava falando aquilo; na verdade, não se importava muito, só estava irritado pois a pessoa atrapalhara o incrível momento em que beijava TaeHee e era correspondido.
Bem, o nadador não queria simplesmente acabar com aquilo por ali. Puxou o outro pela parte da frente do moletom azul e o fez deitar, passando as pernas uma de cada lado do corpo magro, sentando-se novamente sobre o quadril do garoto e se apoiando nas mãos.
- Quero terminar o que comecei. - disse num tom calmo e tirando alguns fios de cabelo que insistiam em ficar sobre o rosto do ginasta.
TaeHee baixou o olhar enquanto as bochechas esquentavam. Agora ele percebia o que estava acontecendo e queria se esconder de vergonha. Deus, ele mal beijava, quiçá se encontrar numa situação dessas.
O nadador riu baixinho, arrastando a ponta gelada do nariz pelo pescoço quente do Choi, o que fez o garoto se arrepiar e prender a respiração.
- Tudo bem? - perguntou, ouvindo-o resmungar um “sim” em voz baixa. Hwan Jae pensou que TaeHee parecia um gatinho, que se encolhia a cada toque em sua pele. - Você está bem mesmo?
- Eu estou bem.
- Você está bem em fazer isso? - perguntou receoso, levantando o rosto, que ainda estava próximo ao ouvido do Choi, e o encarando.
TaeHee baixou o olhar imediatamente. O rosto todo parecia pegar fogo.
- Bem… - começou, sem saber ao certo o que falar. - Eu… nunca fiz isso, então eu…
- Você nunca…? Ai meu Deus. - Hwan Jae piscou várias vezes. Ele estava tendo os pensamentos mais pervertidos possíveis com um garoto que nunca tinha transado. - Ai meu Deus…
O Choi congelou de vergonha. Não sabia mais o que fazer. Ele só queria muito beijar Hwan Jae, mesmo não sabendo exatamente como acabaria tudo aquilo.
Então ele entendeu: óbvio que Hwan Jae não iria querer continuar com aquilo. Não com um garoto com zero experiência.
- Eu tenho que ir treinar. - ele disse sem pensar muito.
- Mas você acabou de voltar do treino. - Hwan Jae revidou, analisando as pontas úmidas do cabelo do ginasta.
TaeHee mordeu o lábio inferior com força. Estava jogado na cama com o nadador sentado em seu quadril, tinha ainda zero de experiência naquele assunto e não sabia o que fazer. O ginasta se perguntou o porquê do outro ainda estar ali, já que imaginava que ele simplesmente desistiria de fazer algo a mais com um garoto que mal beijava na boca.
- Eu realmente preciso sair. - o Choi murmurou de olhos fechados.
- Você quer parar? É só me dizer. - Hwan Jae disse docemente, passando os dedos pelos fios de cabelo do outro. Estava tão arrependido de como tratara o garoto mais cedo, perdera a cabeça.
- Eu não quero parar. - Disse quase sem voz. - Você quer?
O nadador riu. Como TaeHee conseguia ser tão fofo?
- Não. Eu não quero.
Choi abriu os olhos e deu de cara com o olhar pesado de Hwan Jae. Abaixou o olhar rapidamente e tentou esconder o rosto.
O nadador riu das atitudes dele.
Hwan Jae segurou ambas as mãos de TaeHee contra o colchão e se aproximou perigosamente, encostando as testas de ambos.
Você é uma graça. - Foi o que disse antes de encostar seus lábios contra os do ginasta.
 
TaeHee nem sabia mais o que estava acontecendo a partir daí. Tudo parecia acontecer extremamente rápido, mas ao mesmo tempo tão lento como se alguém estivesse segurando os ponteiros do relógio do mundo. A única coisa que ele sabia é que mal conseguia respirar de tantos beijos e apertos e chupões.
Sua camisa já estava longe - o mesmo sobre a de Hwan Jae -, suas calças no pé da cama e suas mãos prontas para dar o mesmo destino para a bermuda do nadador.
TaeHee fazia tudo instintivamente, tentando não pensar realmente sobre suas ações pois se não pararia com tudo para não morrer de tanta vergonha. Tirou a bermuda do nadador com um pouco de ajuda, sem saber muito bem o que fazer depois. TaeHee nunca gostara muito do próprio corpo - mesmo sendo definido, era muito baixo e achava até mesmo muito musculoso -, e estar exposto à outro garoto, ainda mais daquela maneira, era muito vergonhoso; e mesmo assim, Hwan Jae conseguia fazê-lo esquecer sobre isso, seja com seus toques, com os sorrisos que lançava ou as palavras que dizia ao pé do seu ouvido. O ginasta estava à mercê do outro e já nem ligava mais para isso.
O nadador saiu repentinamente de cima do corpo do outro e foi em direção à mesinha de cabeceira, abrindo a gaveta deste e pegando algo que parecia um tubo de pasta de dente maior que o normal e com conteúdo transparente. Não tinha rótulo nem nada.
TaeHee estava apoiado nos cotovelos analisando as ações do outro, tentando entender o que estava acontecendo.
- O que é isso? - o ginasta apontou para o tubo com o queixo.
Hwan Jae riu e negou com a cabeça. - Não é nada.
O outro levantou a sobrancelhas em resposta, mas não disse nada. Não iria morrer por não saber o que era, certo?
O Park voltou a ficar por cima de TaeHee e mostrou seu sorriso de criança travessa antes de largar o tubo transparente na cama de qualquer jeito e descer as mãos para a última peça de roupa do ginasta.
- O qu- TaeHee se calou imediatamente. O coração começou a bater mais rápido do que já estava quando ele entendeu que Hwan Jae iria deixá-lo nu bem ali, naquele momento.
- Não precisa ficar com vergonha.
- Claro que precisa! - reclamou, passando uma das mãos no rosto. - Não é como se eu estivesse acostumado a ficar pelado na frente dos outros.
Logo depois, TaeHee resmungou um xingamento, reclamando mentalmente de sua boca grande.
Hwan Jae segurou o queixo do garoto e o beijou de uma vez, ao mesmo tempo que os dedos percorriam a pele do ginasta ao tirar sua cueca. Mesmo que o nadador quisesse muito ir depressa, tinha que se segurar para não assustar o outro. Perder a virgindade não é algo simples e rápido como nos filmes, Hwan Jae já foi virgem e sabia o cuidado que tinha que ter.
- Você não precisa ficar com vergonha de mim. - murmurou no ouvido de TaeHee, a boca se arrastando pela extensão da pele do outro.
Hwan Jae falava como se fosse extremamente íntimo do Choi, mas se conheciam há menos de dois meses e não tinham uma relação muito amigável. Mesmo assim, Hwan Jae não conseguia não falar esse tipo de coisa. Não é como se amasse TaeHee, mas tinha alguma coisa nele que fazia o Park sentir uma intimidade entre ambos.
TaeHee ficava morrendo de vergonha das coisas que o nadador fazia; o modo que estavam posicionados - Hwan Jae entre as pernas de um TaeHee completamente nu - o deixava sem jeito e sem ação. Esperava o próximo movimento do outro com ansiedade, querendo saber o que vinha depois.
O Choi nem sabia que era possível sentir tanta tesão igual estava sentindo. Seu corpo fervia a cada toque, totalmente entregue e transbordando de expectativa.
Hwan Jae tirou a cueca rapidamente, pegou o tubo transparente e o abriu. Despejou um pouco nos dedos e esfregou o conteúdo meio pastoso entre eles. Devagar, passou a outra mão pelas coxas de TaeHee e rezou para que o garoto não se assustasse; desceu os dedos cheios de lubrificante por entre as nádegas do ginasta. Separou ambas as bochechas e tocou a entrada do outro.
TaeHee soltou um som surpreso, os olhos atentos encarando os de Hwan Jae, antes de esconder o rosto com uma das mãos. Não queria ser encarado daquele jeito em um momento como aqueles.
Sentiu os dedos do nadador forçarem sua entrada e resmungou pelo desconforto. Hwan Jae passou os dedos por completo e movimentou-os lentamente.
Depois de um tempo, quando TaeHee já nem falava mais nada e só suspirava, Hwan Jae tirou os dedos da entrada do outro, encheu seu pênis de lubrificante e se segurou com uma das mãos na cintura do ginasta, forçando seu pênis na entrada alheia.
As mãos de TaeHee foram para os ombros de Hwan Jae no mesmo momento, esquecendo de sua vergonha e focando na maldita dor que sentia nas pernas. A parte de baixo do seu corpo parecia dormente de desconforto.
- Mas que porra! - TaeHee reclamou, apertando as curtas unhas nos ombros do nadador a cada estocada.
A mente de ambos já estava nublada. Hwan Jae forçou seu quadril contra o do ginasta de uma vez, os dedos prensados em sua cintura com força. TaeHee engasgou na hora; um gemido abafado escapou pelos lábios fechados.
O nadador deitou o corpo sobre o do ginasta, apoiando os cotovelos no colchão e prendendo os dedos no cabelo macio e todo bagunçado de TaeHee. A cama rangia um pouco e os dois tentavam abafar os sons que faziam de qualquer maneira, seja mordendo o ombro do outro, se beijando ou prensando os lábios um contra o outro. Hwan Jae levantou o corpo e soltou as pernas de TaeHee de seu tronco. O garoto o olhou confuso.
- O que foi?
- Vira.
- Quê?
- Vira de costas. Agora. - Hwan Jae disse, o tom era delicado, mas a ordem era direta e firme.
TaeHee concordou, engolindo em seco. Virou o corpo até ficar de bruços na cama, sem saber muito o que fazer. Hwan Jae tocou o quadril dele puxando-o para cima. TaeHee estava com a parte lateral do rosto encostada no colchão e o tronco quase tocando-o por completo também, a bunda empinada e as pernas separadas de uma maneira mais que convidativa.
Hwan Jae prensou seu pênis contra a entrada de TaeHee novamente, e dessa vez o ginasta gemeu arrastado e agarrou o lençol com força.
O nadador agarrou o cabelo do outro - que, surpreendentemente, gemeu alto, o som sendo abafado pela mão -, nem sabia direito o que estava fazendo, só queria muito foder TaeHee com força.
Hwan Jae era muito dominante quando queria e podia, e TaeHee parecia não ligar, se deixava levar pelas ações do outro garoto, o corpo todo sensível tremia a qualquer toque bruto do nadador.
Talvez TaeHee nunca tenha xingado tanto em um período tão curto de tempo, mas não conseguia expressar o que estava sentido. Nem sabia direito o que estava sentido: era bom, mas dolorido. Queria gozar de uma vez, mas ao mesmo tempo queria que aquilo nunca acabasse.
- Hwan Jae! - chamou inconsciente. Uma das mãos se esforçou para agarrar a cintura do nadador e puxá-lo contra si com força. TaeHee só resmungava e choramingava, o pênis fodidamente duro e pingando pré-gozo.
Hwan Jae sorriu sem perceber, seu corpo estava dormente de tesão. Pôs uma das mãos no pau de TaeHee e torceu o punho, ouvindo o garoto gemer baixinho. Continuou estocando com força, enquanto tentava masturbar o ginasta de maneira lenta.
As penas de TaeHee tremeram e ele afundou o rosto contra o colchão, abafando o longo e alto gemido que deu quando gozou. Sujou a cama, seu próprio corpo e a mão de Hwan Jae, mas nem tinha percebido nada disso; só gemia e deixava os espasmos agitarem seu corpo de leve.
O ginasta ficou meio inerte, o corpo amoleceu um pouco, o que fez Hwan Jae ter que se deitar de lado. O Park enfiou seu pau ainda mais fundo, a entrada do outro apertando e forçando seu membro a sair. Continuou estocando várias vezes, os olhos fechados de prazer e sua boca aberta deixando vários gemidos baixos escaparem.
Quando estava prestes a gozar, Hwan Jae tirou o pênis de dentro de TaeHee e arrastou a mão contra a extensão dura de pele. Passou o polegar pela fenda e apertou a glande com força. Ainda tinha a sensação do aperto que era dentro de TaeHee quando finalmente gozou; Hwan Jae sujou as pernas do outro, seu corpo chegando ao mesmo estado inerte que o ginasta.
- TaeHee? - o nadador chamou depois de um tempo, finalmente abrindo os olhos.
Se apoiou nos cotovelos e espiou o garoto deitado de lado com as costas para si. Os cabelos do Choi estavam uma bagunça sobre o colchão, as mãos estavam largadas da maneira que podiam naquela posição e o rosto dele estava vermelho, a respiração calma e os olhos fechados.
Ele dormiu? Hwan Jae riu consigo mesmo. Era normal dormir assim, ainda mais TaeHee que nunca fizera nada daquilo. Era algo novo para o corpo, e precisava de descanso.
O nadador levantou, bambeando um pouco, e pegou uma toalha jogada em cima da cadeira perto da escrivaninha. Passou o tecido pelas pernas e pela barriga de TaeHee, limpando todo o líquido meio transparente meio branco que estava nele. Depois, passou a toalha em seu próprio corpo, limpando o rastro de gozo em si. Largou-a no chão do banheiro e deitou ao lado de TaeHee.
Puxou o ginasta para perto de si, ouvindo-o resmungar e se mexer.
- Shh, não é nada. Pode dormir. - murmurou e o garoto se aquietou, deitando no ombro de Hwan Jae e suspirando sonolento.
Minutos depois, os olhos do Park também estavam fechando, e ele se permitiu dormir também.
Estavam ali, os dois, nus e abraçados, deitados em uma das camas do quarto. As roupas largadas pelo chão, as pernas dos dois entrelaçadas e os braços de Hwan Jae agarrados ao corpo de TaeHee, como se quisesse protegê-lo.
Dormiram assim, quase sem se mexerem, até de manhã, quando o despertador tocou.
 

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